IV

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— Jimin! Já são sete horas! — meu amigo me acorda, balançando meu corpo, brutalmente.

— O quê? — levanto, alvoroçado. — Porra, eu não ouvi o alarme tocar! — saio correndo até o banheiro, escovando os dentes tipo flash, ignorando meu amigo, que me segue rindo e com seu urso de pelúcia em mãos.

Vou até o guarda-roupa e escolho uma calça social cinza, uma blusa social branca e um blazer. As roupas chiques de ontem estão sujas, já que meu amigo resolveu fazer guerra de pipoca. Então, sujou a porra toda.

— Vai ficar, aí, rindo? — falo, estressado, e corro até o banheiro para tomar um banho de gato, mas paro assim que Tae solta um grito no meio do riso. — O que é, peppa pig? — cruzo os braços.

— Nada... É que— meu amigo solta outro grito. Quase rio, mas me segurei, só pra não dar um gostinho à ele. — Você não está atrasado. — finaliza morrendo, e joga o urso de pelúcia na minha cara.

— Como assim? — começo a me estressar.

— Ainda são cinco da manhã. — conclui o caralhudo, rindo mais alto.

— É o quê?! — grito tão alto, que tenho certeza que os vizinhos vão vir reclamar.

Foda-se.

— Desculpa, eu só quis te dar um sustinho, cocada de coco. — jogo o urso de volta em sua cara e meu amigo arregala os olhos. — Não me bate, Ji. — dou passos lentos em sua direção e meu amigo corre para o banheiro, trancando-se, em seguida.

— Você não vai ficar aí para sempre, abóbora verde! — esmurro a porta do banheiro e escuto a risada de Taehyung do outro lado.

— Vou tomar banho! — ele grita, ainda dá para escutar resíduos da sua risada recente.

— Tira toda essa murrinha de cama, assim você pode fazer o Hoseok ficar louquinho por ti! — a risada do meu amigo cessa e minutos depois escuto a água do chuveiro cair.

Parece que fiz ele calar em um instante. Sorrio com meus pensamentos e volto ao meu quarto, jogando meu corpo com tudo na minha cama.

[...]

Após estarmos prontos e alimentados, eu e Taehyung nos preparamos para ir para a empresa.

Hoje eu entro nessa porra! Ou eu não me chamo Park Jimin.

— Dinheiro? — meu amigo revisa a lista de coisas que não devemos esquecer antes de sair.

— Sim. — confiro o citado dentro da minha carteira e guardo-a dentro do bolso da calça.

— Documentos, currículo? — meu amigo me encara.

— Hm... Sim. — dessa vez não vou esquecer, já que está dentro da bolsa, que meu amigo me emprestou.

— Chaves de casa? — Tae alcança a penca de chaves, que estava na pequena cômoda, ao lado do sofá, e põe em seu bolso traseiro.

— Sim. — verifico as minhas, que estão dentro da bolsa.

— Tudo ok... Vamos? — assinto e Tae abre a porta de casa, trancando-a assim que saímos.

E lá vamos nós... De novo.

Mas, dessa vez, irá dar certo!

Esperamos um táxi por trinta minutos! Trinta minutos!

Sorte que ainda são seis e dez da manhã.

— Demorou para chegar, né, moço? — falo ao taxista, assim que entro no carro e fecho a porta, mas não antes de esperar meu amigo entrar e sentar ao meu lado.

Oliflay Demagge • pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora