SEM COMPAIXÃO

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Ally estava se mostrando bem diferente do que parecia ser, e eu defendi John como se a gente namorasse. Voltamos pra minha casa e eu cuidei dos machucados de Johnny, que não parava de dizer "ai".

> Ainda gosta dela? - Eu pergunto.

> Ah não.... É.... Não!

> Pode me contar. Ally não foi ao baile com você, então decidiu ir comigo, pra manter sua reputação, certo?!

> Ei, não é bem assim. Quase isso. Mas eu vou lutar contra esse sentimento, já não quero mais ela.

Não sabia se ele realmente faria aquilo, mas sabia que estava muito irritado com Daniel. De agora em diante, eu tentaria tirar o John de qualquer confusão, já que o torneio de karatê estava perto.

Ele foi pra sua casa e eu decidi ir dormir, com a imagem de John vestido como esqueleto ainda na minha cabeça. Não parei de pensar em, como as pessoas são desinformadas em achar que Johnny é o vilão da história. Ele só é um garoto pouco esquentado e que se defende, batendo, mais do que deveria.

- Quebra de tempo- De manhã

Fui a escola e vi John encostado em sua moto. Para ir a aula, eu precisaria passar perto dele e seguir reto, lá fui eu, passei por ele que me segurou pelo braço:

> Nem falou comigo, gata. - Diz John - Tá brava comigo?

> Ah, oi Johnny! Não estou não, só estava distraída mesmo.

> Hum. Quero saber se... Você gostaria de ir ao Fliperama comigo? Na sexta à noite.

> Vou sim, que horas me busca?

> As 19 horas. Ah, o Bob, meu amigo vai levar a Clara, sua amiga.

> Que bom, assim podemos sair todos juntos.

> É, mas... Não vamos todos juntos o tempo todo - Diz, pegando em minha cintura - Não é mesmo?!

> O que está aprontando Sr. Lawrence?

> Na sexta você verá. Tchau gatinha! - Ele diz, me dando um beijo na bochecha.

> Tchau loirinho.

- Intervalo

Me sentei na mesa na arquibancada do Campo, e coloquei meus fones no ouvido e presenciei a paz que meu toca-fitas me dava.

Chego às sete, o lugar parece bom
Sem tempo de ligar para você hoje
Canto e repito até as onze, depois comida chinesa

De volta ao hotel novamente

Eu ligo pra você, a linha está ocupada
Eu queria te dizer: Venha para mim
Uma noite sem você parece um sonho perdido
Amor, eu não consigo te dizer como eu me sinto

Sempre em outro lugar
Sinto sua falta onde eu estive
Eu estarei de volta pra te amar de novo

Sempre em outro lugar
Sinto sua falta onde eu estive
Eu estarei de volta pra te amar de novo

Outra manhã, outro lugar

O único dia de folga está longe
Mas toda cidade presenciou meu final
E daí volto a você de novo

Sempre em outro lugar
Sinto sua falta onde eu estive
Eu estarei de volta pra te amar de novo

-

Always Somewhere
Scorpions

Me lembrei de Johnny, até o mesmo se sentar ao meu lado, me assustando um pouco.

> Aii! Que susto, Jonny!

> Ei, calma. Sou só eu - Deu seu sorriso metido - O que estava ouvindo?

> Always Somewhere, Scorpions. Gosta?

> Tem como não gostar?! - Rimos - E tava pensando em mim, ouvindo a música? - Deu um sorriso convencido.

> Talvez, mas não precisar se gabar, achando que é um gostoso.

> Mas eu sei que sou um gostoso mesmo - Deu seu sorriso lindo - Bom, vou pra aula né?! Já que o intervalo acabou.

Percebo que o sino já tocou.

> É mesmo. Vamos juntos?

> Pode ser.

Johnny, na aula, olhava pra mim, piscava o olho, mandava beijos disfarçados e conversava com sua turma. Já eu, por outro lado, estava escutando Clara falar de Bob, o quão romântico ele era, o quão bem ele fazia a ela, e eu me sentia bem sabendo minha amiga estava feliz.

> Vou passar numa loja para comprar um vestido novo. Você quer ir comigo? - Clara me convida.

> Claro. Também quero estar bonita para ir ver o Johnny.

Percebo a expressão de felicidade de Clara.

Saímos da escola a fomos a uma loja ali perto, comprar nossas roupas. Vi um vestido, que pegava no joelho, azul claro e meio branco. Era lindo, então decidi levar, pra usar em outras ocasiões. Já pra sair com Johnny, comprei uma calça cintura alta azul clara, uma blusa de manga e de ombros amostra branca. Iria usar meu all star preto mesmo.
Era quarta feira ainda, mas é sempre bom fazer algo com antecedência.

Estou deitada em minha cama quando o telefone toca. Era minha mãe, Verônica.

> Oi meu amor! Como você está?

> Oi mãe, estou bem. E você? Novidades?

> Também estou bem, sim tenho novidades. - Ela diz, toda empolgada- Resolvi meus problemas e comprei uma casa em Encino - Que era um bairro onde Johnny e seus pais moravam.

> Uau! Isso é maravilhoso!

> Sim! Ela já é mobiliada então estou chegando aí amanhã. Ah! Sua irmã vai passar aí daqui a pouco, fui na escola matricular Mary, e infelizmente não pude te ver.

> Tudo bem. Ah, acho que ela chegou - Escuto a campanhia tocar.

Nos despedimos e eu desço para ver quem era.

> Quanto tempo! Como você está? - Era mesmo Mary.

> Estou bem, senti saudades. Entra!

Coloco suas malas em meu quarto e ela me ajuda a fazer as minhas malas. Estava tão feliz, já que finalmente sairia daquele buraco e me livraria de Carmem, que mentiu feio pra minha mãe quando disse que iria cuidar de mim.

- De manhã

Eram umas 9 da manhã quando Carmem bate na porta. Minha mãe havida chegado e ela estava com medo delas brigarem, pois já que seu "cuidado", Era inexistente.

Coloquei nossas malas no carro e me sentei no banco, colocando o papo em dia com Mary, e me poupando de ouvir a briga das duas.

Minha mãe era uma mulher elegante e educada, que sempre me ligava quando podia. Estávamos indo viver juntas, nós três, como uma verdadeira família.

- Quebra de tempo - A noite, na casa.

Eu havia adorado a casa e o bairro, estávamos no sofá quando alguém bate à porta. Eram o Sr. e a Sra. Lawrence, que vieram nos dar boas vindas, Johnny também veio e ficamos nós olhando, até ele puxar conversa e irmos pra fora da casa conversar.

> Pelo visto eles já se conhecem, não?! - Sra. Lawrence disse.

> Pelo visto sim, Laura! - Minha mãe completa.

Todos saem lá fora para se despedirem e irem embora.

> Foi um prazer te conhecer, Verônica! - Sid, o padrasto de Johnny diz.

> O prazer foi todo meu! Voltem quando quiserem.

Dou tchau à John, que retribui. Ele disse que amanhã apresentaria Tommy, seu amigo, à Mary. Mais tarde, eu mostrei fotografias do mesmo pra ela, que disse que o achava até bonitinho.

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