A Filha do Tony Stark

Capítulo 36

—A hydra investiu muito pra mim ser um sucesso, me tornei forte e inteligente de maneiras que nem eles podem entender.

—Mas você nunca tinha saído daquele complexo! —Sam afirma incrédulo.

—Eu não precisava, eu aprendi tudo sem sair do segundo pavimento do complexo. E eu já tinha terminado isso tudo quando completei 19 anos.

—Isso é megamente impossível! —Sam fala e dou um sorriso.

—Estamos falando de mim, tudo é possível quando o assunto sou eu!

Começo a caminhar em direção a casa com Sam ao meu lado, preciso pegar o restante dos equipamentos para meu treinamento. Quando entro na sala vejo os vingadores.

—É uma reunião e não me chamaram?—digo irônica.

—Assuntos da próxima missão! —meu pai fala.

—Posso ajudar em alguma coisa?

Tony olha para os vingadores depois para mim, vejo ele trocar olhares com o capitão. Então ele assente.

—O que sabe sobre esse cara! —Tony fala apontando para o painel, os registros de um cara familiar aparecem.

—Esse é o cara que tentou reproduzir o seu reator pro Dimitri, eu já vi ele no complexo. Ele tinham uma espécie de parceria com Dimitri, Dimitri queria construir uma armadura para mim, ele achava que o soro tinha falhado mas eu era uma boa lutadora. Se ele tivesse pedido pra mim eu teria feito uma armadura mil vezes melhor, mas ele não confiava em mim.

—Esse cara ta construindo uma arma pra hydra, eles estão usando o bastão do Loki pra desenvolver a arma. —Bruce fala, e me explica em estatísticas no painel.

—Isso é um problema, já localizaram o bastão?

—Já! —Tony fala.

—Eu estudei astrofísica e com alguns conceitos físicos, estudando de onde vem o poder do bastão acho que é possível criar uma substância capaz de neutralizar o poder por um tempo. Uma arma com esse poder pode ser usada para destruição em massa, nem vocês são páreos. Mas se usarem um traje com essa substância neutralizadora podem conseguir pegar e saírem vivo.

Aperto um dos botões do meu bracelete e um painel holográfico aparece, começo a descrever um protótipo com as estatísticas que Bruce me mostrou. Mordi meu lábio concentrada na fórmula.

—É baseado no que eu sei agora, sem mais estudo sobre o bastão é como atirar às cegas. Explicação de merda, eu consigo atirar e acertar de olhos vendados.

—Você quer criar uma substância capaz de neutralizar o poder do bastão! Isso é inteligente. —Bruce fala e dou um sorriso.

—Não sou um gênio da física! Ainda.

—Como você pretende fazer isso gênio? —Sharon pergunta.

—Vocês vão me falar onde o bastão está e vou rastrear, entrar no sistema deles, vou roubar as informações e criar minha substância baseada nos estudos deles. Entendeu ou vou ter que te ensinar a planejar?

—Essas coisas ficam protegidas! —Sharon fala irritantemente.

—Eu sou filha do homem que entrou no sistema da shield e conseguiu ver todos os segredos obscuros deles! Acha mesmo que não vou conseguir acessar o sistema protegido deles? E só lançar o vírus, o sistema vai cair por segundos, copio os dados e pronto. É o modo mais discreto, não quero que eles descubram, ao contrário do meu pai, showzinhos são desnecessários.

—É a minha filha! —Tony fala convencido.

—Onde o bastão está?

Bruce me mostra no painel e começo a trabalhar, sou rápida e quando o negócio é tecnologia tenho orgulho em falar que entendo. Faço algumas alterações e jogo o vírus que vai fazer com que o sistema deles caía por segundos. Rapidamente copio os dados e quando termino apago as fontes e qualquer pista. Isso levou quase duas horas.

—Agora é só...—sinto minha cabeça começar a doer, fecho minhas mãos em punhos.

—América! —Ouço Bucky me chamar.

—Não é nada!

Tento me concentrar mas as dores pioram e me concentrar se torna impossível. Meus batimentos aceleram e fica difícil respirar, continuo tentando me concentrar.

“Seus batimentos estão rápidos demais, altos níveis de energia disparando para seu coração. Nesses níveis altos seu coração vai parar.” —Ouço Lexi falar do meu bracelete.

—Merda!

—América, isso tá te matando! —Bucky fala e vejo Tony chegar ao meu lado.

—Ela ta suando frio! —Tony fala colocando a mão na minha testa.

—Ta tudo bem, eu só preciso liberar a energia!

Me afasto mas não chego muito longe, minhas pernas falham e tenho que me segurar em uma mesinha na beira da porta. Eu estava longe o suficiente deles, libero as ondas de energia e as faíscas de energia envolvem a mesa, sinto a energia correr em minha pele. Olho no reflexo do vidro da mesinha de vidro e vejo meus olhos brilharem. Cinco minutos se passaram, e eu ainda me segurava na mesa, liberando ondas de energia, então finalmente sinto minha respiração ficar regulada e meu coração voltar a bater em um ritmo normal.

“Situação estabilizada, coletarei os dados e vou adicionar aos registro.” —Lexi fala e suspiro.

—Porque não contou que quando o soro te fez ter esses poderes, ele também colocou você beira a morte? —Tony pergunta.

—Não funciona assim, eu só tenho recaídas assim quando não descarrego minha energia em treinamento. —digo ainda me segurando a mesa, se a soltasse certamente caíria.

—Você devia ter contado, você podia ter morrido! —Tony fala, e percebo a preocupação em seus olhos.

—Já chega! Ela mal consegue ficar em pé! O sermão fica pra depois. —Bucky fala e me pega em seus braços.

—Vou fingir que não ouvi isso! —Tony fala irritado.

  Sinto Bucky caminhar comigo nos braços, mas perco a consciência instantaneamente.
Acordo em um quarto mal iluminado, olho pro teto e percebo que não é meu quarto, me sento rapidamente e vejo Bucky me observando. Relaxo ao ver ele e me deito novamente.

—Eu sinto muito, não queria que ninguém me visse daquele jeito!

—Aquela é você, não precisa se lamentar pra mim! Esse poder é seu, era só você. A América insuportável de sempre. —Bucky fala e sinto meu coração disparar de uma forma boa.

—Eu tenho que ajudar eles!

—Eles não vão a lugar nenhum até você melhorar, e no momento estão na sala irritados achando que matei você! —Bucky diz e dou risada.

—Uma porta não vai segurar eles!

—E eu nunca mataria você! —ele diz e o olho duvidosa.