Manu
-O-O que faz aqui vovó?
-Eu que te pergunto o que faz aqui?
-Eu-Eu vim com a tia Nanda e o namorado dela e . . . e minha namorada Manu. . . Manu é minha namorada.-mentiu ele passando a mão trêmula por minha barriga. Segurei sua mão e neguei.
-Ela já sabe quem sou Ruan!-falei olhando nos olho dela.
-Eu?
-Eu não vou sair daqui, você não vai me tirar dos meus pais e nunca vai incomodar meus pais!
-Não vim aqui pra isso, eu vim saber o porque de todos os meus filhos terem me abandonado nas melhores datas nos últimos anos.-ela deixou lágrimas escorrerem.
-Não sei, talvez porque a senhora fez o mesmo com algum deles?!
Eu não estava me reconhecendo. Mas o ímpeto de proteger meus pais falava mais alto.
-Quero falar com seu pai!
-Meus pais, você quis dizer?
-Como foi parar nas mãos do meu filho?
-Talvez não soubesse onde seus filhos andavam ou com quem andavam. . .-sorri com a maldade que saia da minha boca.Ruan ainda me segurava pela cintura. -Seu filho era namorado do filho do seu amante!
Ela riu debochada.
-Então isso quer fizer que nem ele te quis?
-Vó?!-disse Ruan chocado com o veneno que saiu da boca dela.
-Meu primeiro pai não teve opção, mas ele me deixou em boas mãos antes de partir . . . antes de morrer, ele cuidou do meu futuro!
-Sei, te deixando pra outra criança!-disse ela com desdém.
-Meu pai Andras é um homem de muito valor, ele não me deixou sozinha, ele não me abandonou, me criou com amor, respeito e dignidade coisa que você não sabe o que é!
Ela me deu as costas indo em direção a cafeteria cujo eu entreguei que existia. Merda. Me soltei de Ruan e corri na sua frente a parando com as mãos.
-Onde vai?
-Falar com meu filho!
-Não, não vai, eu a proibo!-ordenei.
-Quem pensa que é pra mandar em mim.
-Sou filha de Andras Adams e Samuel Vitti e isso já basta para me ouvir e sair daqui antes que metade das bruxas desta cidade a amalfiçoem!-falei com um sorriso torto.
-Pode até se achar má gatotinha, mas não passa de uma fedelha mal criada que ainda vive num mundinho de faz de conta!
-Está garotinha "mamãe" é minha filha!-disse meu pai Sam atrás de mim.-E ela foi muito bem criada por mim e meu marido.
-E se eu fosse a senhora ouviria minha filha!-disse meu pai Andras.- As bruxas desta cidade amam minha filha a ponto de amaldiçoar qualquer um que queira atrapalhar a felicidade dela.
-O quê faz aqui?-perguntou tio Nathan atrás dela.Ela o olhou incrédula e se voltou a mim e olhou para meu pai.- É isso então. . .
-Não creio que não me chamaram pra reunião em familia!-ironizou tia Nanda atrás dela.-Princesinha da tia, porque não pega seu primo e vai dar uma voltinha?!
-Porque eu não quero que essa mulher acabe com a alegria dos meus pais tia!
-Ela não vai!-disse tia Nanda.
-Eu sei que não!-falei levantando uma sobrancelha.
Ela me sorriu.
-Acha que não posso acabar com a sua felicidade ratinha?!
-Tenho certeza de que não pode!-sorri igualmente lhe franzindo o nariz.-Certeza absoluta de que não pode tirar isso de mim.
-Posso pedir sua guarda . . .
-Ham. . . sabe, eu acho que sua memória anda meio ruim sabe, porque eu tenho documentos que a senhora assinou dizendo que não tinha condições de ficar com ela e por um acaso meu pai preparou papéis para a adoção dela cujo eu assumi, fora que meu marido a registrou depois que nos casamos. Ou seja Manu é nossa para o resto da vida.
-Boa tentativa mas eu sou a mãe, posso. . .
Kkkkkkkkkk
Todos cairam na gargalhada.
-Mas que piadista mamãe!-disse tia Nanda.
-Se tentar qualquer coisa contra nossa sobrinha, vai perder todos os filhos de uma só vez!-disse tio Nat ficando sério.
-Colocou meus filhos contra mim seu . . .
-Não ouse terminar está frase senhora!-alertei.
-Ou o quê?
-Vou fazer um escândalo tão grande que sua foto vai aparecer no jornal, e farei questão que seu marido receba o jornal em primeira mão.
-Não faria isso!
-Ah eu faria sim e se não for embora agora vou começar a gritar!
-Vocês não precisam mais voltar pra casa, não tenho mais filhos!-disse ela olhando especificamente pra tia Nanda.
-Pois muito bem, adeus!-disse Tia Nanda.
Aquela mulher se vitou me olhando uma última vez olhando pra mim com desprezo que eu rebati com o mesmo olhar. Meus pais me abraçaram juntos formando um casulo de segurança a minha volta.
-Te amamos muito princesinha!-murmurou papai Sam.
-Eu sei e eu os amo também e quero ver lindos sorrisos e o coração cheio de amor está noite e todas as outras.
-É o que terá minha guerreira!-disse papai Andras.
-Agora vamos que o Cris deve de tá arrancando os cabelos na cafeteria!-Disse tio Nat.
-Sim, vamos!-disse tia Nanda passando a mão por meus cabelos.
. . .
Fiquei pra trás para falar com Ruan. Ele pegou minha mão.
-Ru. . .
-Me perdoe Manu, eu não queria . . . digo. . . eu queria sim, mas não daquela forma, eu sonhava em te beijar como em um dos seus livros para que você nunca esquecesse de mim. . . e . . . -Passei a mão em seu rosto o silenciando. Ruan fechou os olhos e beijou a palma da minha mão.
-Eu nunca vou esquecer Ruan. . .-lhe sorri.-Você foi o meu primeiro beijo e. . .
-Quero ser os próximos também!-cortou-me ele olhando em meus olhos.-Eu. . . amo você, não como prima, eu amo você. . . de outra maneira!
-Ajuda se eu disser que também sinto o mesmo?!
Seu rosto ganhou um sorriso tão grande que seus olhos ficaram em pequenas fendinhas. Sem olhar pra trás para ver se nos observavam, fiquei na ponta dos pés e lhe dei um beijo casto.
-Amo você!-sussurrei.
-Também amo você!
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Os irmãos da minha irmã
Teen FictionAndras Adams Está confuso? Deixa eu tentar explicar pra vocês, sou filho do primeiro casamento do meu pai, minha mãe fugiu de casa quando eu tinha 2 anos então nem lembro dela, meu pai teve um relacionamento rápido com uma mulher casada que já tinha...