XII

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Romana

Eu caminhava em direção ao hotel há 20 minutos, a chuva não havia parado e eu sabia que iria pegar uma gripe feia.

Um carro se aproxima de mim e me encolhi com medo.

- Romana, entre! - A voz elegante grita por causa da chuva.

Quando percebo que é Christian, eu abro a porta e entro no carro. Ele tira seu blazer e coloca sob meu ombro, direciono lentamente meus olhos aos olhos de Grey e foi o suficiente para desabar em lágrimas.

O homem elegante me puxa delicadamente para perto de si e me aninha em seus braços confortáveis e protetores.

- Me perdoa, Christian! E-eu não sabia que ele estava aqui e... - Atropelo as palavras mas Christian me interrompe.

- Está tudo bem, Romana! Está tudo bem! - Suas mãos iniciam um cafuné gostoso em meu cabelo, tento lutar contra o sono que vem chegando aos poucos mas perco quando sinto o apagão.

A cama era macia e os lençóis eram de seda, abro meus olhos e vejo que estou em um quarto com tons de cinza, branco e preto. A luz do dia vinha dos janelões de vidro que davam vista para os prédios de Seattle, empurro os lençóis para o lado e ao olhar no meu reflexo, percebo que estou vestida com uma camiseta social branca.

Giro a maçaneta da porta do quarto e procuro por alguém do lado de fora. Havia várias portas no corredor, este quarto era um dos últimos, e depois de dar alguns passos consigo ouvir uma melodia vindo de um cômodo mais distante.

Meus passos acompanharam o som alto que deu em direção à uma cozinha.

Wow! Nunca pensei que eu teria a oportunidade de  ver isso!

Christian Grey estava sem camisa, ele estava virado de costas para mim e concentrado no seu fogão cozinhando. Suas costas eram musculosas e parecia que ele havia acabado de malhar devido alguns pingos de suor que desciam.

- Vejo que minha camisa serviu em você. - A sua voz desperta meus desvaneios.

- Ah é sua? Err... Nós não fizemos.. - Gesticulo com as mãos nervosamente e ele nega rindo do meu desespero.  - Que bom! Mas foi você que tirou minha roupa?

- Ah que deselegância da minha parte! - Passa seus dedos entre o cabelo e caminha para o corredor. Alguns segundos depois ele volta com um roupão e me entrega. - Eu não quis ser invasivo mas é que você dormiu no carro e sua roupa estava encharcada.

Ele fala mexendo nas panelas, Christian era bem habilidoso na cozinha e confesso que isso havia me deixado um pouco excitada. Ele desliga o fogo e põe ovos mexidos ao lado de um prato com torradas.

- Fique a vontade! - Se senta ao meu lado.

Pego uma torrada, passo cream cheese e despejo um pouco de café na minha xícara. Logo depois experimento os ovos e estavam incríveis, ele tem mãos boas para cozinhar.

- Você cozinha muito bem! - Falo e levo a xícara de porcelana em meus lábios.

- Obrigado! Acredito que você deve cozinhar melhor que eu.

- Ah eu acho que estamos empatados talvez. - Falo rindo.

- Ah é? Que tal desempatar hoje a noite? - Christian joga sua isca e penso em morde-la.

- Marcado! - Dou um leve sorriso e ele retribui com outro sorriso lindo, mostrando seus dentes branquinhos.

Eu estava no alto da montanha, no precipício! Estou cometendo um erro grande, terá consequências e quando elas chegarem, não sei para onde vou correr. Massimo vai achar a grande cobertura de Christian e isso não vai ser bom.

Chamas do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora