capítulo 9

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_ mãe- Du fala se virando para a senhora que a olhava querendo explicações da garota do cabelo vermelho. Du tentou se apressar em fazer o básico e sair o mais rápido dessa casa, mas ainda sim não deu tempo.

_ o que está acontecendo aqui? E quem é esse? Responde, Eduarda- a mãe é ríspida.

_ estamos fazendo nada e esse é o João Lucas, o meu amigo- ela fala apressada.

A essa altura Lucas a olhava, mesmo com clima um pouco estranho pela sua percepção, ainda conseguiu ver poucos detalhes da semelhança entre as duas.

Lucas se moveu se aproximando da senhora, que calculava até os passos de Lucas.

_ prazer, senhora Lúcia- Lucas fala estendendo a mão, que a senhora nem fez questão de pegar na mão dele e cumprimentar por educação.

Du suspirou e já sabia o que vinha pela frente, o que mais temia e tentou evitar. E Lucas percebeu o por que Du insistiu para ele não vim na casa.

_ então, você é o amigo desnorteado, que está fazendo Du se tornar isso- ela aponta com o queixo, com suas palavras carregadas de nojo, um pouco de raiva e um sorriso irônico.

_ é, eles me costumam me chamar pelo nome, que é João Lucas. Caso a senhora não saiba.

_ sei muito bem quem você é. Um garoto desmiolado, que juntou com outra parecida, que é a Eduarda. Só era o que ela precisava. Já tem o sangue ruim- a mãe fala e Lucas já estava suspirando fundo, pois o que era para ser rápido e amigável, está sendo ofensivo e chato tanto para ele, quanto para Du. Lucas já é bocão, que não leva desaforo pra casa e dona Lúcia, que é amargurada, que não segura as palavras na hora de ofender as pessoas.

Só tinha uma coisa que a senhora não sabia; João Lucas é um Medeiros, sabe brigar, discutir, falar com deboche e ironia, às vezes com classe. Ele cresceu em um pé de guerra em casa, e vendo quem pisa com mais classe e deboche. Isso ele tirava de carteirinha, pois estava no sangue Medeiros de Mendonça e Albuquerque.

_ eu não vim aqui pra ficar escutando picuinha de uma pessoa amargurada como a senhora, e também não vim brigar ou qualquer coisa do tipo, eu vim aqui...

_ terminar o estrago que começou, né? seu moleque- ela fala e sorrir. Du já estava agoniada e com olhos lacrimejando. Vendo sua mãe e seu amigo um na frente do outro.

_ senhora...- Lucas iria começa, pois quando ele suspira, dá um sorrisinho cínico e depois fecha a cara, geralmente não vem coisa boa. Lucas não queria brigar, ainda mais com uma mulher, e mãe de sua melhor amiga, mas ele simplesmente não entendia o motivo do ataque, porém ele não ia ficar calado.
Du vendo a situação se sentiu na obrigação de se colocar no meio.

_ Lucas, por favor vai embora. - ela pede se colocando na frente dele.

_ e te deixar com essa louca?- ele fala e a mãe de Du o olha abismado.

_ louca?

_ Lucas, por favor, vai embora. Eu me entendo com ela. Depois a gente se ver- ela fala e Lucas a olha novamente, antes de se virar e apenas pegar a chave do carro e o jogo em cima da mesa de centro. E sem olhar para trás, ele sai.

Quando entra dentro do carro e bate a porta com força. Ver um homem se aproximando, então ele dá partida com o carro e por fim ver o homem entrando na casa, sabendo que provavelmente aquele era o pai de Du.

Du suspira e engole o choro, não queria ter passado por essa situação e muito menos queria que o Lucas visse como a mãe dela é, e soubesse que ela não gosta dele.

_ qual é o seu problema? Por que fez isso?- Du pergunta

_ Eduarda, eu sou a sua mãe. E não gosto desse menino. - ela fala não dando atenção para Du.

_ mas ele é o meu amigo e que tem gostar dele sou eu.- Du fala já brava.

_ esse menino não presta- sua mãe fala.

_ como a senhora pode saber? Nem se quer parou pra falar com ele, mãe.- Du insiste seguindo sua mãe até a cozinha.

O pai de Du entra, mas elas estavam não concentrada na briga que nem perceberam.

_ seus irmãos fizeram o papel de me mostra que ele e me fizeram mais, me alertaram o que você se tornaria com essa amizade- o pai de Du chega falando. Du olha para ele tomada pelo susto, depois raciocina as palavras de seu pai.

_ o que eu me tornaria? O que eu me tornei?- Du pergunta.

_ se tornou uma vadia, uma atoa... Uma vergonha para nós- sua mãe fala e as palavras foram como um tapa na cara.
Ela sente o quente de suas lágrimas descendo por sua bochecha. Ela se apressa e abre sua bolsa pegando sua carteira e pega metade do seu dinheiro que recebeu no deu trabalho na Lan house.

_ pra mim já deu. - Du fala e coloca o dinheiro na mão de sua mãe.
Ela olha diretamente no olho de sua mãe. Por mais que era insuportável ouvir sua mãe falando essas coisas, ela odiava brigar com seus pais. Deu as costas para sua mãe e encontrou com seu pai atrás dela, com seu rosto sem nenhuma expressão. Ela passa por ele e pega sua bolsa em cima do sofá e vai em direção da saída e abre a porta, mas novamente é chamada.

_ Eduarda- ela espera um pouco para ouvir o que sua mãe tem mais para dizer.- quando você ficar com esse menino, a primeira coisa que ele vai falar, é jogar na sua cara, que você só ficou com ele, por que ele é o filho riquinho do comendador- sua mãe termina e Du só sai e fecha a porta.

Antes de ir para a casa de Lucas, Du prefere dá uma volta para esfriar a cabeça, pois não queria mostrar seu problemas pra ninguém e não gostava de mostrar esse lado cheio mágoas dela, sem contar que Lucas já tem seus próprios problemas.

Ela se permitiu chorar, quando a brisa fria batia em seu rosto. Sempre viu a diferença de tratamento de seus pais. Em uma dessas brigas sua mãe admitiu que seu pai não queria ter mais filhos, pois já tinham 3, e que sua mãe não a tirou por medo quando engravidou. Seu irmãos a deixava de lado e o tratamento ficou ainda pior quando ela foi aprovada para ser bolsista em uma das melhores e mais caras faculdades do Rio de janeiro.

Du engoliu o choro e foi para a parada de ônibus.

Assim que chega na casa dos Medeiros, já estava com sua expressão alegre e moleca de sempre.

_ leki- Du chama do outro lado da porta.

_ Du? Entra aí- ele fala e Du entra no quarto.- você está bem? O que foi aquilo?

_ desculpa, cara.- Du fala um pouco envergonhada.

_ é eles não gostam de mim mesmo- Lucas fala.

_ é ele são assim mesmo. Não leva muito para o pessoal- ela fala tentando ser o mais descontraída possível.

_ mas e você?- ele pergunta juntando as sobrancelhas.

_ estou bem e inteira. Eu sei lidar com meus velhos- ela fala e sua fala é uma mentira. Du sabia muito bem que não estava tão bem assim, mas sabia muito bem desfaça. Lucas a olha mais atento em busca de alguma coisa, mas ela se vira joga a bolsa na mesa. - e aí, vamos jogar ou não? - pergunta sorrindo.

_ demorou- responde Lucas.

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Oii, minha gente! tudo bom? ☺️

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Espero que sim.

Desculpa qualquer erro.

Um beijo e até mais 😘.

Atualização do capítulo:
Terça, quinta e domingo.

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