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Acho que muitos de nós, talvez a cidade inteira, esperávamos a todo custo que de alguma forma Jason Blossom não tivesse se afogado em 4 de Julho

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Acho que muitos de nós, talvez a cidade inteira, esperávamos a todo custo que de alguma forma Jason Blossom não tivesse se afogado em 4 de Julho.

Que chegaríamos no colégio, segunda de manhã e Jason estaria lá.

Que o veríamos com a Cheryl em uma mesa do Pop's.

Mas isso foi antes do inegável e incontestável fato de seu corpo inchado e invadido pela água. Um cadáver com um furo de bala na testa.

E segredos terríveis que só podiam ser revelados pelo bisturi do médico legista. Ou a batida reveladora, de um coração culpado. 


QUANDO AMANHECEU, a primeira coisa que Margaret viu ao acordar foi o braço de seu irmão por cima de seu corpo. Ela olhou para o lado e o viu completamente apagado, de boca aberta e babando. Ela até riria da situação de seu gêmeo, se a campainha de sua casa não tivesse soado.

Eu não tenho paz nem logo cedo, pensou a garota.

Com o som da campainha, o garoto ao seu lado murmurou algo do tipo, "vai atender, eu 'tô ocupado".

A garota resmungou, mas acabou concordando, puramente por pena de obrigar seu irmão se levantar depois da noite que tivera. Levantou-se do sofá, o local onde dormiram a noite passada pelo cansaço, e rumou para a porta de entrada. Não se incomodou em se trocar pois estava com suas roupas do dia anterior.

Chegando no hall de entrada, ela destrancou a porta e ao abrir deu de cara com a garota Lodge com um sorriso enorme no rosto. O sorriso o qual se transformou em um perfeito "O" ao ver que roupa a garota estava vestindo.

— Por favor, não me diz que vai assim para a escola. — Disse, Verônica, sem nem mesmo uma saudação. 

A Moore olhou para baixo, avaliando a vestimenta que preenchia seu corpo. E então, deu de ombros.

— Na verdade, essa era a roupa que eu usei ontem pra sair e eu...

— Você pretendia ir pra escola com uma roupa usada no dia passado? — Verônica praticamente gritou com a morena que se encolheu um pouco pelo susto repentino. Ela ouviu um baque atrás de si e se virou a tempo de ver seu irmão cair no chão que nem um simples saco de batatas. Um saco de batatas com terno e gravata.

Ela deu uma risada do garoto, em seguida voltando seu olhar para a Lodge que ainda a olhava com um olhar severo, e se viu sem graça.

— Respondendo a sua pergunta, não. Eu não pretendia usar essa roupa, mas agora que você deu a ideia eu não hesitaria em ir pra escola assim. — Olhou para a garota sorrindo provocante enquanto via os olhos de Verônica se arregalar mais, se isso fosse possível. 

dying of loves, jughead jones. Onde histórias criam vida. Descubra agora