Parabéns Pra Você

CAPÍTULO 2

PDV. LUNA

Eu não sei se é um bom momento pra começar a pensar em tudo de bom que eu poderia ter feito durante a minha doce e curta existência.

Que fim mais triste morta em um mata sem ninguém pra achar o corpo ou fazer cartaz de desaparecida.

Se você acham que eu não fui atrás pra saber se a minha família estava me procurando a resposta é SIM.

Ninguém tinha nem se quer ido se queixar na delegacia ou feito um boletim de ocorrência como desaparecida.

Mesmo que eu tenha deixado um bilhete acho que isso não deveria ser suficiente pra deixar ninguém tranquilo.

Mais estamos falando da minha mãe a pessoa mais despreocupado do mundo, eu não sei o que eu deveria esperar dela e porque eu esperaria justamente algo vindo dela.

Meu pai então pra mim não faz a menor diferença é tanto que nem toco muito no assunto, continuamos a fingir uma existência do outro não sei como ele consegue ignorar facilmente que ainda tem mais 4 filhos fora do casamento atual dele.

- Eu não sei o que fazer agora - falo baixo e recebo um rosnado como resposta. - Eu não pensei que você fosse racional - respiro fundo.

Eu não sei o que deveria fazer em uma situação dessa Patrícia não tinha me explicado o que fazer nessa situação.

- Eu não sei o que fazer agora - falo já me encolhendo.

Não é uma coisa que eu faça querendo é uma reação natural toda vez que eu me assusto ou que sinto medo sempre acabo me encolhendo como se fosse um animal assustado.

Me viro divagar e antes que eu consiga ver meu rosto é tingindo por um soco forte, meus olhos começam a pesar e pequenos pontos pretos aparecem no meu campo de visão.

- Por que....

PDV. MATEO

- Tem certeza?- ela balança a cabeça.

- Perto do riacho - respiro fundo.

- Não podemos deixar ela ficar assim tão perto sabe o que aconteceu com o último não é?- balanço a cabeça ainda de olhos fechados.

- Não preciso que me lembra sempre Zaya - ela resmunga alguma coisa.

- Então faça alguma coisa?- volto a respirar fundo.

- Zaya já cuidados do último humano se formos fazer isso sempre as pessoas vão desconfiar - ela solta um grito de frustração.

- Vamos vigiar ela depois vamos pensar no que fazer - ela balança a cabeça e logo depois sai da minha sala.

Minha alcateia fica em um parte escondida da floresta e justamente onde a humana escolheu acampar assim como o homem que a gente cuidou dias antes dela aparecer.

É um presente da Deusa da Lua que a nossa alcateia continuasse escondida dos olhos humanos, esse é o jeito que ela conseguiu nos proteger dos humanos.

Éramos caçados como se fossemos leões pra decorar suas paredes ou artigos de decoração de um caçador barato.

Primeiro veio o macho humano com sua tentativas frustradas de acender uma fogueira com fósforo em madeira úmida.