A Filha do Tony Stark

Capítulo 34

Me levanto e meu celular toca, me impedindo de falar mais algumas verdades, e depois me arrepender amargamente. Pego ele e vejo que é uma vídeo chamada, de uma pessoa importante. Vejo o horário e atendo.

—Senhor Graham! —digo sorrindo o olhando pela tela do celular. Graham é um idoso gentil, dono de uma boate estilo anos 40 que fui algumas vezes. Um homem de cabelos brancos, corpo robusto e pele parda com olhos verdes.

—Estrelinha! Quanto tempo. —ele fala.

—Eu estou resolvendo alguns problemas, estou detida por um tempo.

—Eu imaginei estrelinha, você não é do tipo que fica muito tempo longe de uma boate! —ele fala e pisco incrédula.

—Não gosto que me chame de estrelinha, eu sou uma pessoa ruim senhor Graham. É hora do remédio, quero ter certeza que não vai jogar fora.

—Você não é uma pessoa ruim, as pessoas ruins te fizeram pensar que é uma pessoa má. Você é triste. —ele fala e o vejo tomar o remédio para o coração.

—Seu bom senso vai voltar agora que tomou o remédio.

—Me respeita América, não sou seu pai. Mas considero você uma filha e uma amiga. —O senhor Graham me repreende.

—Desculpa. O Chris ta cuidando da Sammy's night?

—Aquele garoto é um pé no saco, mas cuida bem da boate. E aquela boate é tudo que tenho.

—Eu sei, queria poder ajudar. Melhore e volte, aquele lugar e um santuário dos anos 40 e não é o mesmo sem você.

—Eu te contei que meu pai abriu aquele lugar para a minha mãe? —ele pergunta.

—Antes dele ir pra guerra, você me contou a história.

—Não é hora pra histórias tristes, se comporte e saia logo desse confinamento. Preciso da minha estrela de 20 anos que anima a pista de dança e me gera grandes lucros, porque só fica bêbada se beber por uma semana seguida. —dou risada quando ouço Graham falar isso.

—Só quer que eu saia porque sou uma estrela radiante dos anos 40, e te gero muitos clientes.

—Aqueles idiotas ficam tolos quando você aparece! —ele fala e me sento na banqueta, dando as costas aos vingadores.

—Não é verdade!

—Eu não sou um mentiroso, e você sabe que metade dos meus clientes só aparecem quando você aparece vestida como uma senhorita triste e solitária dos anos 40. Você dança e rejeita todos no fim da noite.—ele diz.

—A maioria é casado, eu não me envolvo com homem casado! Assassina sim, amante destruidora de lares nunca.

—E você se diz ser uma pessoa ruim! Você é boa demais para qualquer homem, nenhum deles merece você. Você não é uma garota dessa época. —ele fala e não consigo evitar sorrir.

—Legal, agora sou uma velha! —digo descontraída.

—Engraçadinha, você entendeu! O Chris chegou, seja uma garota boazinha e se comporte estrelinha. —Graham fala.

—Minha gentileza não se estende a muitas pessoas! Mas vou tentar, e eu prometo que vou espancar o Chris por continuar sendo um pé no saco quando voltar aí.

—Eu ouvi isso Rose! —ouvi Chris gritar.

—Como vai o seu marido Chris?

—O Jason está se recuperando! —Chris diz aparecendo na tela do celular.

—Espero que ele melhore logo, você quando não transa é um imbecil irritante.

—idiota! —Chris fala.

—Tchau Chris, cuida do Graham e da Sammy's night.

Digo e desligo a chamada, Graham me encontrou em uma das noites que estava literalmente no meu pior momento. Ele cuidou de mim e ele nem me conhecia, depois continuei voltando a boate para dançar. Eu aprendi a gostar do estilo anos 40, até mesmo fui algumas vezes vestida como se vestiam nos anos 40. Chris é o barman, casado com Jason que é instrutor de dança. Eles são como amigos para mim, embora eu fique semanas sem dar notícia. Eles sabem que minha vida é complicada, e me aceitam como sou.

—Não sabia que você tinha amigos! —Ouço Bucky falar. Ele era o único na sala agora.

—Por que eu iria falar que tenho amigos, ninguém se importa!

—Você nem tenta conversar com eles! —Ele afirma se aproximando de mim.

—Você tenta?

—É diferente! —ele diz.

—Bobagem, é a mesma situação com pessoas diferentes.

—Eu fiz mal a muitas pessoas, pessoas importantes pra mim. —ele fala.

—Eu fiz mal a mais pessoas que posso contar, e eu estava consciente. Eu podia ter parado, mas não parei.

—Eles matariam você se parasse. —ele fala e o olho com tristeza.

—Isso teria me poupado muita coisa!

—Nunca mais fale isso! —ele diz e me surpreendo pelo seu tom de voz.

—Porque?

Ele fica em silêncio e tento me afastar, mas ele me segura e me puxa pra si, há menos de 5 centímetros de distância entre nós e posso sentir sua respiração rápida. O olho e passo meus braços por seu pescoço o puxando para um beijo. Nossas bocas se encostam e aquela adrenalina corre por minhas veias, ele aprofunda o beijo me puxando para mais perto e segurando minha cintura. Me sinto excitada e ansiosa, sentir esse homem contra mim é diferente de tudo que já senti. E eu tenho experiência. Tudo nele é diferente, sensações novas e isso me deixa assustada e excitada. Eu daria tudo para isso nunca acabar, nesse momento só existe nós dois. Aqui somos só a Amy e o James. O soldado e a garota do quarto branco. E eu queria que fosse real, e que quando isso acabasse não fosse um erro.

—América! —ele diz entre o beijo. Sua voz rouca me faz ficar arrepiada, e a esse ponto minha calcinha já está molhada.

Ele me coloca sobre a ilha da cozinha e sinto sua ereção, gemo em sua boca e ele morde meu lábio inferior. Me arqueio e entrelaço minhas pernas em sua cintura. Quando sinto o ar faltar ele beija meu pescoço dando beijos molhados e mordidas leves que fazem meu corpo entrar em combustão. Ouço alguém pigarrear e Bucky se afasta de mim.

—Steve! —Bucky fala rouco.

—Misericórdia. —digo descendo do balcão e olho Steve.

—Eu posso explicar! —Bucky fala.

—Explicar o que? Isso...foi bem explícito! —Steve fala e começo a rir de nervoso.