⸺ 𝐑𝐈𝐕𝐄𝐑𝐃𝐀𝐋𝐄
𝒅𝒚𝒊𝒏𝒈 𝒐𝒇 𝒍𝒐𝒗𝒆𝒔
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A vida não é justa, ela sempre estará pregando peças no seu destino, mesmo que você não perceba.
E foi exatamente isso que aconteceu com os gêmeos...
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PARADA EM FRENTE A UM ESPELHO, Margaret se observava atentamente. Estava em um dos banheiros da casa de Ethel Muggs, onde ela e suas duas outras amigas realizariam seu plano de justiça.
Margaret, diferente de muitas garotas da sua idade, nunca teve problemas de autoestima. Sempre teve consciência de suas qualidades físicas, assim como também tinha sobre seus defeitos.
Mas por que ela não estava se sentindo confortável naquele momento?
De forma diferenciada de Betty e Verônica, a morena não usava roupas de banho. Na verdade, ela combinou com as meninas de não entrar na piscina de hidromassagem.
Motivos? Apenas porque iria se encontrar com Jughead, assim que conseguirem o vídeo de Chuck, no Evento Sabor de Riverdale. Onde os dois, iriam de uma vez confrontar Dilton Doiley novamente, só que dessa vez eles esperavam ter sucesso em suas pesquisas.
Com isso, ela apenas usava um collant preto, junto de uma mini-saia de algodão, esta que fazia parte de seu antigo uniforme de torcida. Seu cabelo estava solto e todo ondulado, devido ao babyliss que Verônica fez no mesmo.
O plano era que Verônica atenderia a porta, e daria a notícia à Chuck que ela também fazia parte deste "encontro". Logo em seguida, o traria para a área de piscina, onde eles se encontrariam com Betty. As duas garotas dariam a desculpa de que a Moore ainda estava se arrumando, e colocariam em ação o plano. E assim que conseguissem fazê-lo admitir pelo que fez e ser humilhado também, Margaret entraria em ação com sua companheira para todas as horas, a câmera.
E logo que terminassem, a Moore iria se trocar e correr para se encontrar com seu amigo. O que elas iriam fazer depois em relação ao Clayton, não importava para Margaret, já que no dia seguinte ela e todas as garotas da escola que sofreram nas mãos dos jogadores participantes desse jogo infantil, buscariam e conseguiriam a justiça merecida.
Perdida em seus pensamentos, ela não escutou os passos leves e descalços dados pela Lodge em sua direção. Somente notou a presença da morena, quando ela pousou uma mão em seu ombro, logo sua voz suave e reconfortante atingiu os tímpanos da Moore:
— Você está bem? — Perguntou, olhando para a amiga com preocupação e paciência. Sabia o quanto Margaret estava nervosa com isso, de alguma forma ela percebeu como aquela situação a afetava, por mais que tentasse não demonstrar.
— Claro. Só estou um pouco inquieta. — Riu nervosamente. Sua voz, antes confiante e firme, agora soava ingênua e trêmula, como se de repente uma fatia de medo a tivesse atingido. — Falta quanto tempo? — Ela perguntou a amiga lentamente, com medo de deixá-la desconfortável.
A de olhos claros a olhou brevemente, logo abaixando o olhar. Não sabia se era certo contar para Verônica como realmente se sentia. Não que ela não confiasse na amiga, ela confiava amplamente. Porém, eram pessoas demais que já sabiam algo de Margaret, o qual ela tentava diariamente esquecer. Sem contar o seu irmão, seriam Cheryl, Jughead e até mesmo Betty. Seria talvez um exagero ou atitude desnecessária ela contar algo a Lodge também?
