VIII

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Romana

- Eu estava precisando disso. - Falo desviando o olhar da piscina para Anne.

Nós estávamos deitadas na cadeira de praia enquanto tomávamos um banho de sol e a espera da Alessia trazer o champagne. Fecho os meus olhos por conta de um leve sono que dominava meu corpo, mas acordo com Alessia falando sobre os homens daqui.

- Caralho, os homens daqui são uns lindos. - Ela põe o champagne e as taças sob a pequena mesa.

- Eu prefiro os italianos. - Anne comenta. - Eles são atraentes, bronzeados e musculosos. - Gesticula com as mãos. - E você, Romana? - Se senta na cadeira e tanto ela como Alessia olhavam para mim.

- Vão se foder! - Falo rindo e abro a champagne. - Estamos aqui para se divertir e não pensar em homens.

Passamos a tarde na piscina, a noite nós iríamos em um pub de Washington. Quando o final da tarde se aproximava, recolhemos nossas coisas e fomos para os nossos quartos.

A TV do meu quarto estava ligada enquanto eu passava um creme de frutas vermelhas na minha perna direita. Uma brisa gelada passa pelo quarto, me ajeito na toalha e vou fechar a porta da varanda mas escuto uma discussão vindo do quarto ao lado.

- VOCÊ TRAIU MINHA CONFIANÇA E AGORA QUER VIR DAR UMA DE SONSA, MEGHAN? - Uma voz masculina grita com raiva.

- ELE ME DROGOU, CHRISTIAN! - Desta vez, a voz feminina grita.

- PEGA SUAS COISAS E VAI EMBORA DAQUI! - A mulher implora para ficar mas o homem traído não dá ouvidos.

Escuto passos se aproximando e me viro rapidamente para sair dali mas meu braço se esbarra em um vaso de flor em cima de uma mesa.

- Você costuma escutar a briga dos outros de toalha?

Merda!

- O que? Eu? - Me viro e um homem lindo vestido de terno cinza está virado para mim. - Me desculpe, eu não quis escutar mas é que eu vim fechar a porta por causa do frio e... - Minha voz tinha uma alta dose de nervosismo mas ele simplesmente levanta a mão para eu parar e o obedeço. Eu só estava piorando a situação.

- Eu que preciso me desculpar, não deveria ter gritado. - Seus olhos me analisavam de cima a baixo e só depois do pequeno transe observando sua beleza facial, que eu tomo conta de que tenho que ir.

- Eu tenho que ir! - Caminho para trás e piso no vaso quebrado no chão. - Ai!

- Você se machucou? - Ele pula a pequena cerca que separava nossa varanda e com muita preocupação, ele pega delicadamente meu pé para ver.

Que maravilha! Estou de toalha na varanda e com um desconhecido olhando meu pé.

- Entrou um pequeno pedaço, quer ir ao hospital? - Pergunta me ajudando a me levantar.

- Não, obrigada! - Sorrio sem graça.

Depois do desconhecido me insistir em ele mesmo tirar o pequeno pedaço, eu aceito e aviso para as meninas que não iria poder ir já que mal conseguia colocar o pé no chão de tanta dor. 

Christian tirou o pedaço e enfaixou meu pé com muito cuidado, seu toque era cuidadoso.

- Obrigada, Christian! - Sorrio.

- Como você sabe meu... Ata, você escutou! - Ele ri se levantando da cama.

Tento me levantar da cama também mas ele me impede e sua justificativa era de que o sangue poderia descer e molhar mais a faixa.

- Eu posso te ajudar, confia em mim! - Fala olhando para mim.

- Eu confiei em você para tirar aquele cazzo do meu pé, acho que está bom. Eu consigo me virar! - Dou um sorriso forçado.

- Você é italiana? - Pergunta surpreso e eu concordo apenas com a cabeça. - Ótimo! Você fica aí e eu vou buscar algo para você comer.

Ele termina de falar e sai do quarto. Que cara mandão! Por que eu só encontro homens que só querem mandar? Coincidência, talvez? 

Paro de me fazer tantas perguntas e espero o senhor mandão voltar.


Chamas do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora