capítulo 28

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Uma semana já tinha se passado e completava três semanas que Lucas e Du não se viam. Lucas morria de preocupação e saudades e Du estava com vergonha, magoada com tudo isso.
Lucas trabalhava duro para aprender e Du se virava para aguentar o perrengue que é está com sua família.
Tava uma confusão infernal na casa dos Medeiros, com o novo namorado da dona Marta, a incansáveis implicâncias de Amanda com Danielle, poucos dias para o casamento de Maria Clara, Lucas continuava sentindo sentimentos pela amante do seu pai. Tudo em volta de João Lucas estava uma loucura bem mais do que na própria cabeça dele.

Ele estava sentado em sua cama olhando para a televisão em seu quarto e mexendo em um dado de pelúcia em suas mãos de forma aleatória.
"Ela bem que podia aparecer"- Lucas pensa e nesse momento sua porta é batidas, que fez o coração de Lucas pular dentro dele, que deu um impulso para ver a ver a porta.

_ Du?- ele pergunta com esperança.

_ não, Master Lucas, não é a senhorita Eduarda. Sou eu, Silviano- Silviano fala na porta. Lucas volta a se sentar na cama e suspira frustado.

_  pode entrar, Silviano- ele fala e Silviano entra.

_ perdão, desculpa o encômodo, mas eu gostaria de saber se o senhor pretende se jantar com os demais?

_ ah, não, Silviano. Hoje nem ferrando. Não tô com cabeça para aguentar picuinha dessa família maluca- Lucas fala e Silviano concorda.

_ com quiser. Com licença- Silviano fala e se vira para sair, mas logo se vira novamente.- perdão, Master Lucas, mas já que tocou no nome da senhorita Eduarda...

O coração de lucas se enche de esperança novamente, que chega se anima.

_ ela tá aí?- pergunta Lucas.

_ não, pelo contrário! Por isso me atrevo a perguntar, é impressão minha ou a senhorita Eduarda anda sumida?

Lucas olha para baixo e sorrir sem graça, vendo que até o mordomo da sua casa percebeu a ausência da amiga dele.

_ é, ela me deu um perdido- ele fala- mas daqui a pouco ela está aí, aparece de novo, né?- ele fala tentando acreditar nas próprias palavras.

_ é- Silviano fala, mas nem ele mesmo sentiu firmeza nessa palavra- com licença- dito isso, Silviano sai e deixa João Lucas pensando sozinho.

_ ou será que não? Cadê você, hein, Eduarda?- ele pergunta para si mesmo.

Du após mais uma discussão com seus pais , sai de casa sem nem olhar para atrás e apenas com sua inseparável bolsa. Ela não tinha nem para onde ir, então viu o bar do seu Manuel aberto, onde ela e Lucas costumava beber alguma coisa, depois de uma noite longa das baladas.
Ela entra e pede apenas um suco, e fica pensando sobre sua família, sobre Lucas, e qual rumo ela daria. Não tinha nem onde pousar a cabeça.  Não era assim que ela se imaginava. Como ela pode deixar que isso fosse acontecer?
Du termina seu suco e o seu Manuel chega perto da moça.

_ quer mais alguma coisa, menina Du?- pergunta.

_ não, não, obrigada- ela fala esboçando um pequeno sorriso. Ela abre a bolsa para pegar o dinheiro e pagar o suco

_ não, não, não- ele fala e Du o olha- não precisa de dinheiro não. Só foi um suco. Esse aqui com todo carinho é por conta da casa- ele fala gentil e Du sorrir levemente.

_ brigadão, viu- Du agradece.

_ pelo menos consegui arrancar um sorriso, dessa carinha triste, né?- ele fala e sorrir, Du sorrir também e agradece mais uma vez e se despede.

Du está em santa Tereza, andando sem rumo, quando ela reconhece o caminho, da vez que Lucas tomou um surra no baile na lage e os caras roubaram a carteira e o carro dele e a Xana o ajudou.

Xana!

E essa lembrança foi com estalo na cabeça de Du. A menina do cabelo vermelho tinha decorado a casa, que seus pés foram quase no automático. Assim que parou na frente da porta, pensou em voltar para trás, mas já estava ali. Tomada pela pouca coragem que ainda restava, Du bate na porta e quem vem atender é a Naná.

_ oi, Naná- ela cumprimenta tímida.

_ oi- ela responde

Xana ver quem está na porta e fala.

_ nossa, oi, entra. Deixa ela entrar, Naná- Xana fala e Du entra.- aí, seja bem- vinda.

_ lembra de mim?- Du pergunta.

_ claro que eu lembro. Você acha que eu ia esquecer a cor linda que colocaram no seu cabelo?- Xana fala e Du sorrir.

_ é que eu queria falar com você- Du fala.

_ senta aí- Xana fala e Du senta no sofá.
Xana espera para saber o que a garota quer falar para ela.

_ será que eu posso dormir aqui hoje?- Du pergunta, mesmo sentindo seu corpo tremer por dentro de vergonha, de medo, de ansiedade.

Xana como uma boa pessoa e acolhedora, deixou Du dormir em sua casa e colocou ela no quartinho do salão de beleza, Du se acomodou após falar com Xana sobre como ela é uma ótima pessoa e acabou deixando Xana emocionada. Xana teve a certeza que a menina não estava bem e no momento ela tinha apenas isso.

Du se deitou e dormiu facilmente. Por mais que sua vida estava dessa forma e a mente dela não parasse um segundo se quer, Du estava mais cansada e sensível que o normal. Ela não entendia como essa situação estava mexendo tanto com ela dessa forma.

Du acordou no outro dia e só agradeceu por ter acordado em uma cama, debaixo de um teto.
Ela foi de forma tímida, enrolada no lençol branco, até a sala e acabou sem querer dando um susto em Xana.

Xana ofereceu um café a ela e Du já estava sabendo que provavelmente teria que dá satisfação a ela, já que na noite anterior não deu, e Xana não pediu em respeito a situação dela.

E como previsto, Du falou um pouco, mas logo se emocionou novamente e Xana soube que o negócio era muito além de uma simples briga com os pais dela, e tinha a ver com o melhor amigo dela. Xana não quis mais explicações no momento e deixou Du ficar mais uns dias na casa dela, até que a moça estivesse bem para enfrentar sua vida e falar com os pais.

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Capítulo novo, meus amores!

Espero que tenham gostado.

Dias de atualização dos capítulos:

Terça, quinta e domingo










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