The girl in the red book

022

Josh Beauchamp

A chuva parece que não irá passar tão cedo, está ficando frio e estamos em um galpão no meio da estrada com uma chuva forte lá fora e sem sinal de celular.Ainda bem que temos comida, isso é se Any não comer tudo sozinha.

-Any me dá um pouco.-Falo enquanto Any devora o último pacote de batatas que compramos.

-Vem pegar então.-Diz e pula do capô do carro e sai correndo com o alimento em mãos.

-Volta aqui Any!-Grito pulando de cima do carro e a seguindo.

-É o último pacote de batatas, é questão de vida ou morte, e eu prefiro viver.-Diz comendo uma batata.

-Você não aprendeu a dividir não?-Pergunto tentando me aproximar mas Any contorna o carro lentamente, a cada passo que dou Any se movimenta se afastando de mim.

-O pão não as batatas.-Diz segurando o pacote em suas mãos.

-Que raciocínio Soares, mas você esqueceu que sou jogador, corro mais rápido que você!-Falo correndo ao seu encontro e a abraçando pela cintura e caindo no feno que amortece nossa queda.Acabo ficando em cima de Any e posso sentir seu coração acelerado.

Any Gabrielly

MEU DEUS, as coisas saíram do controle, meu crush está literalmente em cima de mim e me olhando fixamente com aqueles olhos lindos que me faz perder o ar.

Eu não sei o que fazer, como agir e parece que o tempo ao nosso redor parou, só existe eu e Josh em movimento e o restante do mundo parou.Josh intercala seus olhares entre meus olhos e meus lábios.Não, não e não, não serei mais uma de Josh Beauchamp por mais que meu corpo
anseie por ele mas não, ele não vai querer nada comigo e vou sofrer mais do que já sofro constantemente.

-Parece que está parando.-Falo me referindo a chuva.

-O quê?-Pergunta e parece voltar a realidade.

-A chuva, parece estar parando.-Falo olhando para fora do lugar e as nuvens se dissipando revelando o sol.

-Verdade, acho que podemos seguir viagem.-Diz se levantando e oferecendo sua mão para me ajudar a levantar.

-Obrigada.-Agradeço tirando os fenos que sujam minha roupa.

-Sem problemas, vamos?-Pergunta pegando sua chave do bolso.

-Vamos.

Entramos no carro e seguimos viagem, em menos de meia hora chegamos na fazenda encontrando alguns carros parados em frente a mesma e uma pequena movimentação na frente da residência.

-Eles chegaram!-Ouço Bailey gritar e depois Sabina surgir do nada correndo em nossa direção.

-Onde vocês estavam?-Pergunta preocupada.

-A chuva estava muito forte, paramos um pouco, estava perigoso seguir viagem.-Josh explica e a mexicana parece se acalmar.

-Entrem, vocês precisam conhecer essa casa.-Noah diz empolgado.

-Você nunca veio aqui?-Josh pergunta e nego com a cabeça.

-Com toda certeza me perderei nessa casa, ou ficarei presa em algum cômodo.-Falo olhando a enorme residência e Josh ri.

-Qualquer coisa me liga que eu lhe salvo se eu me achar nessa casa claro.-Pontua me fazendo rir.

-Vamos entrar?-Pergunta olhando para a casa.

-Vamos pegar as malas.-Diz abrindo o porta-malas de seu carro.

Caminho até o interior do veiculo e pego minha mala, espero Josh pegar a sua e caminhamos para dentro da residência.Por dentro ela parece maior ainda.

-A outra mansão dos Hidalgo.-Josh diz em meu ouvido me fazendo rir.

-Sabina disse que era simples, rústica, acho que ela não se referiu a essa casa.-Lembro e Josh ri.

-Para os Hidalgo pode ser rústica, eles tem quatro "casas" em um raio de quatrocentos quilômetros, duas casas de praia, um chalé nos Alpes Franceses, uma mansão em Malibu e outras residências espalhadas pelas Américas.-Josh cita as residências que os Hidalgo possuem.

-Não esqueça da casa na França que eles compraram para Sabina passar férias.-Lembro e Josh me olha.

- Isso explica o jeito de Sabina.- Fala olhando a mexicana conversando com González.

-Vamos entrar, está ficando frio.-Josh diz e assim fizemos.

Subimos a enorme escada e paramos em um corredor enorme com várias portas.

-Pelo jeito já estão se achando, qualquer coisa só me chamar.-Sabina diz ao passar por nós no corredor.

-Ela vem com mapa?-Pergunto a Sabina que tem uma expressão confusa.

-Ela quem?-Sabina pergunta confusa.

-A casa Sabina, para me locomover sem me perder precisarei de um mapa.-Explico e Sabina ri.

-Fiquem a vontade, os quartos estão nesse corredor.-Explica e a olho surpresa.

-Quantos corredores tem essa casa?
-Pergunto temendo a resposta.

-Na verdade nem eu sei, se acomodem, faremos uma reunião em volta da fogueira mais tarde, descansem a viagem deve ter sido cansativa.-Aconselha e imagino a cama macia.

-Obrigada Sabina.-Agradeço e a mesma desce para o andar de baixo deixando eu e Josh novamente.

Caminhamos até os quartos, nos despedimos e adentramos os quartos.Quando entro no mesmo meu queixo cai, esse quarto é enorme.Ponho minha mala ao lado da cama e me jogo sobre a cama macia afundando na mesma.

Minha mente me lembra do acontecimento no galpão, seus olhos encarando os meus, intercalando entre minha boca e meus olhos, para Gabrielly, não se iluda, ele não quer se relacionar, está na hora de mudar, mas é difícil quando o que você quer esquecer está sempre por perto.

Josh Beauchamp

Assim que fecho a porta olho em volta e caramba, o quarto é gigante, uma cama de casal no meio do cômodo é um convite irrecusável, deito sobre o colchão extremamente macio e encaro o teto, a cena de mais cedo vem em minha mente, sorri fico pensando em Any, a frase de minha mãe vem em minha mente"eu quero uma nora".Balanço a cabeça espantando essse pensamento e sorrio, Dona Úrsula e seus pedidos.