Ele me olhou, chegou mais perto, indo pra sua sacada, e eu lhe dei tchau. Johnny retribui com um sorriso, e passa a mão no seu cabelo. Ele estava sem camisa, e eu observava cada detalhe de seu abdômen, mesmo que não estivesse vendo muito bem.
Eu estava me sentindo diferente naquele dia depois da aula, mas achei que não era nada, até ir dormir.
Levantei no meio da noite com um baita frio e uma dor de cabeça insuportável, desci para pegar remédios e ao engolir um deles, vomitei na mesma hora. Acabei acordando minha mãe, que foi rápido ver o que estava acontecendo.
> Será que foi algo que você comeu, querida?! - Ela disse, preocupada, passando a mão no meu cabelo.
> Não sei não. Mais cedo eu me senti meio estranha, como se prevê -se que agora estaria assim. Vou tentar dormir, acho que não vou vomitar mais.
> Qualquer coisa não exite em me chamar.
> Ok - Eu assinto e saio em direção ao meu quarto.
- Dia Seguinte
Acordo meio mal ainda, sem condições de ir para a aula. A noite passada tinha sido longa, quase não consegui dormir, estava com muita dor de cabeça e com um super frio. Peguei o termômetro e vi que estava com 38 graus de febre, meu estômago estava meio chato, então eu não tentaria beber outro remédio de forma alguma.
Coloquei um moletom de frio, preparei um cappuccino e me sentei na varanda de novo, observei os pássaros e os carros que passavam, cumprimentei a mãe de Johnny.
Ao passar do dia me senti mais cansada e quis ficar só no quarto sentada numa poltrona macia, enrolada num cobertor.
Eram quase 17 horas, e os meus colegas estavam se preparando para sair da aula, como de costume. Escutei minha irmã falar com alguém na porta mas ignorei o fato e voltei a ler um livro. Estava com p radio ligado, quando alguém bate a porta.
Abro a mesma e me deparo com o sorriso de Johnny, que me olhava na esperança de eu o deixar entrar.
> Oi Johnny. Entra - Ele se senta na minha cama.
> Oi Sam, vi que não foi pra aula hoje. Está tudo bem? Parece que está doente, Mary não me explicou muito bem. - Ele me olha preocupado.
> Um pouco de febre, dor de cabeça, só isso. Veio aqui só para me ver? Ficou tão preocupado assim? - Eu digo com um sorriso metido.
> Claro. Não achou que eu só ligaria né?!
De repente o rádio toca uma das músicas que mais me lembrava Johnny, everything i do i do it for you do Brian Adams.
> Está tocando nossa música, está muito doente, ou consegue dançar ainda? - Ele diz estendendo a mão.
Me levanto, me livrando da minha coberta, e pego em sua mão, me aproxima dele com a cabeça em seu peito.
Olhe nos meus olhos
Look into my eyes
Você verá
You will see
O que você significa para mim
What you mean to me
Procure no seu coração
Search your heart
Procure sua alma
Search your soul
E quando você me encontrar lá
And when you find me there
Você não procurará mais
You'll search no more
Não me diga que não vale a pena tentar
Don't tell me it's not worth tryin' for
