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Como estou ciente que vou ser demitido, hoje, no meu segundo dia de emprego, resolvo por uma roupa mais "despojada": calça jeans preta - com rasgos discretos nos joelhos -, uma blusa branca - com formato "V" no peito, e com as mangas suspensas até os cotovelos - e um tênis branco.

Arrumo meus fios loiros, pondo-os para trás com auxílio de um pente. Sentido falta de algo; encaro a caixa de joias embaixo da minha cama e pego-a, abrindo-a, em seguida.

Aplico uma corrente prata em meu pescoço, e um conjunto de anéis nas mãos, também prata.

Espirro o meu perfume Malbec; no pescoço, nos antebraços e na roupa.

Me olho no espelho e sorrio com a minha imagem. As pernas torneadas, o torço branquinho, sem nenhuma mancha, já que não aproveitei isso do Jung-Ho; e meu semblante sério.

Direciono meu corpo até a sala e encontro meu amigo comendo um prato de mamão.

— Quê que isso, novinho?! — Tae vem em minha direção, me rodando assim que chega perto de mim. — 'Tá gostosão, hein! — assovia para mim e bate palmas quando eu viro e cruzo os braços.

Tae também não está diferente: uma calça jeans branca e colada, uma blusa preta e o seu all star branco e preto.

— Se eu fosse hétero, eu pegava. — fala, irônico.

Depois dessa algazarra toda, nós comemos quase um melão inteiro. Taehyung me obrigou, praticamente, disse que eu precisava me alimentar saudável, para manter esse corpitcho.

Fomos para a empresa, mais nervosos e convictos possíveis. Toda a minha vergonha fora substituída por uma presunção fora do comum quando pomos o pé dentro do elevador. Se o Jungkook não quer voltar atrás, acho que vou ter que fazê-lo mudar de ideia.

Saí do elevador juntamente à meu amigo, que a cada passo que dávamos ele murmurava em meu ouvido: "Jungkook vai voltar atrás, Ji, porque ele está apaixonado por você." E eu sempre mandava ele calar a boca.

Ao redor as pessoas me encaravam em apreciação.

— Acho que você não irá somente roubar dois corações, hoje. — Tae fala, olhando ao redor e rindo.

Reviro os olhos e vou até a minha mesa, cumprimentando o grupinho inseparável - Lisa, Jackson, Mark e Jennie -, que retribuem e voltam à seus afazeres.

Hoseok já está em sua cadeira, sorrindo grande para mim e meu amigo.

— Oi, Jiminie! Oi, Tae! — ele acena, freneticamente.

— Oi, Hobi. — meu amigo se aproxima do mesmo e dá um rápido abraço. — O que há de novidade? — se afasta e senta-se em sua mesa, faço o mesmo, mas só que na minha, que não será mais a partir de hoje.

— Bom... Eu não entendi muito bem, mas o senhor Jeon exigiu uma reunião de emergência. — meu amigo me encara com as sobrancelhas erguidas e um sorrisinho debochado no canto dos lábios. Eu reviro os olhos, birrento.

Taehyung cismou nessa história, e se nada o contrariar; ele não irá desistir.

— Por quê? — viro minha atenção ao Hoseok, que dá de ombros.

— É isso que eu não entendi. — encolhe os ombros e volta a mexer no computador.

Olho para meu amigo por um breve momento, este, que ainda me encara com uma feição convencida.

— Quer parar!? — falo, indignado. — 'Tá parecendo um psicopata. — ele gargalha e põe a mão na boca, abafando o riso.

Fico mexendo no celular durante os cinco minutos antes da tal reunião de emergência. Percebo todos irem para a sala e vou atrás, não tenho mais coragem de chegar depois de todo mundo, após aquela ceninha mixuruca.

Oliflay Demagge • pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora