Night Ways [One Shots]

Stuck in my BFF's Room (Jacob) 🍓🍓

Onde Baek Ah aceita Jacob em seu apartamento por pena

Eu não devia ter lido aquele contrato.

Não devia pois fui muito boazinha com ele e acabei me desgraçando toda. Mas Jacob, apesar de ser inteligente com algumas coisas, era bem burrinho com outras e acabou caindo no maior golpe em seus 25 anos de vida.

"Aqui diz que, após 6 meses do contrato, o dono do imóvel tem o direito de dividir o mesmo para, até mais dois inquilinos.", falei, batucando minhas unhas de gel na mesa.

"E isso quer dizer que..."

"Que você deixou o Sr. Tak colocar mais duas pessoas no seu cubículo e não tem o que discutir até o final do contrato."

Ele suspirou e choramingou.

"Noona, me diz que tem jeito de reverter isso..."

Encaro os olhinhos frustrados dele e sinto uma onda de pena por meu amigo, mesmo ele sendo burro. Era uma sensação comum.

Eu e Jacob somos como primos de consideração, já que nossas mães são muito amigas. Sou 6 anos mais velha que ele, então já o vi de fraldas, esperneando e dando trabalho pra coitada da mãe dele, apesar de não ter lembranças tão claras por ser criança também. Aos 14 anos, cuidava dele para as nossas mães divorciadas saírem para caçar homens. Ele tinha 8 anos e, apesar das muitas brigas, eu desenvolvi um certo instinto de cuidado pelo garoto. Isso perdurou, mesmo depois que ele se tornou um adulto feito, estudante de medicina.

E, assim como eu disse antes, ele era inteligente o suficiente pra decorar 206 ossos humanos, os órgãos e procedimentos médicos, mas não era pra ler a droga de um contrato.

"Noona, você é advogada. Diz que consegue fazer algo."

Com um suspiro, me levantei e tirei uma garrafa de água da geladeira.

"Não há o que fazer, Jacob. Você devia ter trazido isso pra eu ler antes."

Ele gemeu, frustrado e coçou os olhos.

"O que eu faço agora? Aqueles dois fumam maconha lá dentro, Noona. Vão me colocar na cadeia se os vizinhos notarem o cheiro e menos de dois anos de cana não vai ser."

O coitadinho parecia mesmo desesperado. Eu estava prestes a cometer um erro e, se eu pensasse direito, não ia cometê-lo. Seria sensata e não daria ouvidos àquele instinto materno, ou seja lá o que fosse. Mas os olhos de piedade dele quebravam todas as minhas barreiras.

Bufei e juntei os papéis.

"Sobre o dinheiro, não há o que fazer. Não é reembolsável. Mas posso deixar você ficar aqui até o seu contrato acabar."

"Mesmo?", ele arregalou os olhos. "Mesmo, mesmo?"

"Que escolha eu tenho? Você não ia me dar paz mesmo. E não fico muito em casa, então..."

Jacob riu, se levantando e tascou um beijo babado e nojento na minha bochecha. Limpei com raiva.

"Menino besta. Mas você dorme no sofá e vai limpar a casa quando eu não estiver."

"Claro majestade.", ele se curvou.

"Aqui não é grande, então vai respeitar minha privacidade. Não traga garotas no meu apartamento."

"Eu não sou esse tipo de gente.", o loiro colocou a mão no peito, com um ultraje falso.

"Sei... e vai abaixar a tampa da privada e se comer os meus pacotes de lamen vai comprar o dobro."

"Vou buscar a minhas coisas.", ele disse, entusiasmado, já saindo do apartamento e me deixando falando sozinha.

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