A Filha De Afrodite

capítulo 46

*Mia On*

Acredito que estava em êxtase, se fosse possivel eu não ia querer sair daquele momento nunca mais, todas as minhas preocupações de mais cedo haviam desaparecido, Nico era a única coisa que me importava no momento e meu coração batia tanto e senti a famosa "borboletas no estômago". Agora sei mãe o porquê queria tanto que desse uma chance pra isso, é bom. É muito bom.

A realidade nos tirou daquele momento e quando vimos ja havia um tempo que estavamos deitados naquela grama. Nico me diz que devemos voltar para não preocupar os outros o que me faz lembrar do resto da minha vida, levantando do chão olho Nico e penso em como ele ta tranquilo, sera que ele imagina que esta prestes a enfrentar a criatura mais assustadora que já enfrentou na vida, meu pai?
Ele me oferece sua mão para viajarmos nas sombras, a pego e então ele me puxa pra um abraço e o aperto muito, seu cheiro me faz sorrir, quando dou por mim estamos no Central Park. Vejo meu pai engasgando e solto Nico as pressas pra ver se ele esta bem, ele se recupera e olho Nico ainda tranquilo, olho meu pai novamente e sinto que é melhor não contarmos ainda, ele passou por muito estresse ultimamente, descobrir ter uma filha, ela ser um semideus, o labirinto, minha falsa morte, o Dylan e o Nico que por si só o estressam. É melhor esperar as coisas normalizarem, na medida do possivel pra minha familia, olho pro Nico pra tentar dizer isso com o olhar quando ele dispara

- Eu a Mia somos namor... - o interrompi na hora e me pus em sua frente o cobrindo da visão do meu pai
- Nos acertamos e terminamos a missão. Sucesso! Onde estão os outros? - pergunto fugindo do assunto

Sei que estou sendo imatura mas não posso negar que estou assustada com a possibilidade de Dean me deixar de castigo pra sempre me proibindo de ver Nico, sei que resolvemos isso mas não posso confiar que ele aceitou o fato totalmente e não posso ficar mais sem o beijo do Nico. Sim, ne tornei uma garota completamente apaixonada, que nem as que eu costumava zoar. Se bem que não, na verdade sempre fui, só que apenas me permiti admitir agora. Não me julguem, sou uma filha da deusa do amor no fim, não sou?!

- Ja foram todos pra suas casas - disse tio Sam com um olhar desconfiado pra mim e Nico, meu pai que comia ferozmente o seu cachorro quente pareceu não se importar ou fingiu não ouvir
- Como assim? Ja? Nem se despediram- disse lamentando, mas entendi todos queriam e mereciam ir pra casa, me senti mal por não ter agradecido ao Dylan por sua ajuda - Não agradeci ao Dylan - lamentei por fim e tio Sam olhou pro meu pai que continuou comendo
- Ah, temos que ir buscar o meu carro! - disse meu pai e olhando pra mim de cima a baixo - Ta com fome, baixinha? É melhor comer algo - ele disse se preparando pra levantar e procurar um vendedor de lanches
- Err - começou a dizer Nico ficando do meu lado e pegou na minha mão
- Nico você pode ir comprar um refrigerante pra gente? Eles estão comendo ainda - digo o interrompendo e segurando sua mão como se eu quem tivesse feito isso primeiro e tentando desesperadamente dizer com os olhos que "ainda não, ainda não", e por sorte ele entende e consente com a cabeça
- Vou procurar com você digo e nos afastamos um pouco da minha familia com a desculpa de procurar um vendedor, mas iamos falar sem ser ouvidos
- Mia, eu quero falar com seu pai sobre nosso relacionamento - ele disse direto
- Eu sei, só que não é a hora - digo e finjo apontar pra algum lugar no caso do meu tio e pai nos estar observando e certeza que estão
- Eu quero deixar claro meus sentimentos por você pra ele e não quero demorar - ele disse e olhou pra mim - Eu vi como ele lidou com o seu "amigo" no hotel quero resolver enquanto ainda estou com coragem- confessou Nico me surpreendendo, não pela ironia na palavra amigo ao se referir a Dylan, mas por Nico ter se assustado com meu pai, nunca vi ele assustado com nada, ri com esse pensamento
- Deixa eu preparar o terreno, primeiro. Eu vou falar com ele e então vemos de contar hoje ainda - digo por fim e Nico diz que vai ir comprar um refri e volto ao encontro dos Winchester

- Ele foi embora? - perguntou meu tio
- Ele foi buscar o refri - disse e eles voltaram a comer sem dar importância
- Pai - chamei ele que me olha e junto coragem - Eu... eu gosto dele. Gosto do Nico, pai - confesso e me parece que ele ia engasgar de novo
- ... - ele tenta dizer algo e então bebe todo o resto do seu refrigerante - Ele é seu amigo seria estranho se o odiasse - ele disse por fim
- Pai, não é nesse senti...- comecei a tentar explicar
- E você lá sabe o que é gostar de alguem Mia? É muito nova pra entender - disse tio Sam me interrompendo e me surpreendi achei que ele ficaria do meu lado nessa situação
- Eu sei... - é o que respondo tentando pensar em algo melhor pra dizer
- Diga isso a ele- disse meu pai com a cara mais mórbida que já vi - Vai, e diga isso a ele - ele repetiu me olhando nos olhos
- Dean - falou tio Sam tão pasmo quanto eu
- O que? - ele disse - Se gosta mesmo dele Mia - ele uma pausa - Eu, eu só quero sua felicidade - ouvi aquilo me fez sorrir e querer abraça-lo - Mas se ele te machucar ou tiver más intenções com você, eu te juro, Amélia, que não é pro submundo que vou manda-lo - ele voltou ao seu normal e ri - E claro que as coisas não vão funcionar como vocês bem entenderem...- ele ia continuar falando se eu não o interrompesse
- Obrigada - digo e vou em busca de Nico antes que meu pai mudasse de ideia

Ando e então corro até a lojinha de conveniência onde Nico deveria estar  pra contar que ele o que meu pai disse e que ele pode falar com meu pai sobre nosso namoro. Sorria como uma idiota, mas não conseguia parar, em menos de 30 minutos Nico havia se confessado pra mim e ainda o meu pai agora aprovava que eu me envolvesse com alguém. Eu senti novamente que podia lidar com todos os meus problemas, depois sento que eles não eram importantes só queria contar logo pro Nico e ir pra casa apresenta-lo como meu namorado ao Bobby e Castiel, nem me importei se mamãe estaria rindo me vendo engolindo o meu orgulho assim.
Nico não estava na mercearia, então pensei que pudesse já ter retornado, eu devia ter voltado e esperado, eu devia, mas quis olhar na outra loja porque estava muito empolgada. Passando em frente ao beco que separava as duas quadras e as duas lojas, meus olhos indentificam Nico de longe, não preciso me aproximar pra saber que aquele cabelo castanho escuro, aquela pele oliva pálida e aquela jaqueta, aquela maldita jaqueta, era o Nico. Sinto que meu coração então para de bater e lágrimas começam a querer aparecer. Lá estava Nico, meu namorado, a pessoa a quem me declarei e disse que me amava beijando uma mulher de cabelos castanhos naquele beco.