capítulo 4

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João Lucas acorda mais uma vez tarde, mas dessa vez tinha um desconto, pois na noite anterior foi seu aniversário e foram dormir quase quando estava amanhecendo.
Ele rola na cama para pega seu celular debaixo do outro travesseiro e o visor mostrava que já era 12:30 e a família Medeiros já estavam almoçando ou já almoçaram.
Mais tinha que relevar a noite anterior João Lucas bebeu, se divertiu e dançou muito, aproveitou até o último momento da festa que seus pais fizeram para ele.

Ele rola novamente para o lado e abaixa a cabeça vendo um corpo enrolado nos lençóis e as madeixas vermelhas se destacando no branco do lençol. João Lucas sorrir da cena, Du ficava tão embrulhada que quase não sobrava nada fora do cobertor.

Lucas abre um pouco a cortina, sabendo que moça odeia ser acordada pela claridade, mas por está tão cansada, ela nem se quer se moveu. Lucas percebeu o quanto ela estava cansada, então a deixou dormir mais um pouco, enquanto banhava e ia falar com sua família.

Ele tomou seu banho bem rápido porém relaxante e o suficiente para despertar do sono. Vestiu com suas roupas casuais e assim que voltou para o quarto viu que uma figura sentada em sua cama, praticamente cochilando sentada, mas sua "cama" improvisada no chão já não estava mais lá.

Du usava uma camiseta enorme branca que parecia mais um vestido largo, juntamente com uma meia calça. Roupa que ela trouxe dentro da sua bolsa para tirar após a festa, deixando a bolsa dentro do carro.
Seus cabelos longos e vermelhos estavam bagunçados e juntando com a cara amassada, e seus olhos fechados, acordando aos poucos. Pelo registro dava para ver ainda os restos da maquiagem em seu rosto por ter sido mal tirada na noite anterior, deixando seus lábios mais avermelhados e olhos levemente com as marcas do delineador.

Lucas sorriu ao ver dessa forma tão ela, tão sua amiga, tão natural. Como se não tivesse frescuras ou medo de mostrar a realidade ou algo parecido.
Du abre os olhos e percebe o sorriso divertido nos lábios do amigo.

_ não ouse falar que estou horrível- ela fala apontando o dedo

_ meu Deus. A garota já acorda cuspindo fogo da cor do cabelo. - ele brinca.

_ engraçadinho- diz ela esticando os braços.

_ não ia dizer isso. Você não está horrível, só está com a cara de sono e um pouco amassadinha. - ele diz sorrindo e ela se levanta pegando sua bolsa na cadeira.

_ é, eu vou dar um jeito nessa cara, tomar um banho e dá no pé daqui- ela fala.

_ enquanto você banha, eu vou dá um pulo lá embaixo, para dá um oi para meus coroas.- ele fala suspirando e Du concorda. Lucas vai em direção a porta de seu quarto, enquanto Du vai na mesma direção só que no rumo do banheiro do quarto.

Du entra no banheiro ainda com o vapor quente do banho recente do amigo. Tudo cheirava a ele, estava Lucas impregnado em cada canto do lugar.

Enquanto Du iniciava seu banho, João Lucas descia para encontrar com sua família, já que estava todos na sala, após o almoço.

_ bom dia, família- ele fala terminando de descer as escadas.

_ boa tarde, você quis dizer, né, João Lucas?- Maria Marta fala.

_ ah, mãe. Dá um desconto, hoje é domingo- ele fala se jogando no sofá.

_ como se você não acordasse nesse horário todos os dias, Lucas- José Pedro fala arrancando risada de Maria Clara.

_ não enche, vocês dois- Lucas fala, mas seu irmão estava certo. Desde que saiu da escola João Lucas trocava o dia pela noite e costumava acordar, na hora que geralmente estavam todos almoçando ou fazendo os lanches da tarde.

_ José Pedro tem razão. Meu filho já passou da maior idade, está com 20 anos, já pode começar a trabalhar na empresa- o comendador fala, que se Lucas não tivesse sentado, teria caído para trás.

_ que papo brabo é esse, pai. Em uma hora dessas?- ele pergunta assustado.

_ estou falando de serviço, João Lucas. Conquistar seu próprio dinheiro, trabalhar, ser alguém na vida- ele fala, deixando o caçula praticamente sem saber o que responder, já que era a primeira vez seu pai fala assim tão diretamente sobre trabalho.

_ que isso, José Alfredo, que matar o menino do coração? Sabe que no dicionário dele não existe a palavra, trabalho, responsabilidades, e sim, só existe, farra, baladinhas, joguinhos, mesadas- Maria Marta fala, fazendo João Lucas o olhar com preguiça, pois sabia que sua mãe estava atiçando ele.

_ pois ele pode começar a se acostumar com essas palavras, que elas serão repetidas com bastante frequência nessa casa- José alfredo.- que é, Lucas? O gato comeu sua língua?

_ quase isso. É um papo brabo demais, mas além de dá bom dia, eu também queria falar que me amarrei na festa de ontem e que vocês mandaram "benzão".

_ de nada, meu filho. Não fizemos ano passado, mas fizemos em um bom momento. Que bom que gostou- José Alfredo fala.

_ devo confessar, que foi muito boa a festa- Maria Clara fala.

_ sei fazer uma boa festa, é apenas questão de contatos e deixar na mão de gente responsáveis- Maria Marta fala com classe.

_ só não pode controlar todos os convidados, né, mãe- José Pedro fala rindo e Lucas o olhou sabendo que viria mais provocações.

_ aí, aquela gente, pé de chinelo. Infelizmente não podemos controlar tudo, isso inclui as amizades péssimas e problemática, que Lucas arruma, nesse lugares fim de carreira que anda frequentando- fala Marta.

_ está falando da Du, mãe?- Lucas pergunta já na defensiva.

_ dela e mais uns três que eu tive o desprazer de esbarrar.

_ não fala assim da Du, tá bem?

_ e ele defendendo a foguinho novamente.- Maria Marta fala rindo e Lucas enche a boca para responder, mas José Alfredo fala primeiro.

_ Marta, por favor.

_ mas o que eu fiz, Zé. Eu só estava falando que....

_ enfim. Estou subindo para o meu quarto, um beijo e novamente, muito obrigado- Lucas fala, mesmo tendo sido implicado, ele conversa com seu sorriso carismático no rosto.
Antes de ir para o quarto, Lucas vai para a cozinha e pede para Claraíde preparar dois sanduíches para ele e para Du e dois copos de suco de laranja. Foi feito rapidamente e ele pegou a bandeja. Quando passou pela sala só tinha apenas José Pedro mexendo no seu celular.

Subiu as escadas e foi em direção ao seu quarto,assim que entrou viu sua amiga sentada na cama, o esperando.

De repente Amor - lucadu Onde histórias criam vida. Descubra agora