A Filha do Tony Stark

Capítulo 10

Arranco minha blusa e olhou para o traje que passei 1 semana fazendo, ele era como uma segunda pele de cor preta com adornos azuis, as balas perfuraram o traje e talvez um pouco a minha pele, mas nada que vá me matar. Arranco as balas, algumas mais profundas que as outras.

—América! —a voz de Pietro faz meu sangue ferver, o ignoro e começo a olhar para os vingadores.

—A hidra me quer porque só eu sei qual soro funcionou, eu escondi isso deles por muito tempo e fui obrigada a me expor quando fugi! —digo séria.

—Você sabe como controlar? —Tony diz saindo do transe.

—Sei! E eu raramente uso esses poderes.

—América! —Pietro me chama novamente. Eu o ignoro.

—Eu ainda não entedi porque você ta ignorando o Pietro! —Wanda diz confusa.

—Ele me deu um fora porque voltou com a ex, eu nunca fui trocada por ex!  É humilhante, quem em sã consciência me daria um fora?

—O ego gigante dos Stark! —Pepper diz rindo.

—Eu não queria te magoar! —Pietro diz.

—Magoar, não estou magoada! Você só me magoaria se eu estivesse apaixonada, e eu não estou. É uma coisa de ego ferido.

—Se resolvam logo, a reunião acabou e quero beber! —Bucky diz entediado.

—América, porque entrou na frente dos tiros? Foi estúpido e imprudente! —Tony começou a dizer mudando de assunto. Ele parecia prestes a surtar.

—Eu não deixaria que eles tirassem o pai de uma criança...e você é bilionário, to precisando de dinheiro! —digo sorrindo ingênua, os vingadores começaram a rir da cara incrédula do Tony.

—É claro que não foi um ato de boa fé! —Tony diz irônico.

—Eu to sem grana, era isso ou vender partes do meu corpo!

Steve engasgou enquanto Bucky parecia estar prestes a ter um colapso, fiz minha cara de cachorro sem dono pra disfarçar.

—Como você pagou a boate que foi ontem? —o agente Fury perguntou.

—Cooper Barton pagou, conheci ele na boate e o cara é quente! Mas gastei o que restou do meu dinheiro tomando café com um cara que conheci do nada!

—Você fala sempre abertamente sobre essas coisas? —Tony perguntou.

—Não tenho nada a esconder, pelo menos agora eu não tenho! O lance do poder foi por força do hábito, nunca havia contado pra ninguém e o Pietro descobriu sozinho.

—O Pietro sabia! —Tony praticamente gritou.

—Sabia, e eu estava quase me apaixonando! Ainda bem que não aconteceu, fui torturada por toda a minha vida e superei, fiquei sabendo que um coração partido e insuperável, pelo menos quando se ama de verdade!

—Eu não te iludi em momento algum! —Pietro diz.

—Não disse que você fez, eu queria ser amada, e a primeira pessoa que se importou comigo eu me deixei levar pela carência, mas se tem uma coisa que esta no meu sangue, é a força. Força para ser suficiente para mim mesma. Querendo ou não sou América Rose Stark, querendo ou não sou forjada de soros e torturas, essa é quem sou, e se eu sobrevivi a tudo isso, sou suficiente para mim mesma. Ninguém me salvou, mas eu me salvei e não será por rejeição e carência que vou me auto destruir. Eu não preciso disso.

—Vou te contratar pra fazer meus discursos! —Tony diz sorrindo.

—América, você não está sozinha! Você tem a mim, ao Tony e a Morgan. Você pode negar mas eu vi em seus olhos quando entrou na frente das balas, e mesmo se estivesse sem o traje, você se sacrifiria porque o ama. —Pepper diz e sinto meus olhos merejarem.

—O pouco que me lembro de minha mãe, ela estava dizendo o quanto o papai era incrível. As lembranças da minha mãe estão entrelaçadas ao que ela dizia do meu pai. Eu queria compensar o fato do Tony não me amar com o amor dos outros, mas eu descobri que não é a mesma coisa, e acho que aceitei que não preciso dis... —me engasgo e começo a tossir.

Algo começa a queinar na minha barriga e arregalo os olhos, levo a mão na boca e quando a olho está ensanguentada. Minha visão fica turva e a última coisa que vejo é o céu azul límpido. Mas minha inconsciência não dura muito, abro os olhos ainda com a visão turva e sinto pessoas mexendo em mim, não havia céu azul e sim um teto branco que me dava dor de cabeça. Sinto a queimação por meu corpo todo, era como se houvesse fogo frio sob minha pele. Grito, a dor era insuportável.

—TIRA ISSO DE MIM!

Os gritos ficaram mais altos, tudo em meu corpo queimava e os toques eram como lâminas me perfurando. Eu queria que parassem, eles tinham que parar. Estavam me machucando, a dor era semelhante aos soros, só que pior.

—ESTA QUEIMANDO, PAREM!! POR FAVOR PAREM!

Eles não pararam e meus gritos foram acompanhados por lágrimas que ardiam minha pele. A escuridão me reinvidicou e achei que a dor passaria, mas não passou. Me arqueei e me contorci, eu queria morrer. E então eu senti um aperto na minha mão, o aperto era quente e caloroso. Meus batimentos diminuiram, e a dor ainda era insuportável, mas agora eu sabia que devia suportar. Eu não havia encontrado meu pai apenas para morrer agora, a verdade é que eu nunca quis morrer. E a dor se tornava suportável quando eu sabia que não estava sozinha. E agora eu não estava sozinha. Não mais. Sinto outra pessoa apertar minha outra mão, paro de me contorcer.

Não sei por quanto tempo realmente fiquei inconsciente, mas abri meus olhos lentamente e a claridade feriu meus olhos. Quando me acostumei a claridade olhei ao redor, eu estava sozinha em um quarto branco, como o de um hospital. Me sento e quando saio da cama fico tonta, havia fios e tubos ligados a mim, eu os arranquei e notei que vestia apenas uma calça folgada branca e uma blusa branca de mangas curtas, folgada igual a calça. Caminho até a porta e a abro, onde eu estou? Caminho pelo corredor e por sorte chego a uma enorme cozinha vazia. Meu estômago ronca e abro os armários em busca de algo pra comer. Encontro miojo, olhei o modo de preparo e era prático e  rápido. Demorei poucos minutos para preparar e quando terminei coloquei em um prato e me sentei em uma das banquetas da cozinha. Era bom. Enquanto comia senti meu corpo queimar, mas nada parecido com o que senti antes.