⸺ 𝐑𝐈𝐕𝐄𝐑𝐃𝐀𝐋𝐄
𝒅𝒚𝒊𝒏𝒈 𝒐𝒇 𝒍𝒐𝒗𝒆𝒔
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A vida não é justa, ela sempre estará pregando peças no seu destino, mesmo que você não perceba.
E foi exatamente isso que aconteceu com os gêmeos...
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HAVIA SE PASSADO uma semana desde que Jason Blossom se afogou. E nada de seu corpo ser encontrado. Todos os policiais, bombeiros e até alguns moradores procuraram por cada centímetro do rio Sweetwater, mas não havia nenhum sinal do ruivo.
Esse tempo que se passou, foi o suficiente para que os Moore's arrumassem e mobiliassem a nova moradia, que na visão dos dois jovens ficou perfeita. Também foi o suficiente para Margaret perceber que aquele casal loiro que foram assustadoramente desrespeitosos com suposto falecido Jason Blossom não eram ninguém mais, ninguém menos que seus amados vizinhos. E aquilo não agradou muito Margaret, apesar de não os conhecer ela sentiu um estremecer ao ouvir aquelas palavras saindo daquela mulher no rio Sweetwater. E um arrepio percorreu seu corpo ao ver o olhar rígido e repugnante que ela lançava a todos à sua volta.
Mas apesar de tudo não falou com nenhum de seus novos vizinhos. Na verdade ela nem saiu de casa. Além de não conhecer a cidade e estar um clima tenso espalhado pelas ruas de Riverdale, Margaret não estava nem um pouco animada para mostrar sua cara para estranhos.
Quer dizer, ela não conhece ninguém, além de Murphy e sua esposa que foram muito generosos e ajudaram a ela e seu irmão a organizar a casa. Narcisa também lhe ensinou um pouco de culinária, apesar de seu irmão ser melhor na cozinha do que ela.
Depois de muito trabalho e uma semana totalmente corrida, estavam em seu último dia de férias de verão, e já estava de noite.
Muitas pessoas estavam no Pop's aproveitando seus últimos momentos com a virtude de não ir à escola. Outros estavam trancados em casa com medo, ou apenas descansando antes de voltar à sua rotina habitual, que era o caso dos irmãos Moore. Os dois estavam no sofá de sua sala, diante da televisão que passava um filme de terror qualquer. Dylan havia implorado à irmã gêmea para que usassem esse último dia das férias de verão para recompensar o tempo perdido e restaurar os laços fraternais que eles tinham antes de se mudarem para essa nova cidade.
O mais velho estava sentado no sofá-cama enquanto sua irmã mais nova, por apenas alguns minutos, estava deitada em seu colo quase dormindo. Os dois tinham que admitir que o filme o qual assistiam estava totalmente tedioso, mas ao invés de reclamarem eles apenas ignoraram a existência da televisão e deram início a uma conversa, ou melhor, um desabafo.
— Quer conversar sobre o que aconteceu em treze de abril? — Perguntou o garoto com certo receio. Não queria que a irmã se sentisse pressionada a falar, só queria saber a visão dela sobre o ocorrido de três meses atrás e o porquê de ter ficado tão abalada a ponto de não conseguir contar à seu irmão gêmeo.
— Eu não sei Dylan, eu queria esquecer o que eu ouvi e principalmente o que eu vi. Mas nada que eu faça, vai tirar aquelas cenas da minha cabeça. E...E eu não sei se estou pronta para reviver aquele momento na minha mente... — Desabou ela tentando ao máximo controlar suas lágrimas que agora escorriam por seu fino rosto sem a sua permissão. Não conseguia controlar, aquela era a primeira vez que falava sobre a morte de sua família com alguém depois de três meses.
