CAPÍTULO 3

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PDV. MATEO

Durante todo o caminho em que levei ela pra alcateia única coisa que eu conseguia pensar é em todos os perigos que ela correu por estar sozinha na mata e de como ela é magra.
 
Não pesava quase nada consegue trazer ela no colo sem fazer nem se quer um esforço isso quer dizer que ela não anda se alimentando bem.
 
Zaya foi o caminho todo na frente e longe o suficiente pra que eu não colocasse minhas mãos nela pelo soco que ela deu na minha companheira.
 
Aonde o soco atingiu uma mancha escura se formava o que deixava meu lobo em pura agonia por não ter percebido o que ela iria fazer.
 
Suas roupas tinha alguns pequenos rasgos principalmente na coxa, pequenos cortes pelo rosto braços e peito.
 
Existia também várias manchas vermelhas e pequenos pontinhos vermelhos espalhados pelo seu corpo com toda certeza ela deve ser alérgica a mosquitos.
 
- A quanto tempo você vive assim?- não consigo pensar em nada que possa causar tantas marcas assim.
 
Também não consigo pensar nos motivos que fizeram ela acampar no meio da mata sozinha.
 
- Chegamos - Zaya fala assim que colocamos os pés na nossas terras.
 
Eu não sei se foi pelo que eu senti em quanto ainda estava transformado e outro lobo que não fosse Zaya também sentiu e espalhou a notícia.
 
Toda alcateia estava nós esperando com sorrisos enormes no rosto e o cheiro de comida pode ser sentido de longe.
 
- Então é ela?- uma senhora se aproxima olhando ela de perto.
 
- Sim - falo sorrindo.
 
- Como é linda - vejo um sorriso surgir no seu rosto.
 
- Tão magrinha - outra se aproxima.
 
- Zaya sempre teve a mão pesada - um dos homens fala.
 
- Vou levar ela pra casa e deixar que descanse - eles abrem caminho.
 
Zaya vai na frente e quando estamos na frente da casa ela abre a porta e deixa as coisas dela do lado da mesma.
 
- Me desculpa alfa - sabia que ela estava arrependida e também sabia que era a melhor decisão a ser feita naquele momento.
 
Mais isso não quer dizer que o meu lobo tenha aceitado ou compreendido nem mesmo eu quero entender que isso foi a melhor decisão no momento.
 
- Depois vamos conversar sobre isso - ela balança a cabeça e se vira de costas pronta pra ir embora - Por favor não deixe que ninguém venha pra cá até que tudo com ela esteja resolvido - ela balança a cabeça - Cuide da alcateia pra mim - ela balança a cabeça.
 
- Como quiser alfa - ela fecha a porta.
 
Respiro fundo e caminho até o meu quarto eu não sei por quanto tempo ela vai ficar apagada ou quanto de força Zaya usou só espero que ela não fique assim por muito tempo.
 
Coloco ela deitada na cama com cuidado volto pra sala pego sua mochila e coloco do lado da porta do banheiro junto com uma toalha limpa e sabonete.
 
- Quando você acordar vamos conversar - saiu do quarto deixado a porta aberta.
 
Vou pro meu escritório e tento adiantar todos as minha obrigações e deveres com à alcateia quero me dedicar totalmente pra ela e pra sua adaptação inicial.
 
Tenho certeza que na primeira oportunidade que ela tiver de ir embora ela vai sem nem mesmo dizer adeus ou dizer seu nome.
 
- Ela vai me dar mais trabalho do que toda alcateia junto....

PDV. LUNA


Sabe quando você acordar de um sono estranho?

É essa sensação que eu tenho quando da minha vida eu poderia esperar que levaria um belo soco que ficaria apagada na mata.

Estava acordada mais não abrir os olhos tive o cuidado pra manter minha respiração lenta como se ainda estivesse dormindo assim como as batidas dos meu coração.

Eu não sei o que deve esperar de uma pessoa que me deu um soco e que desmaiar no meio da mata mais com toda certeza essa pessoa não tem boas intenções.

Quem é que desmaia uma pessoa com intenção de fazer uma festa surpresa?

Dou uma espiada e estranho o lugar, limpo e claro principalmente a cama macia em que eu estava deitada presto atenção pra ver se escutava algumas coisa próxima mais tudo continuava em um completo silêncio.

Me levanto da cama com cuidado sem fazer nenhum tipo de barulho, eu não sei que tipo de pessoa doente é essa mas não quero ficar tempo suficiente pra descobrir.

Vejo minha bolsa do lado da porta e uma toalha em cima da mesma, reviro os olhos além de me bater na mata a pessoa quer que eu tome um banho antes de fazer sei lá o que comigo?

Pego minha mochila coloco nas cotas e vou até a porta o corredor é longo e com toda certeza tem alguém em alguma lugar dessa casa, volto a olhar pra dentro do quarto e vejo um janela acabo sorrindo.

Não iria perder a oportunidade de sair por um lugar menos trabalhoso e fácil do que correr o risco de ser achada enquanto procuro a saída desse lugar.

Vou até a janela e parece que tudo está conspirando ao meu favor já que tinha até uma árvores alguns metros de distância da janela.

- Vai ser um belo salto e com uma grande possibilidade de cair de cara no chão - começo avaliar minhas chances de sucesso. - Qualquer coisa deve ser melhor do que ficar e esperar - começo a subir no pequeno murro de proteção da varanda.

Olho pra baixo e vejo que uma queda dessa altura não vai me matar talvez só quebrar as minhas pernas.

- Eu adoro o jeito como eu sou otimista assim que sou apagada na mata. - não tinha como pegar impulso.

Vai ser só eu por mim mesma, como sempre foi e vai continuar sendo.

- Essa merda deveria ser mais fácil pra mim de vez em quando até parece que só tem eu pra tomar no cu nesse mundo palhaçada.... - então eu pulo.

Me choco contra à árvore e sinto todo meu corpo dolorido minhas pernas, braços, tronco e rosto tudo tem um camada grossa de limo e arranhões e roxos.

- Mais uma aqui e outro ali não faz diferença - começo a escorregar pela árvore como se tivesse em um poste. - Minha última calça boa... - assim que coloco meu pés no chão me levanto e corro.

Já estava a uma boa distância da casa quando escuro uivos.

- De novo não.....

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LR

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