⸺ 𝐑𝐈𝐕𝐄𝐑𝐃𝐀𝐋𝐄
𝒅𝒚𝒊𝒏𝒈 𝒐𝒇 𝒍𝒐𝒗𝒆𝒔
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A vida não é justa, ela sempre estará pregando peças no seu destino, mesmo que você não perceba.
E foi exatamente isso que aconteceu com os gêmeos...
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O BAQUE DOS SALTOS de Verônica e Margaret ecoavam pelos corredores de Riverdale High de forma despreocupada. E essa era realmente uma ótima característica para descrevê-las naquele momento. Nem pareciam que estavam invadindo uma propriedade escolar de forma ilegal.
Mas elas não estavam sozinhas. Ao lado de Margaret andavam, quase colados, Kevin e Betty, os dois tinham uma lanterna em mãos e usavam roupas pretas igual a todos naquele grupo. Já ao lado da Lodge, encolhida mais atrás, estava Ethel, a garota que havia denunciado o capitão do time para as meninas.
Aparentemente, a Muggs havia encontrado um ex-jogador do time, Trev Brown, irmão de Valerie que é integrante da banda Josie e as gatinhas, o qual havia desistido de fazer parte do time por conta das atitudes machistas feitas pelo capitão e seus capangas contra acomunidade feminina. E o mesmo, querendo ser um bom exemplo e fazer justiça, se prontificou a entregar onde ele supostamente acha que o livro de jogos machistas está.
Bom, se o livro não estiver lá, pelo menos o garoto pode confirmar a existência de um, era o que a Moore pensava enquanto apontava a lanterna de seu celular para os pisos à sua frente.
— Jogadores de futebol fazendo besteira? — A pergunta de Verônica soou totalmente e claramente retórica, e Maggie só teve mais certeza disso quando a latina continuou. — Que novidade. Steubenville¹, Glen Ridge²...
- Riverdale é um ótimo complemento pra lista. - Ironizou a Moore, com repulsa e amargura em sua voz. Sabia que havia tido muitos casos de machismo muito piores ou pelo menos mais agressivos do que este. Mas independente de ser agressivamente verbal ou físico é um crime e merece ser tratado com seriedade.
- O filho do técnico é o mandante? Cara, que cidade mais depravada. - Terminou a Lodge, novamente usando ironia em suas frases. Ela continha em seu rosto o sorriso carregado de ironia, mas ele sumiu ao ouvir uma certa voz.
- Eu tô passada. - Exclamou a voz repentinamente, fazendo com que os cinco jovens pularem, logo virando-se assustados e movendo repetidamente as lanternas e celulares para todos os lados em busca do dono daquela voz. Mas a decepção se fez presente no rosto de todos eles logo quando perceberam Cheryl, parada no início do corredor.
A ruiva, diferente de todos como sempre, usava um vestido vermelho meio-escuro justo, o que fazia com que suas curvas ficassem claramente visíveis, por cima uma jaqueta de couro preta aparentemente totalmente lisa e para finalizar um par de botas de canos alto invejáveis e novamente pretos. Em sua mão havia uma mini-lanterna que não ultrapassava o sorriso irônico em seus lábios.
- Invadindo a escola à noite. O quê a sua mãezinha sagrada diria disso, Betty? - Continuou tentando atingir a loira.
- Você também invadiu a escola, Cheryl, caso não tenha notado. - Disse a morena de olhos verdes com um sorriso desacreditado no rosto, ofegando em seguida tentando se recuperar do susto.
