After Twilight (revisão)

Velhas Histórias

Existência, o que é afinal para alguém como eu? Talvez nada mais incontáveis dias vazios, tomados pela escuridão da eternidade. Um tempo que parece correr sem direção, mas também paralisado pelos sentimentos.
Havia um único motivo para continuar, a esperança, o único sentimento que ainda conseguia sentir vivendo em meu coração morto e frio. Esperança dê quê ela ainda estivesse viva; mais no fundo acreditava que tentava enganar à mim mesmo e mais ninguém.

Já teria ela partido para o paraíso? De encontro aos seus semelhantes?.

Ainda podia me lembrar do dia em que voltei para a cidadezinha de Forks, cortando florestas e mares para enfim te encontrar, ansioso por sentir seu doce aroma, ouvir seu coração bater forte e preencher aquele ensurdecedor vazio. Pronto para me ajoelhar e implorar por seu perdão, mesmo que não fosse merecedor dele, mesmo que ela já não me amasse mais; ao menos saberia que ela estaria bem, como naquela tarde, em que a deixei na floresta.
O último feixe de seu rosto inundava minha mente.

Tudo que encontrei foi o início do fim, seu quarto revirado sob a luz da lua que o invadia, o fraco aroma dançando pelo ar, prestes a desaparecer. Pois havia muito tempo ela não entrava lá. Estranhamente tudo permaneceu igual, nada havia desaparecido, além dela em sua essência.

O que veio depois foi pior.

Vasculhei todos os lugares. Não estava na escola, na casa de seus amigos, na delegacia ou no hospital. Seu cheiro não ia além de sua casa e por uma trilha na floresta não muito longe, desaparecendo depois deste suave rastro; não havia nada depois, nem uma pista ou trilha.
Foi então me concentrei na mente das pessoas ao meu redor, tinha passado muito tempo desligado por assim se dizer, depois de procurar incessantemente por algo que me levasse até ela. Eu vi pelos olhos de Angela Weber, uma de suas verdadeiras amigas, um cartaz com seu rosto e a palavra "desaparecida", gritando abaixo da foto que pouco lhe fazia justiça. Antes que a garota começasse a se lamentar, uma voz de choro falando em seus pensamentos.

"Bella não merecia isso. Espero que encontrem ela em segurança."

Todos os pensamentos ao redor dela se encontravam nesta sintonia, cartazes estavam na mente de todos os adolescentes do corpo estudantil, professores e funcionários. Charlie e a patrulha vieram todos os dias desde o ocorrido. Ninguém sabia de nada.
Ela desapareceu há quase dois meses, sem pistas, sem suspeitos ou alguém que pudesse saber de alguém. Bella apenas evaporoda no ar. Como fumaça.
O único que persistia era Charlie, movido pelo desejo de encontrar sua única filha ainda com vida, no máximo com algumas lesões, mas em segurança.

_Não tem nada!. -Alice estava tão frustrada quanto eu. _Ninguém viu ela ou pensou em ir procurar. Não existem pistas em lugar algum. Jasper também disse que ninguém se sentia culpado ou ansioso quando a mencionavam, só o mesmo sentimento de melancolia.

_A mesma coisa no hospital. -Suspirou pesadamente Carlisle. _Tudo que sabem fora isto é que Bella estava andando com o filho de Billy Black antes de desaparecer. Nada mais, nada menos.

Os lobos sabiam de algo, talvez estivessem envolvidos nisso. Parecia uma boa ideia os confrontar.

Carlisle conseguiu convencer o líder, Sam, com muito esforço a nos ouvir. Tudo que eles sabiam era que um vampiro desconhecido havia entrado dias antes em seu território. Eles vigiaram o perímetro e Bella por um tempo, porém em certa tarde, depois da escola, ela simplesmente despareceu. Sem responder mensagens ou ligações, viram-na ao final das aulas, porém nem sinal que chegará em casa naquele dia.

O tal amigo de Bella, Jacob Black, descendente de Ephiram Black, não pareceu nada feliz em nos ter por perto.

_A culpa é de vocês!. -Foi o que ele disse, não precisava que fosse confirmado o quê eu já sabia. _Aquela vampira ruiva... Foi ela quem levou Bella!. Nós a vimos na floresta. Eu tentei segui-la... Mas era tarde demais quando consegui seguir seu rastro.