NAQUELA MADRUGADA, até mesmo o tintilar da colher batendo nos cantos da caneca ─ preenchida por chá de camomila com hortelã ─, irritava Margaret.
Ela estava na bancada de sua cozinha, remexendo o líquido, já que aparentemente um certo ruivo não tem mais nada para fazer às duas da madrugada, e decide ir atrás de alguém pra conversar e ainda exige que seu chá ─ que foi feito de muito bom grado pela dona da casa ─ esteja nem muito quente e nem muito gelado.
A Moore gostaria muito de realmente se expressar para o amigo ruivo, dizer que não conseguiu dormir na noite anterior por conta de um ataque anônimo, e que adoraria que ele fosse embora para que sua mente e corpo pudessem enfim relaxar, por apenas mais seis horas antes de ter que acordar amanhã cedo. E deixaria claro que em qualquer outro momento estaria disposta a conversar com ele se ele precisasse.
Mas acontece que, além de parecer abalado e ter olheiras abaixo dos olhos, o Andrews mencionou brevemente enquanto entrava na residência dos Moore 's, que Margaret seria a única que o escutaria sem o julgar completamente.
E no fundo, conhecendo seus outros amigos, ela sabia que era verdade.
Ela suspirou, supondo que a temperatura já deveria estar boa. Ela retirou a colher do recipiente com cuidado para não pingar chá no balcão, não queria ter o trabalho de limpar depois.
Logo ela estava andando lentamente e com cuidado, carregando duas canecas brancas, com formas geométricas em preto, em direção ao maior sofá da sala, onde o amigo a aguardava.
Ela entregou uma das xícaras à ele, enquanto a outra colocou em seu próprio colo, ainda a segurando levemente para que não tombasse para o lado.
Ela levou o recipiente até os lábios, sentindo o olhar do ruivo seguindo seus movimentos, mas sinceramente ela não se importou, estava mais interessada em tomar o chá para se acalmar e não mandá-lo embora.
Ao engolir o gole da bebida, ela suspirou e pôs seu olhar no rapaz ao seu lado.
— Você me acordou pra ficar quieto me encarando? — Ela questionou, séria e com a sobrancelha erguida. O ruivo pareceu sair de um transe e logo começou a se desculpar, antes que ela o expulsasse da casa.
— Eu sinto muito por ter vindo em uma hora dessas, sei que você provavelmente tinha coisas melhores para fazer... — Ele se auto interrompeu, ao ouvir uma risada irônica saindo dos lábios comprimidos da garota.
Ela ao ver que ele havia parado por conta de sua atitude, que o deixou confuso, se controlou para não revirar os olhos e murmurou:
— Continue. — Olhou para a xícara e virou um longo gole na boca, se preparando para a longa conversa.
Ela já havia repetido para si mesma inúmeras vezes que estava disposta para aquela conversa, mas a verdade é que ela nem ao mesmo queria tê-la, e nem sabia se seria capaz de ajudar o amigo.
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dying of loves, jughead jones.
Fanfiction⸺ 𝐑𝐈𝐕𝐄𝐑𝐃𝐀𝐋𝐄 𝒅𝒚𝒊𝒏𝒈 𝒐𝒇 𝒍𝒐𝒗𝒆𝒔 . * ☆ '' * . + . ' ✰ . . ✮ . * A vida não é justa, ela sempre estará pregando peças no seu destino, mesmo que você não perceba. E foi exatamente isso que aconteceu com os gêmeos...