Capítulo 29

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—James! —O chamo.

Ele olha pra mim, e sinto aquela adrenalina que me deixa zonza. Sinto coisas que não sei explicar, é estranho e excitante ao mesmo tempo.

—América! —ele diz meu nome, e sinto aquele frio na barriga.

—Eu...eu preciso voltar! —digo me afastando.

—Espera! —ele diz e paro de me afastar.

Vejo ele caminhar até mim, olho em seus olhos azuis e sinto meu coração bater a mil. Nunca senti nada assim. Porque estou me comportando como uma virgem? Bucky segura meu queixo e se aproxima, nossos lábios se encostam e pela primeira vez não estou no controle da situação. Não é um beijo delicado, é diferente e selvagem, desejoso e excitante. Passo meus braços por seu pescoço e o puxo para mais perto, ele segura minha cintura enquanto me beija como se me desejasse. Minha mente está girando e tenho certeza de que meu coração está prestes a entrar em colapso. Quando ele para o beijo por falta de ar, o olho como se não acreditasse no que ele acabou de fazer, estou ofegante e excitada. Meu. Deus.

—Eu não deveria...—ele começa falar e minha excitação vai pro ralo. Tento não transparecer meu desapontamento.

—Ta tudo bem! —digo e vou pra casa do Tony, pego a chave de um dos carros e volto dirigindo. Coloco o corpo da mulher no porta malas e dirijo até bem longe da casa do Tony. Ele já tinha ido embora.

Tentei não pensar no que acabou de acontecer, isso literalmente mexeu comigo de formas que não consigo explicar. Cadê o meu bom senso?
A mulher não ta morta, apenas desmaiada mas eu realmente não me importo. Arrasto o corpo até o rio e a jogo lá, ela tentou me sequestrar e isso vai fazer eu dormir melhor a noite. Fico sentada olhando pro rio corrente por algum tempo, mando uma mensagem para Pepper avisando que sai pois precisava resolver umas coisas. Eu preciso esquecer aquele beijo, aquilo não devia ter acontecido. Mas foi bom pra caralho.
Passo o dia todo fora, e quando volto pra casa do Tony está praticamente escurecendo, subo pro quarto, tomo banho e só então vejo meu celular tocar. Olho as mensagens da agente Hill.

Agente Hill

Precisamos de você nessa missão com os vingadores, você só precisa distrair o filho do traficante de armas de destruição em massa.

Respondo:

Legal.

Ela me manda os coordenadas e noto que é em uma boate, melhor ainda. A distração perfeita que preciso. Olho o vestido colado prateado de alça fina e costas nuas. O vestido é curto e deixa muita pele exposta mas é lindo e sexy. Acho que hoje vai ser bom usar algo diferente do preto de sempre. Aliso o cabelo, faço uma maquiagem simples mas não tanto, coloco brincos de argola prateada, calço os sapatos de salto alto fino. Passo o batom vermelho por último e estou pronta. Pego a chave do carro e dirijo para a boate. Aviso Hill quando chego. Já sabia qual era meu alvo, um garoto da minha idade, bonito. Ele estava com alguns amigos, que na verdade eram seguranças treinados. Isso não seria um problema.
Entro na boate e tudo é familiar, já fazia um tempo que não ia a uma boate. Sinto olhares em mim e ligo o ponto de acesso disfarçado na orelha.

—Eu devia saber que a Hill chamaria ela! —Ouço Sharon falar. Não gosto dela.

—Apenas siga o plano! —Ouço Tony falar, ele estava monitorando o lado de fora com Bruce e Rhodes.

Encontrei o restante dos vingadores, disfarçados no meio da multidão de pessoas da boate, fecho a cara quando vejo Bucky ao lado de Sharon, ela sorria como uma vadia prestes a transar com um cara gostoso. Reviro os olhos.

—Vai fazer seu trabalho América! Distraia o filho com os seguranças. —Hill fala pelo ponto.

—Isso vai ser bom!

Digo e vou para a pista de dança, começo a dançar a música que tocava. Sensualizo de forma chamativa e sugestiva, começo a chamar a atenção de homens e mulheres. Faço contato visual com o meu alvo e sorrio de forma sensual. Paro de dançar quando troca de música e caminho em direção ao meu alvo, ele está bebendo um drink caro no bar. Vou até seu lado e chamo pelo barman.

—Você deu um baita show gracinha! —ele chama minha atenção e me viro. Ouço alguém engasgar pelo ponto de acesso na minha orelha.

—Você acha? —pergunto ingênua mas sexy.

—Aposto que todos os caras dessa boate estão pensando em você! —ele diz e dou uma risada tímida.

—Eu não preciso que todos pensem em mim, apenas um já vai me satisfazer! —flerto sorrindo quando o barman trás minha bebida.

—O que trás você aqui?—ele pergunta e dou um sorriso malicioso.

—O que você acha? Quer que eu te mostre? —pergunto sugestiva.

—Estou a trabalho linda! —ele diz e olho para os outros 2 caras. Os seguranças.

—Eles também podem vir! Ou você tem problemas com compartilhar?

  Ouço Hill e os outros xingarem pelo ponto, posso ouvir Tony engasgando e olho para Bucky do outro lado. Ele me olho incrédulo.

—Problema nenhum! —Meu alvo fala sorrindo.

—Está esperando o quê? Eu adoraria uma plateia mas isso não é permitido. —digo soando desapontada.

O homem segura minha mão e começa a me guiar até uma escada, vejo mulheres me olharem com inveja. Mas paro na metade do caminho.

—Subam eu vou pegar alguns brinquedinhos! —digo animada. Eles fazem o que peço e quando os vejo sumir dou risada.

—Idiotas! —digo a mim mesma e vou até o barman.

—Você é maluca! —Ouço Sam falar pelo ponto.

—Querido, uma garrafa de vinho tinto, o mais caro. E três daquelas balinhas que eu vi você dando a uma mulher minutos atrás.

  O barman me olha e sorri malicioso, ele é gato. Ele some para pegar o que pedi e quando volta me entrega a garrafa com três taças e as quatro balas. As drogas que vão derrubar aqueles idiotas.

—Quando acaba seu expediente amor? —pergunto sorrindo.

—Às 5.

—Eu vou esperar, não é sempre que encontro um barman como você! —digo maliciosa.

—Aposto que nem vai se lembrar disso, quando terminar com o cara lá de cima! —O barman fala.

—Eu nunca esqueço de um cara atraente!

—Se concentre América —alguém diz pelo ponto de comunicação.


A Filha do Tony StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora