capítulo 13

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Du estava olhando Lucas terminar de se arrumar, dando os toques finais no seu look  bem despojado, porém não deixava de ser bem a cara do Lucas.

_ achei que sua mãe tinha pedido para usar esse troço- Du fala apontando para gravata em cima da cama.

_ ah, não, Du. Essa coisa aperta o meu pescoço. Não sei quem foi o sádico que inventou isso.- ele fala terminando de abotoar sua camisa.

Lucas estava se arrumando para mais uma festa da império, onde eles tiram a clássica que vai parar nas capas de revista, jornais e blogs.

_ o único que gosta dessa merda e o Zé Pedro- Lucas fala colocando a jaqueta de couro.

_ posso ser bem sincera? - Du pergunta e Lucas se vira para ela ficando de costa para o espelho.

_ hum.- ele resmunga para Du prosseguir

_ eu acho lindo- ela fala com um sorriso e Lucas franze o cenho e faz uma careta.

_ credo, Du. Achei que tinha mais gosto.- ele fala, mas não demora para reconhecer o sorriso debochado de Du.- tá me zuando?

_ claro né. Eu tenho a menor paciência para esse povo engomadinho e tal- ela fala e rir, quando Lucas pega a gravata e tenta colocar.

_ achei até estranho, a garota que pinta o cabelo da cor de fogo e gosta de um engomadinho- Lucas fala jogando a tecido na direção de Du, desistindo de colocar.- tem certeza que não quer ir comigo?

_ certeza absoluta. Você já me contou o quanto essas festas são chatas, e nem tenho roupa para isso. Se eu chegar lá é capaz da sua mãe me fazer picadinho- Du fala.

_ tem algum compromisso?- ele fala e Du levanta a sobrancelha, como se essa palavra tivesse no dicionário dela

_ não- ela responde.

_ não vou ficar muito tempo na festa, então se você quiser me esperar, depois a gente se manda de lá.

_ tem certeza? Você vai demorar muito e não quero ficar mofando no carro.

_ absoluta, Du. Essas festas são uma chatice,  principalmente por aqueles convidados chatos, bancando a pose, os jornalistas que parecem abutres. Vou fazer a foto, faço uma social com o povo, depois vazamos de lá.

_ até parece que sua família vai deixar isso acontecer. Lucas, você também é herdeiro- Du fala se levantando da cama.

_ eles não se importam comigo e vai comemorar quando eu pegar o beco- ele fala e Du suspira, por que era algo que Lucas sentia a respeito de sua família e não tinha nada que mudasse essa visão dele.

_ bom. Eu vou descendo e fico no carro, e você desce quando sua família for também- Du fala e Lucas concorda. Du aproveita que está em pé, arruma a gola da blusa do rapaz, com o colarin da jaqueta de couro.

_ diz aí, eu estou gatão, não estou?- ele fala sorrindo abrindo os braços. Du fingi analisar o olhando debaixo para cima.

_ está para o gasto- ela fala sorrindo, ainda mais quando ele diminui o sorriso.

_ tá me zuando de novo, não é?- ele pergunta.

_ o que você acha? Tá bonito- ela responde sorrindo sem mostrar os dentes, um pouco envergonhada, e Lucas balança a cabeça com um sorriso fechado, contente com elogio, mesmo sabendo que estava bonito, mas o elogio da garota era bom ouvir as vezes.  Lucas era sim um dos homens mãos bonitos que Du já conheceu e sabia que ele poderia está com seu jeito despojado, casual, ou elegante, engomadinho, ele sempre estará bonito, o que infelizmente ou felizmente, Du  sempre teria que o olhar e controlar as borboletas no estômagos e falar para si mesmo que isso não é nada. Lucas tem certeza que esbanja beleza, então problemas com amor próprio ele nunca teve, inclusive  por sua família ter um símbolo forte que é a autoconfiança.
Lucas ficou com uma dúvida de repente sobre o olhar avaliador de Du, no look dele.
Qual seria o gosto de homem da sua amiga?

Ele nunca viu ela namorando, ou de casinho, ficando com um garoto, desde que conheceu ela. Ele tinha plena certeza que ela gosta de homens, pois a mesma já havia falado, porém nunca a viu com paquera com alguém, pelo menos não na frente dele, como geralmente ele fazia. Até que se lembrou que na noite da festa, quando estava indo para o lado de fora da balada, viu de relance, Du conversando com um garoto, que se ele não se engana era o David.

_ aliás, no dia da balada, aconteceu tanta coisa, mas esqueci de te perguntar quem era aquele? era o David?- Lucas pergunta. Du franze o cenho tentando se lembrar daquela noite.

_ Assim. Nossa, leki, como você é aleatório. E, sim, Era o David- ela fala, quando se lembra, mas se lembra demais, de como se sentiu, e que não estava no clima, sua mente estava em outro lugar, outra pessoa, que na qual é a mesma que está agora na sua frente.

_ vocês estavam...

_ fazendo nada. A gente conversou, depois...- Du para de falar, pois se sente um pouco envergonhada. Por mais que Lucas seja seu melhor amigo, seu lado amoroso, é o lado que ela menos fala. Não o tipo de papo que ela já teve com o Lucas, eles nunca tiverem um momento de fofoca, falar dos boys e paqueras, etc. O que talvez as colegas dela faria, mas Lucas, também não é uma cara para se falar sobre isso. Os relacionamentos de Lucas são apenas para durar a noite, uma pessoa que conheceu na balada, Du nunca o viu apaixonado, e torcia para não presenciar isso por enquanto, sem contar que Du é bem moleca e é diferente das outras garotas, inclusive nesse sentido. Não se importava muito com isso.

_ depois?- Lucas insiste, a olhando com curiosidade.

Ela pensou bastante em falar, mas ele é seu amigo e quer saber, ela não o porquê de esconder. Até por que não teve nada.

_ não rolou nada. A gente conversou, e depois rolou um beijo e depois e sai, pois não estava afim e queria ir para casa, sem contar que você tinha sumido e tals mas isso não importa, né?  Te espero lá embaixo- ela fala e sai, carregando sua bolsa, e colocando sua toca vermelha, da cor do cabelo.

Lucas escutou as palavras dela, sorriu, pois sua amiga era tão diferente e achava isso uma perca de tempo, depois sentiu um peso no estômago, quando processou a palavra "beijo".  Um amargo na sua boca subiu e ele só conseguia imaginar a cena.

O incomodou, mas por qual motivo?

Ele desceu as escadas e viu que os Medeiros de Mendonça e Albuquerque já estavam prontos e elegantes.

_ estamos todos aqui, novamente, de pé, como sempre, para mais um ano de glória da império- Maria Marta fala.

_ império essa que lutamos todos os dias para assim continuar sendo, império- José Alfredo fala, mexendo como sempre no seu bigode.

_ que você construiu com a minha ajuda, né, Zé?- Marta não podia deixar de lançar sua palavras de marca registrada.

_ ele estaria aí, com ou sem você, Marta- Zé Alfredo fala e risada da dona Marta sobressair. Os filhos olham a cena e riem, por que os dois não podia se ver sem deixar suas provocações.

_ aí, disso eu duvido muito...

_ o que você acham de a gente, ir comemorar mais um ano da império, sem brigas e implicâncias, só com muita alegria e glamour, como todos merecemos.- Clara interrompe, dando uma sujestão.

_ eu concordo com a Clara- José Pedro fala.

_ eu também concordo, meu filho- Alfredo fala.

_ então, lá vamos nós, para mais um ano.- Marta fala.

_ Vamos nessa, família - Lucas fala e deixa o pai passar na frente e vai logo atrás, e cumprimenta Silviano, batendo na palma da mão do mordomo.

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Capítulo de hoje, meus amores!

Espero que tenham gostado.
Um beijo e até mais.

Atualização dos capítulos:
Terça, quinta e domingo

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