INIAMIGOS

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Ter visto o Johnny gritar com aquele garoto por ele estar me olhando foi tão--- Fiquei com o cheiro dele no meu corpo até a hora de ir tomar banho, por causa de sua blusa, que ele passava perfume.

Estava em casa, me trocando no quarto com a janela aberta. Eu estava de sutiã e short, preparada para por a blusa, quando vejo Johnny me olhando do outro lado da rua.
Me inclinei na janela e fiquei olhando para ele, que estava mesmo me admirando.

> Pervertido! - Gritei da janela, e fechei a mesma.
Alguns segundos depois, ouvi alguém bater à porta, era Johnny.

> Oi loirinho.

> Decidiu colocar a blusa? - Ele disse rindo.

Me puxou pela cintura e me deu um beijão de língua, me deixando até um pouco sem ar. Ele disse que era pra eu me trocar rápido, por que iríamos sair, ele iria me levar pra comer.
Coloquei uma blusa preta de alça, uma calça jeans básica e Tênis all star branco. Deixei meu cabelo solto mesmo, e desci as escadas.
Johnny me olhou e sorriu, como se tivesse gostado do que viu, pegou na minha mão, entrelaçando nossos dedos, e me levou até o carro.

- No restaurante

Conversa vai, conversa vem e nós havíamos comido macarronada com vinagrete. Depois da sobremesa, Johnny fez questão de me deixar observando cada detalhe que iria ocorrer dali em diante: Pegou em minha mão, que estava sobre a mesa, com a outra mão pegou algo em seu bolso, uma caixinha. Usou as duas mãos para abri- lá e me mostrar o que havia lá dentro, um colar de ouro com uma pedrinha de enfeite.

Paralisei na hora. Fitei o rosto de Johnny e sua caixinha, "é pra você" ele pega o mesmo e se levanta para colocar em mim, "Minha mãe me ajudou a escolher".

> É muito lindo Johnny, eu adorei. - Estava sem palavras, ele estava se mostrando tão afim de mim. Agora não precisaria esconder o que sentia por ele.

Terminamos a noite, e ele me levou pra casa. Minha mãe havia voltado para casa, e fez questão de chamar ele para entrar.

> Que lindo colar, Johnny. Você anda se mostrando um ótimo garoto com Sam, isso é só uma amizade mesmo? - Minha mãe pergunta a ele.

> Mãe! - Olho pra ela.

> Bom, era sobre isso que eu queria falar com a senhora, dona Verônica. - Engoliu seco e respirou fundo - Queria pedir a Sam em namoro... Você concederia?

Olhei para ele, que estava nervoso, e dei um sorriso. Ele era muito corajoso mesmo, e eu não estava esperando por isso!

> Claro que eu deixo, mas você também deveria pedir a ela.

> Sam.. - Ele se virou pra mim - Você aceita? Aceita namorar comigo?

> Claro que sim Johnny - Fui até ele e o beijei, apenas um selinho, pois minha mãe estava olhando.

Fui com ele até lá fora, era tão bom estar com ele. Realmente, nessa história, ele não era exatamente o vilão, o durão, sua história só foi injustiçada, isso sim. Nos beijamos a beça lá fora, eu sabia que valeria ter aceitado namorar com ele...

Meu Johnny
Meu cobra kai
Meu loiro....

Agora sim a frase daquele garoto no início fazia sentido, todas as garotos querem um cobra kai, e cada cobra kai tem sua garota. Como muitos já diziam, eu era a nova garota de Johnny.

Eu estava tão feliz, Johnny me fazia tão bem. Fui dormir pensando nele, acordei no dia seguinte e fui para aula com ele.
Estávamos eu, ele Mary e Tommy no carro de Johnny, chegando na porta da escola, Ally me lança um olhar diferente, e eu revido encarando sua amiga, que pegou a minha blusa.

Johnny não desgrudou de mim desde a porta do colégio, sempre com o braço em meu ombro, ou de mãos dadas. Lançava um olhar mortal para garotos que ficassem me encarando, e me beijava sempre que podia, me assumiu até demais. Não disse pra muitas pessoas, mas logo a escola inteira já sabia.

O torneio era amanhã, e Johnny pediu para que eu fosse, já que seus pais não iriam. Apesar de odiar o Kreese, eu amava o meu loirinho brigão, então, evitaria ao máximo olhar, falar com Kreese.

Terminamos a aula, e ele me levou pra casa de volta.

Arrumei minha roupa, uma bem bonita para ir ver o Johnny amanhã. Estava preocupada, pois nesse tempo todo, o Daniel deveria ter aprendido muito karatê, e Johnny sempre diz "sem compaixão", o que eu odiava, mas eu sabia de kreese era como um pai pra ele, já que Sid nunca faria esse papel.

- Dia do Torneio

Johnny me ligou duas vezes, e só na terceira vez eu pude atender, pois estava dormindo.

> Hoje eu não posso passar aí na sua casa pra te ver, gata. Mas vamos nos ver no torneio, certo? - Ele diz, todo nervoso.

> Certo, Johnny. Boa sorte no treino.

Ele tinha ido ao dojô treinar um pouco com os meninos e o sensei. Arrumei algo para comer, troquei de roupa e fui até uma livraria, comprar alguma coisa para ler.
Cheguei lá é vi Daniel, que logo veio falar comigo.

> Oi. Tudo bem? Mais livros?

> Oi Larusso, sim, mais livros.

> Vai ao torneio?

> Sim, vou lá ver o Johnny.

> Fiquei sabendo que estão namorando, vai ser ruim acabar com o seu namorado.

> Está muito precipitado, não se pode prever o futuro.

Paguei os livros e sai. O torneio era as 3 horas, o que dava tempo de fazer muito coisa.

- Quebra de tempo - 3 da tarde

Fui ao local, e procurei por Johnny, que estava no vestiário. Não o achei a princípio, mas logo, Bob veio e me mostrou onde era.

> Oi Johnny. - Ele se virou e sorriu quando viu que era eu.

> Oi amor! - Ele me abraçou.

> Tá tudo bem? Você comeu algo? Tá com fome, não quero que desmaie no tatame.

> Eu tô bem, gata. - Ele me deu um selinho- Só estou nervoso.

> Se lembre que você é o melhor lutador que eu conheço, se brincar, o melhor da cidade.
Agora, não se preocupa tá?! Vai dar tudo certo.

O beijei e saí, em busca da minha irmã, que estava na arquibancada com Clara e minha mãe. Minha mãe disse que não poderia ficar muito, mas veria pelo menos uma luta dos garotos.

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