capítulo 30

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*Oscar On*

-Seu pesadelo- disse o monstro para Mia.

Imediatamente Dean apontou sua arma para o monstro e Sam o seguiu. A mulher foi mais rápida e puxou Mia para seus braços a prendendo, ela não lutou estava com medo, apavorada.

- Quem é sra. Nolan?- perguntou Hazel tirando sua espada da bainha
- A inspetora do orfanato da Mia - disse Sam
- Diretora, fui promovida depois de uma morte trágica,...- disse Nolan sorrindo e segurando mais forte Mia, o que fez Dean da um passo a frente, ela notou e não se importou, e voltou a falar - Sra. Nolan, Kelli. Tenho muitos nomes... muitas crianças... muitos semideuses- ela deu um sorriso macabro
- Vamos pular logo para a parte que eu mato você!- disse Dean e ela riu
- Sinto seu medo, garotão - disse Nolan, Dean se estava com medo não parecia, ela o olhou de cima a baixo e puxou com força a cabeça de Mia a forçando a olha-la - Ela tem seus olhos

Dean e Sam se aproximaram com raiva pela provocação do monstro, mas ela fez aparecer as garras e ameçou fincalas na Mia
Eu? Bem, não entendia o que estava acontecendo, nunca vi Mia tão assustada e isso me machucava muito, principalmente por não saber o que fazer.
O monstro continuou falando, ela passava as garras pelo corpo de Mia e parava em algumas partes onde Mia se estremecia, provavelmente lembrando do dia que fizera tais cicatrizes que o monstro falava, Nolan provocava com palavras ácidas e sem arrependimento do que fizera com Mia, o que gerava uma raiva em nós, mas não iriamos atacar, não sem ter certeza de que Mia não se machucaria.

Não era hora de ficar com medo ou sentido por Mia nunca ter me contado seus pesadelos, era hora de salvar minha amiga, minha protegida. Não sou o cara mais corajoso do mundo, mas se tivesse a oportunidade, com certeza mataria aquele monstro. Comecei a olhar para todos os lados tentando pensar em algo, vi que os outros dois monstros não estavam mais do lado de Nolan, quando percebi o plano deles já era tarde demais, tudo ficou escuro e a última coisa que ouvi foi o grito de Mia.

*Mia On*

Acordei com uma baita dor de cabeça, olhei ao redor para descobrir onde eatava.
Estava sendo carregada por um lestrigão, ogro, pé grande como preferir, olhei para o lado e vi Hazel inconsciente sendo carregada pelo outro braço do monstro, com os pulsos amarrados com cordas assim como eu. Esses monstros estão ficando espertos. Olhei para trás e vi um outro lestrigão carregando meu pai e tio Sam da mesma forma, uma emposai com uniforme de sorveteria arrastava Oscar, deviam estar inconscientes também.
Na frente estava ela, pisquei varias vezes para ter certeza de que não era um pesadelo ou um dos meus transes, mas não, era real, ela estava ali, sra. Nolan. Lembrei o que aconteceu

Estavamos nos divertindo, eu e Oscar cantando musicas pop da atualidade, que meus irmãos adoram , batia até uma saudade.
Foi quando ela apareceu, quebrando todo o clima. Pensei que nunca mais a veria, que por mais que me assombrasse eu estava a salvo da sua crueldade, mas me enganei, ela estava ali, sorrindo e viva, sra. Nolan. Meu pesadelo ganhava vida; o monstro saiu do armário.
Sempre pensei que ela fosse um monstro, no sentido figurado, mas ela era literalmente um.
Entrei em choque, o medo me invadiu, queria gritar, chorar, fugir para o mais longe dali, o mais longe dela. Não estava pensando direito, então não foi dificil dela me prender em seus braços, contou algumas de suas maldades, as lembranças, ela estava brincando comigo, queria que eu chorasse, que implorase para ela parar como fazia, mas não ia fazer isso, não ia dar esse gostinho para ela, não era mais aquela garotinha medrosa. Minha coragem, infelizmente se resumiu a isso, pois não tinha força para falar, muito menos enfrenta-la, mas não derramei nehuma lagrima.
Quando percebi sua intenção, que não era apenas me torturar mentalmente e se divertir com isso, mas sim manter todos concentrados nela, era tarde, os outros monstros acertaram a cabeça de meus amigos e familia, gritei desesperada com medo do pior, senti algo acertar minha cabeça e tudo escureceu.

Assim que o monstro percebeu que acordei me pôs no chão e me empurrou para andar, depois de uns minutos Hazel acordou e foi colocada no chão, evitei seu olhar pois não queria ouvir perguntas ou julgamentos. Olhei para trás e vi papai me olhando preocupado, já estava andando com Sam ao lado, desviei o olhar, não queria que ele se preocupasse, não queria sentir culpa, mas era minha culpa.
Alguns minutos se passaram, Oscar, tio Sam e meu pai nos alcançaram e andavam ao nosso lado, olhava para baixo os evitando, mas sentia seus olhares em mim. Senti alguem pegar minha mão, olhei e era meu pai, seus olhos me perguntavam se eu estava bem, não consegui mentir dessa vez

- Vou ficar - disse baixinho tirando minha mão da sua e olhei pra frente

Ouvi o monstro mandando alguém andar e sabia que era Dean, eles empurravam com força para que caissemos , mas não caimos exeto Oscar por causa dos cascos tropeçava e os monstros o zuavam, isso me dava muita raiva.
Os monstros, exeto sra. Nolan, estavam atrás de nós, então só podiamos correr pra frente e era extamente para onde eles queriam que fôssemos. Lutar? Sem chance, confiscaram todas as armas, até a flauta do Oscar.
Paramos em frente a uma porta de três metros de bronze, sra. Nolan a abriu e o ambiente foi sendo preenchido com som de plateia gritando, uma luz atingiu meus olhos, quando se acostumaram com a claridade vi uma arena, estilo coliseu, mas não era das maiores. A maior parte da plateia era de espíritos e o resto de monstros.
No centro da arena havia um ciclope bastante machucado que se levantava do chão, a sua frente um garoto, cabelos pretos, pálido, cheio de machucados e empunhava uma espada negra

- Nico?!... - murmurou Oscar

O ciclope estava em pé e com muita raiva, partiu pra cima de Nico e o jogou longe, um medo dele morrer me invadiu, queria o ajudar

- NICO - gritei

Tentei andar em direção a ele, mas o lestrigão me segurou, começei a dar varios chutes e socos tentando sair dos braços dele, o monstro me segurava mais forte e eu gritava. Nico bateu na parede e caiu no chão, e não se mexeu. Com toda minha relutância o monstro conseguiu me levar até um corredor estreito onde não dava para ver a arena, o canadense fedorento de três metros ficou no meio do corredor impedindo minha passagem. Continuei tentando passar até que uma voz me fez parar

- Chega, Amélia!- disse sra.Nolan calma, mas com firmeza.

O lestrigão aproveitou minha distração e me empurrou para uma fila, bati nas costas de Hazel que me olhou, ela parecia querer chorar. "Vai ficar tudo bem" tentei dizer, mas não saiu, ela voltou a olhar pra frente e olhei para o chão muito abalada com tudo, me sentindo inútil, ainda com esperança sussurei "Levanta, Nico! Levanta!".

A Filha De AfroditeOnde histórias criam vida. Descubra agora