Capítulo Dez

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CAPÍTULO DEZ

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CAPÍTULO DEZ

San Francisco...


Sofia Lancem

As palavras de Khaol, eram irracional. O que ele ganharia mantendo esse casamento? Eu tinha certeza absoluta de que ele aceitaria minha proposta. Não consigo pensar em nenhum outro motivo para ele recusar minha oferta. Khaol, está ciente de que esse casamento não tem futuro, por que mesmo assim quer mantê-lo? Nenhum de nós dois quer isso, porque nos forçar? No final acabaremos ambos machucados, ou pior. Não faz o menor sentido. Apenas uma explicação é plausível, Khaol, mentiu. Ele não passa de um mentiroso egocêntrico. Todas aquelas palavras, seus gestos gentis. Tudo isso era uma grande mentira, tudo era falso. Até o desejo que pensava ser mútuo era uma grande farsa, mas a custo de que? Por que? Me nego a acredita que seja por causa de negócios, Khaol, não se mostrou promíscuo ao dinheiro. Ele não respira negócios como Papai. Khaol, não mencionou uma única vez negócios perto de mim. Não entendo sua motivação. O pensamento mais absurdo surgem em minha mente, um gosto amargo toma minha boca, meu estômago embrulha em pensar nessa pequena possibilidade de que possa ser verdade. afinal, já aconteceu antes, não só uma vez, mais duas. Mais lágrimas descem por meu rosto, só imaginar que ele quer manter esse casamento por pena, ou aparências fazem todas as minhas barreiras tremer. Eu consigo até ouvir os comentários maldosos ao meu respeito, e como vão culpar meu peso. As amigas de Mamãe, nunca mediram esforços para dizer como meu porte físico era detestável. Quem ficaria feliz com tudo isso seria Laura, ainda me lembro de suas palavras, e como ela vai se vangloriar ao me ver voltando para casa.

Não posso deixar isso acontecer, eu não suportaria ouvir seus comentários. Fecho os olhos com força, mas isso não afasta meus tremores. Consigo vê-los na escuridão apontando para mim, sussurrando palavras desagradáveis, os olhares de desgosto. Lembro bem da sensação, como aquilo era desesperador, sufocante. Eu não vou, não posso enfrentar tudo isso novamente. Prefiro ouvir todos dizendo que comprei um homem do que passar por tudo aquilo novamente. As críticas destrutivas, e todo aquele maldito preconceito. Mesmo que Khaol, não aceite o divórcio porque tem pena de mim, ou qualquer que seja seu motivo oculto, sou eu quem não vou deixa-lo ir. Em meio aos pensamentos e os soluços acabo cochilando, movo a mão entre as cobertas ao despertar com a vibração do meu celular. Passo as mãos por baixo dos travesseiros, mas não encontro nada. Me irrito com a persistência da vibração, espero que seja importante. Com receio abro os olhos mas as persianas estão fechadas impedindo a luz de entrar. Tenho que me lembrar de agradecer a Sra. Robin por isso. Meus olhos se adaptar a escuridão, encontro o aparelho com a tela virada para baixo na extremidade da cama. Pego o aparelho imaginando ser Maze, mas me surpreende ao ver que as mensagens são de um número desconhecido. Abro o chat.

""Oi""

""Espero que me perdoe por mais cedo""

""Eu não deveria ter ido embora daquela forma""

Leio as primeiras mensagens. Pisco algumas vezes ainda surpresa. Não acredito que Khaol, esta me pedindo perdão por mensagens! Isso é ridículo! Passo o dedo pela tela, lendo o resto das mensagens.

""Responda!""

""Podemos conversar sobre isso quando eu chegar?""

""Mas minha resposta não vai mudar!""

""Merda! Desculpa.""

Continuo encarando as mensagens mesmo depois de ter lido, e relido todas. Ele é bipolar ou o que? Me susto quando uma nova mensagem aparece no chat.

