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— Yibo-didi, você acordou.

Franzi o cenho confuso, me perguntando, se já havia escutado aquele timbre.

Claro que sim.

Xie Lian estava escorado comodamente na enorme bancada da cozinha, bebendo algo que, pelo cheiro, deveria ser chá Wu Long. Ele parecia ainda mais revigorado do que no dia anterior, se era possível; a expressão suave, as longas sombrancelhas e o nariz ligeiramente pontudo emoldurando um rosto bonito demais. Chegava a ser injusto para com os mortais.

Semicerrei os olhos, tentando ajustar os olhos a claridade do sol vespertino e reparei que a caneca que Xie Lian segurava possuía desenhos geométricos malucos. Fiquei surpreso por alguém gostar daquele tipo de estampa esquisita.

Estou me preocupando com canecas que possuem desenhos geométricos esquisitos?, Pensei. Mas então me atentei ao fato de que eu havia acabado de acordar. Depois de uma noite insone era comum não está racionando direito no dia seguinte.

Xie Lian me lançou um sorriso simpático e eu sorri de volta, tentando não pensar na minha aparência pós despertar que parecia idêntica a um zombie. Mas o homem em seus prósperos vinte e nove anos não parecia se importar com minha imagem nem com nada ao redor; apenas estava lá, calmo, tranquilo e pacato.

Era meio estranho vê-lo vestido tão casualmente ou até mesmo sem maquiagem e aquela manhã parecia dar a impressão de que eu estava ali a anos, que já conhecia todo mundo, mas tinha consciência de que não era verdade.

Contudo, Xie Lian aparentemente era um amálgama de bons adjetivos e não precisava se conviver muito com ele para ter uma opinião muito desenvolvida; diferente da maioria ele já me tratara bem logo de começo.

E depois de todos aqueles anos trabalhando no café e observando meticulosomente todo tipo de gente, era fácil para mim reconhecer manifestações de falsa lisonja.

De repente, Xie Lian despejou a bebida fumegante do bule em outra xícara me tirando do meu devaneio.

Quando me perguntei o que estaria fazendo, o Ikemen deu a volta na bancada me oferecendo uma xícara.

Minhas sombrancelhas se erguerem até a estratosfera.

— É para mim? — Inqueri. Minha voz parecia meio grogue e logo tomei consciência do quanto a pergunta era idiota.

Eu estava exatamente esperando aquele tipo de resposta irônica, mas Xie Lian apenas assentiu.

Fiquei estupefato. Dei um meio sorriso, subitamente animado com a perspectiva de provar algo aparentemente feito pelo próprio Xie Lian. Parecia até demais.

— Obrigado. — Agradeci.

Ele pareceu pouco a vontade.

— Não deve estar muito bom — Ele proferiu. — Normalmente é Shen-xiong que faz esse tipo de coisa.

— Não há problema.

Dei outro meio sorriso, almejando que ele não soubesse o que se passava na minha mente desorganizada e apinhada de amenidades.

As palavras ficaram pairando no ar da requintada cozinha por um breve período. Achei estranho a casa estar tão silencioso quanto um necrotério.

— Hoje é o seu primeiro dia de trabalho na agência, não é? — Xie Lian indagou, enquanto tomava um gole da bebida.

Era algo que eu queria ter esquecido. Me remexi desconfortável trocando o peso de um pé para o outro e confrotado por uma imagem minha em pânico enquanto Nan Feng parecia soltar fogos de artifício pelos ouvidos, com seu terrível entusiasmo.

The fashion of love _ 爱的时尚 _ YizhanOnde histórias criam vida. Descubra agora