Capítulo Doze

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CAPÍTULO DOZE

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CAPÍTULO DOZE

San Francisco...



Khaol Santiago

O silêncio é ensurdecedor, um velório seria mas animado do que esse jantar. Não entendo a motivação de Mamãe, em fazer esse jantar e principalmente sua persistência. Quando ela me ligou foi uma verdadeira surpresa, eu imaginei que ficaria um bom tempo sem ouvir sua voz, mas estava enganado. Também foi uma surpresa para mim ela mesma fazer o convite, sendo que geralmente ela manda algum dos empregados fazer isso por ela. Suas ações me confundem, e principalmente me deixa intrigado. As ações de Mamãe, faz aparentar uma pequena obsessão por Sofia, que não entendo. Magot Santiago nunca se importou com minhas conquistas amorosas, ou qualquer pessoa com quem eu me relacionasse. Uma semana atrás quando Mamãe, me falou sobre o casamento, pensei em todas as possibilidades possíveis para ela ter mudado de opinião tão radicalmente. Ainda me lembro da primeira vez que Mamãe, me falou sobre o casamento, matrimônio e todas essas outras merdas. Pensei ser uma piada, mas não. Casamento era uma maldição que as pessoas só faziam isso para prender as outras. Naquela época eu fiquei apavoro com isso, com medo de algum dia uma mulher me prender. Mas nunca pensei que essa mulher fosse minha própria Mãe, a pessoa que me fez odiar matrimônio de repente me empurrou para esse abismo escuro e fundo.

Tantas mulheres passaram na minha cama para finalmente uma ficar lá para sempre. Meus olhos vão de encontro a Sofia, do outro lado da mesa, sentada de frente para mim. Sua cabeça está inclinada para frente, seus olhos estão baixos encarando o prato a sua frente. Desde que chegamos não falamos nada além de meras cordialidades. Eu notei que durante todo o jantar Sofia, não comeu nada. Ela tomou duas ou três taças de vinho, e as vezes mexia com o garfo a salada no seu prato para disfarçar. Meus olhos vão para o prato de Mamãe, que também come salada, claro não é nenhuma surpresa já que Mamãe, é vegetariana. No meu prato se destaca um belo bife mal passado com acompanhamentos, que nem mesmo toquei. Me ocorre a lembrança da conversa que tive com Sofia, no jato. Como ela não gosta que regulam sua comida ou seu peso. Só posso imaginar o que a faz agir assim, e as coisas que sua Mãe, a fez passar. Deixo a taça sobre a mesa e pego meu prato, me levanto e faço uma rápida troca. Ao pegar o prato de Sofia, e por o meu, posso notar rapidamente um curto sorriso em seus lábios, isso me faz sentir estranhamente satisfeito. Ao me sentar novamente posso sentir o olhar interrogativo de Mamãe, sobre mim.

— Que falta de educação, não foi esse os modos que eu ensinei a você.

— com certeza não foram.

Rebato tomando mais um gole do meu vinho. Sofia, morde o lábio inferior contendo um sorriso, instintivamente passo a língua por meus lábios desejando os seus. Desde o momento em que a vi, estou louco para prová-la, sentir seu doce gosto na minha boca. O que tive de Sofia, ainda não foi o suficiente. Cacete! Me transformo em um completo tarado apenas em olhar para ela. Seus lábios, imagino como seria socar meu pau na sua boca, sentir seus lábios carnudos envolta do meu pau. Pego uma uva no prato e levo a boca, posso notar os lindos olhos de Sofia, acompanhar meus movimentos. Aproveito o momento para brincar um pouco, esfrego de leve a uva em meus lábios, fixo meu olhar em Sofia. Seus olhos estão focados em meus lábios, na forma como brinco com a uva. Sei o que está pensando linda, também queria a sua doce buceta na minha boca. Enfio a uva na boca, o gosto é doce, mas não tanto quanto a bucetinha apertada de Sofia.

— Khaol, quando pretende ter filhos?

O gosto doce na minha boca passa a ser amargo, meus olhos vão em direção a Sofia. Seu rosto está pálido, o choque é evidente. Mamãe, nos pegou completamente desprevenidos. Faz menos de uma semana que estamos casados e já falamos de divórcio. Cacete! Agora entendo as intenções de Mamãe, com essa merda de jantar. Ela que saber se o casamento foi consumado para que o contrato seja válido. Eu deveria saber que ela faria algo assim, sua insensibilidade me surpreende cada vez mais. Não ficaria surpreso se perguntasse diretamente para mim, mas na frente de Sofia. Porra! Eu sei exatamente como ela se sente sobre esse casamento que aliás já está por um fio. Poderia ouvir qualquer coisa se estivéssemos sozinhos, mas com Sofia, aqui não. Isso eu não vou admitir. Jogo o guardanapo com força na mesa, e me ergo. Mamãe, arregala os olhos em surpresa com meu ato brusco. Dou a volta na mesa e seguro a mão de Sofia.

— vamos embora.

Sem questionar Sofia, apenas me segue. Ouço os protesto de Mamãe, mas ignoro. Não tenho paciência para seus chiliques. Abro a porta do carro para Sofia, que rapidamente entra. Dou a volta e faço o mesmo. Sinto uma pontada de alívio ao arrancar com o carro e ir embora. Sei que essa não é a última vez que vou vir aqui, mas espero que se passe um longo tempo até lá. O silêncio no carro é absoluto. Olho de soslaio para Sofia, que observa o mundo exterior pela janela. Em curtos momentos sinto ela me encara de soslaio. Não queria que me visse assim, nesse estado. Sua estadia por aqui é por pouco tempo, não quero que Sofia, veja as merdas que tem por trás dessa fachada de família feliz. Ela já tem suas próprias experiências traumáticas com sua família. Ao estacionar o carro sinto que já estou mais calmo, fazer todo o percurso até em casa me ajudou a esfriar a cabeça. Lembro como sempre gostava de correr depois de qualquer discussão com Mamãe, a única coisa boa que ela conseguiu desenvolver em mim. Afasto esses pensamentos, a última coisa que preciso agora é Magot Santiago nos meus pensamentos.

— você não vai entrar?

Ouvir a doce voz de Sofia, é divino. Mas ainda não me sinto pronto para conversar. Sei que ela quer falar sobre isso, e nosso acordo. Não quero está despreparado e acabar dizendo algo que vou me arrepender como da última vez. Para cuidar de Sofia, preciso me afastar. Mesmo com meu corpo clamando pelo seu, e minha boca querendo a sua. Cacete! Eu preciso mesmo me controlar, não quero assusta a menina.

— não, vai na frente.

Pelo reflexo no vidro do carro vejo Sofia, morde o lábio inferior antes de sair do carro. Observo seu corpo maravilhoso se mover em direção a casa, seu quadril balançando me convidando a segui-la. Solto uma lufada de ar frustrado. Abro o porta-luvas e pego um maço, ao sair do carro acendo um cigarro. Trago soltando a fumaça. Aos dezesseis anos comecei a fumar, uma decisão idiota. Percebi isso há um ano atrás. Mas em raros momentos como esse me permito deleitar desse vício. Espero que Sofia, não esteja tão magoada como imagino pelo que aconteceu hoje. Merda! Sinto que estou me tornando um molenga perto de Sofia. Mas de alguma maldita forma isso não me irrita, mas me faz querer rir. O que você está fazendo comigo? meu doce.











 O que você está fazendo comigo? meu doce

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Senhor Santiago (Livro 3 da "Trilogia Homens de Nome") DEGUSTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora