The girl in the red book

CAP 34

Josh Beauchamp

A expressão que está estampada no rosto do meu pai não me engana, ele parece calmo e controlado mas por dentro está fervendo de raiva, eu vejo em seus olhos e sei o quanto ele odeia ser contrariado, ele não me engana, meu pai é uma bomba relógio que está prestes a explodir.

-Eu sempre estarei com você em suas decisões meu filho, eu só quero o seu bem.

Diz minha mãe, ao contrário de meu pai, ela é compreensíva, apoia nossas decisões sejam lá quais forem mas meu pai é diferente, ele tem nosso futuro planejado, um filho jogador, capitão e uma filha médica, clichê? Óbvio, mas era o que meu pai queria.

-Você só pode estar louca, o futuro dele já está planejado.Você irá jogar fora todo nosso esforço?Esse menino ingrato quer jogar fora tudo o que lutamos, ficamos anos planejando o futuro deles para chegarem e jogarem tudo pelo ralo?

Pergunta alterado.

-Mas nós deveríamos escolher nosso futuro e...

Meu pai me enterrompe.

-Vocês são tão ingratos, anos pensando em vocês e vocês na primeira oportunidade jogam tudo pelo ralo!

Diz alterado.

-Também não é assim Ron, você que sempre pensou em tudo planejado, quando Joshua nasceu você tinha planejado parto normal mas foi preciso cesária e você não aceitou, só se conformou pois corria riscos, você sempre foi assim.Todos têm que seguir o que você quer, o que você planeja, se algo foge do seu curso você não admite.Você surta, você é controlador em relação aos nossos filhos.

Diz minha mãe e meu pai ri sarcástico.

-Ok, você conseguiu enganar sua mãe, mas a mim você não engana, ainda não acredito que está fazendo isso.

Diz e sorri sarcástico, essa é sua forma de se controlar.

-Já chega, eu tentei falar com você de forma civilizada, mas você não sabe o que é isso, eu vou sair do time, seguir o que EU quero seguir sem ser controlado ou planejado por ninguém, meu futuro eu quero decidir.

A essa altura já estava sem paciência.

-Não as minhas custas e nem no meu teto.

Diz e minha mãe o olha incrédula.

-Você não fará isso.

Diz a meu pai que sorri.

- Sim, eu farei.Apartir de hoje você não mora mais nessa casa!

Diz impassível.

-Ron, não faça isso!

Diz minha mãe com a voz embargada.

-Eu já fiz, apartir de hoje ele não mora mais nessa casa.

Só o que diz antes de se levantar e caminhar para as escadas.

Após subir as escadas minha mãe desaba, encolhe se com os cotovelos sobre os joelhos e as mãos no rosto.Me sento ao seu lado e a puxo para um abraço.

-Eu sinto muito.

Diz entre soluços.

-Você não deve, não é sua culpa.

Lhe digo acariciando seu cabelo platinado.

-Eu deveria ter interferindo antes, seu pai se tornou um homem controlador, deixou a preocupação com vocês subir a cabeça e exagerou, uma hora ou outra isso iria acontecer.

Diz chorosa.

-Eu preciso arrumar minhas coisas.

Aviso a libertando do abraço.