CAPÍTULO 6

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PDV. MATEO

Ela dormiu a noite toda mais isso não querer dizer que foi um sono tranquilo sem gemidos e gritos de dor.

Das poucas vezes que sai do seu lado foi pra ir ao banheiro não sei em que momento acabei dormindo na poltrona mas quando acordei com a luz do sol no meu rosto ela já estava acordada com aqueles olhos enorme tão escuros quanto a noite.

- Quem é você?- ela continuava deitada mais acho que isso não era por escolha dela.

- Mateo e você?- não me levantei com medo do que ela poderia fazer.

- As pessoas me chamam de Luna - ela parece mais pálida que o normal.

- Esse não é o seu nome?- ela nega com a cabeça.

- O que tem de errado comigo? Me lembro de você andando com os lobos - abro um sorriso. - Que versão estranha de Mogli você é?- faço uma careta.

Não sabia quem era Mogli e não gostei que ela soubesse quem era ele.

- Sou um alfa - ela continua calada sua boca antes avermelhada agora estava sem cor.

- Pensei que só lobos tivessem alfa que tipo de aceita é essa? E antes que venha um convite estranho eu sou católica tô fora de coisa esquisita - ela joga a coberta pro lado e vejo quando ela coloca os dois pés no chão.

Vejo quando ela tenta se levantar e assim como eu seu corpo não tem força pra se manter de pé e antes que ela caísse no chão seguro seu corpo.

- Como você... - ela não termina de falar já que parecia fraca demais.

- Você tem que se alimentar depois falamos disso - coloco ela deitada de novo na cama.

- Eu não vou comer nada de um estranho - ela me olha como se eu tivesse dito a maior ofensa que ela já escuto o na vida - Sua mãe nunca te disse pra não aceitar nada de estranhos?- nego com a cabeça.

- Todos são confiáveis - ela nega com a cabeça e começa a rir.

- Com toda certeza você faz parte de uma aceita e sofreu lavagem cerebral - ela me olha com pena.

Eu não consigo entender metade do que ela diz e todas as suas respostas são ácidas mesmo que ela não perceba ironia também é outra coisa que ela usa e abusa bastante.

- Não vai ser eu a pessoa que vai chacoalhar seu mundinho perfeito - ela cruza os braços e olho pra qualquer lugar que não seja pra mim.

- Meu mundo não era perfeito até você chegar - ela volta a me olha como se eu tivesse dito outra coisa idiota.

- Agora é um membro de aceita tarado?- reviro os olhos e antes que eu responda uivos são ouvidos.

Vejo seu corpo ficar tenso e o seu medo se espalhar por todo o quarto em pequenas ondas mas seu cheiro basicamente era de doente.

A ligação está cobrando um alto preço com ela não sei se vou ser capaz de sobreviver caso ela não resistir a ligação.

- Mais que droga estão por toda parte - abro um sorriso e vejo ela aperta com força o lençol. - Pode pedir pros seus amigos pararem de me perseguir? Isso não tem graça menino lobo - meu sorrindo fica ainda mais largo era assim que minha mãe costumava me chamar - O que deu eu você que está rindo?- antes que eu fala algumas coisa a porta do meu quarto é aberta.

- Desculpe atrapalhar alfas mais tenho problemas - Zaya fala olhando por chão.

- Qual problema?- falo sem tirar os olhos de Luna que se manteve calada o tempo todo.

- Estão atrás dela - Zaya olha pra minha companheira e resmunga um "puta que pariu" baixinho.

- Por que estariam atrás de mim?- olho pra ela sem saber o motivo da sua surpresa.

- Você estava acampando sozinha na mata tenho certeza que sua família deve estar preocupada - assim que Zaya fala escuto uma risada melancolia e maldosa.

- Minha família não se preocupar com nada e quase ninguém se você não tiver nada que eles queiram você praticamente é invisível - não sinto cheiro de sua tristeza ou qualquer coisa que denuncie um sentimento negativo. - Está olhando pra pessoa mais invisível do mundo - ela continua neutra - Tem que ser outra menina - tenho certeza que não pode ser tão ruim assim.

- Estão atrás de você tem cães pela mata espalhando o cheiro da sua barraca - ela fecha os olhos e passa a mão no cabelo várias vezes.

- Por que disse alfas no plural?- ela parecia mais preocupado com isso do que com o fato que ela está sendo procurada como desaparecida.

- A companheira do alfa também se tornar uma - Zaya fala confusa - Sou Zaya sua beta - Luna balança a cabeça.

- As pessoas me chamam de Luna - Zaya balança a cabeça.

- Não está preocupada? Tem pessoas preocupadas com você - ela balança os ombros.

- Vivi por 12 anos sem ter ninguém preocupado comigo não vai ser agora que as coisas vão mudar - ela fecha os olhos. - Vai fazer 4 anos que "fugi" de casa - ela faz aspas com os dedos. - Ninguém denunciou meu sumiço não vai ser agora que vão fazer isso - ela se ajeita na cama e segura um travesseiro com força.

O meu travesseiro.

- Está a 4 anos vivendo sozinha?- ela balança a cabeça. - Como sobreviveu?- eu não gosto de pensar no tipo de coisa que ela já viu.

- Acampando, caçando, pedindo carona e fazendo empregos temporários sem falar do dinheiro que eu tenho no banco. - ela fala como se não fosse nada.

- Acha que ele denunciou ela?- Zaya nega com a cabeça.

- Ainda temos informações que ele está no hospital. - quem iria fazer essa denúncia?- Outra casal achou as coisas delas se identificaram com familiares - assim que Zaya diz isso vejo os olhos de Luna se abrirem e uma certa preocupação inundar o quarto.

- Patrícia e Zeca - ela volta a jogar pra longe a coberta.

- Conhecer eles?- ela tanta mais uma vez ficar de pé mais é Zaya que segura ela dessa vez.

- Conheço o suficiente pra saber que Patrícia vai deixar Zeca e a polícia doidos - com ajuda de Zaya ela fica de pé. - Tenho que ir pra casa.....

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Estou amando escrever esse livro
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chorei uma 20 vezes em certos capítulos
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LR

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