CAPÍTULO 5

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PDV. LUNA

Eu sei o que é dor e por mais que eu não goste de admitir até me acostumei com ela, pouquíssimas coisas nesse mundo me surpreende e quase ninguém eu teria a coragem de dizer "Eu sei até onde fulano pode ir".

Aprende muito nova que a soco vem de onde menos se espera, acredite eu sei bem do que eu tô falando.

Minha mãe me deu tanta soco que eu não espero nada dela nem de ninguém as vezes o que pra alguns é muita coisa pra mim não é quase nada.

Depois de um tempo você para de se desesperar por coisa pouca, se ver sozinha e ter a certeza que você mesma já desistiu de si própria é pior que qualquer outra coisa.

Então por que essa dor que eu sinto agora é mais forte? É como se um buraco tivesse sendo aberto mesmo que eu tentasse me segurar em qualquer lugar que desse pra por os dedos.

Eu sei como é ter um buraco sendo aberto no seu peito, eu só não sei como dessa vez pode ser pior.

A cada nova dor ou trauma sempre tento fazer uma nova armadura, uma melhor que a antiga pra me prevenir de dores antigas.

Eu não sei quantas armaduras sou capaz de fazer, fica cada vez mais difícil quase impossível e nunca fica melhor que à anterior cada vez com mais falhas e defeitos.

Eu já senti tanta dor que por um momento eu queria que todo mundo sentisse a mesma coisa que eu estava sentido, o problema é que eu nunca consegui causar dor aos outros intencionalmente e foi por isso que eu comecei a me cortar.

Era eu mesma causando dor a única pessoa que no momento está sendo fraca demais pra não deixar isso pra lá e se importar menos.

Nem sempre eu fui a fodana sem sentimentos mas desde cedo tive que aprender a me virar, são tão poucas vezes que me lembro de que tinha alguém por mim ou que eu precisei de alguém sai tão poucas que contava nos dedos de uma só mão.

Eu também não sei o que eu deveria esperar de todos já que cresce ouvindo pra não depender de ninguém pra nada.

Só que nem sempre fui maior de idade e vacinada....

A dor fica cada vez mais intensa e qualquer coisa causava ainda mais dor até mesmo o vento quando bate na minha pele causa dor.

- Você precisa lutar - escuto uma voz feminina dizer.

Se ela soubesse das vezes que desistir e quantas vezes mau tive tempo de recolher meus pedaços enquanto alguém ia lá e destruía.

- Ele precisa de você - acho isso estranho ninguém em toda a minha vida precisou de mim.

Na verdade já precisaram de mim e fui bem mais que uma mão na roda mas até hoje a pessoa gosta de dizer que não teve ninguém por ela.

Mais sabem o que dizem? Fazer o bem sem esperar nada em troca, o que eu acho estranho é quando você está pronto pra saltar do penhasco e desistir da vida é aquela pessoa que você ajudou te empurra cada vez mais pra ponta.

Eu não sei como alguém consegue dormir bem sabendo que incentivou alguém a desistir da sua própria vida.

Pessoas estranhas.

- Ninguém precisa de mim - falo sem abrir os olhos minha voz é um chiado.

- Precisa lutar....

PDV. ZAYA

Eu não sei em que momento a situação se inverteu e Mateo passou agoniza em cima da cama.

Sua companheira tinha espasmos e gemia de dor mas nada comparado aos gritos de Mateo e quando parecia que tudo tenha acabado era a sua companheira que começava a gritar.

Ninguém sabia o que fazer pra amenizar ou diminuir a dor ver todo aquele sofrimento estava afetando toda alcateia.

Eu não tiver coragem de sair do lado deles ajudei e assistir de perto quando deram banho na companheira e cuidaram dos seus ferimentos.

Vi quando trocaram a roupa dele e colocaram do lado de Mateo e depois disso assistir cada misturar estranha e experiência feita com ervas pra fazer com que eles acordassem.

Até que eu decide dar um basta em tudo aquilo, estou aqui velando os sono dos dois com esperança que tudo isso passe ou melhore quando acordarem.

Estava quase dormindo na cadeira quando escuto a cama ranger abrir os olhos e vejo o exato momento em que Mateo abre os olhos e se senta na cama.

- O que você está fazendo deitada aí? Temos que ir atrás dela - ele se levanta mais não fica em pé por muito tempo já que o mesmo cai de joelhos no chão.

- Eu adoro o jeito que você acorda achando de todo mundo estava fazendo o mesmo que você - continuo sentada na cadeira.

- Zaya temos que ir atrás dela. - me levanto e ajudo ele a se deitar de novo na cama.

- Ela está deitado do seu lado e sou saiu quanto teve que tomar banho - ele olha pro seu lado e vejo a tensão sumir do seu rosto

- Como ela está?- ele toca no rosto dela fazendo a mesma soltar um gemido de dor. - Por que isso está acontecendo?- ele parece mais que preocupado.

- A ligação - essa é a única coisa que eu falo.

- Está me dizendo que a nossa ligação está fazendo tudo isso?- não respondo e nem tenho coragem. - Zaya?- abaixo a cabeça.

- A ligação é forte demais se continuar assim vai acabar matando ela - todo meu corpo vibra pela dor e irá que Mateo sente.

- Como podemos resolver isso?- desespero é nítido na sua voz.

- Eu não sei direito - ele rosna mais alto.

- Como não sabe Zaya?- respiro fundo.

- Eu tenho cara de Deus pra saber de tudo?- ele na olha feio. - A carga emocional dela é muito forte algo sobre se foder na vida ela está bloqueado tudo e inclusive você isso cousa dor em ambos - olho pra ele que estava quase chorando.

- Zaya....- ele não terminar de falar.

- Sinto muito....

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LR

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