""Não vai responder?""

""Sofia, fale comigo!""

Mandão! Se ele acha que vai me persuadir dessa forma está enganado, depois de anos obedecendo a cada ordem de Mamãe, eu me rebelei. Prometi a mim mesma jamais ser tratada dessa forma. Não vou permitir que Khaol, faça o mesmo. Fecho o chat de mensagem e bloqueio a tela do celular e largo o aparelho na cama. Respiro fundo me espreguiçando, esse cochilo me fez maravilhas. Me levanto e vou cambaleando até o banheiro, ligo a torneira da banheira. Desde o momento em que cheguei desejei entrar nessa belezinha. Enquanto espero a banheira encher vasculho o pequeno armário de portas duplas, fico surpresa ao achar incensos e velas aromáticas. Meu queixo caí ao ver produtos que uso regulamento no dia a dia. Todos são da minha marca favorita, e novos. Não consigo imaginar Mamãe, fazendo algo assim por mim e muito menos Laura. Nenhuma das duas daria ao trabalho de fazerem uma lista do produtos que uso, nenhuma explicar lógica me veem a mente.

Trato de deixar esses pensamentos de lado quando a banheira encher, acendo algumas velas aromáticas e espalho pelo banheiro, ajusto a luz deixando o ambiente mas agradável. Tiro as roupas ficando completamente nua, faço um coque no topo da cabeça. Penso em como o ambiente ficaria melhor com música. Porque não? Afinal estou sozinha aqui. Sem me preocupar com minha nudez volto para o quarto, pego meu celular jogando na cama, no caminho de volta seleciono minha música favorita para tocar. A batida é calma, mansa. Combinando perfeitamente com o ambiente, deixo o aparelho sobre a pia tocando a música e entro na banheira. Meu corpo é acolhido pela água morna, o cheiro das velas é agradável. Fecho os olhos e apoio a cabeça na borda da banheira, aproveitando a sensação. Um sorriso brota nos meus olhos. Era exatamente disso que eu precisava. Subo uma das mãos da minha barriga até o vão em meus seios, pequenas ondulações na água se formam tocando meus mamilos que enrijecer, um curto suspiro escapa por meus lábios.

Nunca liguei para minha nudez quando estou sozinha. Esta em um local aberto, sem qualquer roupa é libertador. As vezes eu me trancava no meu quarto só para me despir, me sentir bem comigo mesma. Sem críticas, julgamento ou vergonha. Naquele pequeno espaço eu poderia ser eu mesma, me sentir bem com meu corpo. Acho que aquelas momentos tão simples me deu a força que eu precisava para me erguer a cada dia. Essa intimidade com você mesma não tem preço. Levo minha mão até o pescoço, com a ponta dos dedos faço todo o percurso da clavícula até meu ombro, e volto a descer novamente para o vão em meus seios. Subindo e descendo. Como um passe de mágica Khaol, surge em meus pensamentos. Mordo o lábio inferior ao imaginar seu corpo despido, só de toalha. Ainda não consegui perdoar aquele pedaço de pano por atrapalhar minha visão. Suspiro ao imaginar seu tronco, o peitoral bem esculpido. Oh Deus! Aqueles braços. Meu sexo pulsa, sinto minha garganta ficar seca. Imagino suas mãos por meu corpo, duro, bruto. Sua boca tomando cada pedacinho de mim. Sem me conter movo minha mão, toco meu mamilo duro, sensível ao toque. Com a outra mão levo ao meu das minhas pernas, preciso apagar essa chama. Esse desejo. Meu corpo clamando por seu toque, minha boca implorando por seus lábios. Com o indicador toco meu ponto sensível, meu corpo convulsiona em respostas, sem conter deixo escapar um gemido de prazer.

Khaol...

— Sim? Sofia.











— Sim? Sofia

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Senhor Santiago (Livro 3 da "Trilogia Homens de Nome") DEGUSTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora