Capítulo 25 - Fulga

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A semana passou rapidamente, eu mal notei o dia do meu aniversário e parece que meu irmão adotivo sequestrador babaca também não

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A semana passou rapidamente, eu mal notei o dia do meu aniversário e parece que meu irmão adotivo sequestrador babaca também não. Nem um "Feliz aniversário" esse energumino me deu.

Estou de mau humor e tento me convencer de que não é por que ele está sendo muito frio e indiferente comigo.

Finalmente o final de semana chega e eu fico muito ansiosa para ver a mamãe. Por incrível que pareça, ele também está. Acho que a mamãe é a única mulher na vida que esse besta ama e vai amar.

Seguimos a viagem até nossa antiga casa em silêncio absoluto.

Ele nem sequer olhou pra mim.

Não entendo suas oscilações de humor. Mas isso está me incomodando e muito.

A nostalgia de ver nossa antiga casa me pego em cheio e me lembrei de como ele costumava ser frio comigo o tempo todo desde que eramos criança.

Será que está entrando no personagem? Mas desde o início da semana? Não faz sentido.

A não ser que ele não tenha mais interesse em mim.

Uma coceira de nervoso começa no neu couro cabeludo.

Se ele não me quiser mais, melhor pra mim.

Mal conseguimos abrir a porta de casa, uma Lissara furiosa passa por ela e avança em nossa direção.

Me preparo para uma bronca, mas sua ação me surpreende.

- Meus filhos!! - Ela me toma em um abraço apertado e logo depois abraça Anthony.

Senti tanta saudade dela...

Ao ver como ela abraça Anthony e como ele a abraça de volta, minha determinação de desmascara-lo morre.

Como ficaria a relação dele com a mamãe?

Não é justo eu estragar a relação deles porque eu sou a intrusa! Foi eu que invadi a vida dele e roubei a sua família.

Como eu posso querer que fiquem do meu lado e contra ele?

Eu não tenho o menor direito de fazer com que a única pessoa que ele ama de verdade o odeie.

Vejo o papai de longe observando a mamãe terminar.

Ele não nos abraça, nem faz o perfil dele.

Mas ele acena com a cabeça.

- Vamos eu já fiz o almoço. - Ela diz e nos arrasta pra dentro.

- Aqui, fiz feijoada para você e seu pai, sei que gostam. - Ela olha em minha direção. - Para as meninas temos algo mais leve, saladinha com salmão.

É uma das coisas que mais gosto de comer.

Sorrio calorosamente pra ela.

O almoço corre tranquilamente. Conversamos cobre como as coisas estão indo na minha faculdade que não estou fazendo e o Anthony falou sobre seus projetos.

Antes que ele consiga terminar, sua cara tomba sobre a mesa e a do papai acompanha.

A mamãe rapidamente levanta e vem em minha direção.

- Rápido querida, não temos muito tempo.

- O que? - Estou tão confusa que minha cabeça gira.

Mas mamãe não perde tempo e me leva para um carro que eu nem sabia que ela tinha.

- Mamãe... - Começo confusa enquanto ela da partida.

- Eu sei... Eu já sei de tudo.

- Você sabe? - Questiono.

- Sim. Eu já te adotei sabendo do risco que seria pra você, mas eu quis muito acreditar que meu filho não seria como o pai. Fui egoísta, me perdoa.

- Mamãe, não estou entendendo.

- Me perdoa por te trazer pra uma família doida... Eu só achei que podia ser diferente. - Ela chora.

- Mamãe, você não tem culpa!

- Ele é igual ao pai... Nicolas também tem essa obsessão comigo, mas é muito pior, por que ele já foi o maior assassino da região, matou muita gente, inclusive na minha frente. O meu filho não é assassino, eu sei disso. Mas ele é doente. Por você.

O papai era um assassino?! Eu acho que vou desmaiar.

- Escuta, filha. Você precisa ser forte, não desmaia agora! Céus! Você está verde!

Eu me esforço pra continuar lúcida, mas é muito pra digerir.

- O papai já te sequestrou também? - Pergunto sem ar.

- Já... E muito mais. - Ela diz tensa.

- Por que casou com ele? - Será que até hoje é obrigada a ficar com ele?

- Por que eu o amo. Ele mudou muito por mim, deixou de ser viciado. A única coisa que não mudou foi seu amor doentio por mim.

Ela o ama... Mesmo sabendo como ele é... Como isso é possível?

- Escuta, essas aqui são as passagens que comprei pra você. Uma amiga me ajudou a conseguir, porem não posso ir com você, Nicolas tem um rastreador em mim e ele vai me achar não importa como.

- Eu vou sozinha? - Pergunto perturbada.

- Minha amiga veio te acompanhar, ela vai levar você pra casa dela em segredo e depois vai te ajudar a se manter no país dela.

Desço do carro com as coisas que a mamãe me deu e avisto uma ruiva que sorri pra mim gentilmente.

- A mamãe te ama, nunca se esqueça disso. - Ela diz cheia de emoção nos olhos.

- Também te amo, mamãe. - Digo ainda zonza com tudo isso.

- Oi querida! Sou Annelise, amiga da sua mãe. Mas pode me chamar de Anne.

Eu me lembro vagamente dela... Já a vi uma vez quando era pequena, era pra ser minha primeira viagem de avião... Acho que é na França.

Mas se me lembro bem, quando fomos, fomos de cruzeiro e não de avião.

- Oi Anne. Sou Clarisse.

- Eu sei... Vamos.

Ela me puxa rapidamente para entrarmos no aeroporto e seguimos para o embarque, sem fazer check-in.

Ela pega as passagens que a mamãe me deu e joga no lixo.

- Hey!

- Aquilo foi só pra enganar seu pai, as passagens são para o Japão, nós vamos no meu jatinho para a França.

Eu pisco atônita.

Estou bem cansada de ser surpreendida.

Mas a sigo sem questionar até o jato dela.

Após entrarmos ela me ajuda a me acomodar.

- Pode ficar tranquila, agora você está segura. - Diz sorrindo levemente.

Estou?

Não faço ideia se estou.

Estou mais confusa que nunca! Minha vida virou de cabeça para baixo em menos de 1 ano e eu não sei o que pensar pu fazer... Só sei que pelo menos agora, estou longe do meu irmão maníaco.

Mas por que meu coração está apertado?

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