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- Jade -

acordei toda lesada ouvindo o despertador, morrendo de dor de cabeça, olhei pro lado vendo meu quarto todo revirado, alcancei meu celular no criado mudo e desliguei o alarme das 8 da manhã, sentei na cama passando a mão no rosto raciocinando o que tava acontecendo.

depois de 10 minutos olhando pra nada finalmente tomei coragem para levantar, peguei minha toalha que tava largada no chão e fui pro banheiro, escovei os dentes, fiz xixi, fiz um embolo no meu cabelo pra não molhar, tirei a roupa e entrei no box abrindo o chuveiro, a água quente bateu nas minhas costas me relaxando totalmente e fazendo aquele mal estar de ressaca passar.

desliguei o chuveiro e abri o box pegando minha toalha me secando rápido já que hoje estava mais friozinho. enrolei a toalha no corpo e sai do banheiro indo pro closet, peguei uma roupa la e vesti ficando só sem sapato mas de meia. peguei meu celular colocando ele no bolso, sai do quarto e entrei no da frente vendo a Lua jogada toda torta, ri baixo e me aproximei.

Jade: Luana - bati nela que resmungou - bora bora -  tirei a coberta dela fazendo ela se encolher na hora e abrir os olhos devagar.

Lua: deixa eu dormir jade - falou manhosa.

Jade: você tem que trabalhar que eu sei, levanta - apontei pra ela que resmungou de novo e enfiou a cara no travesseiro, dei um tapa na bunda dela - vamo Lua - deixei ela ali sabendo que jaja ela levanta.

fui pra cozinha, peguei suco na geladeira e depois de encher um copo com ele fui pra sacada olhando os outros prédio do condomínio em volta e um pouco lá pra frente o mar sentindo o vento gelado bater no meu rosto junto com o sol que deixava um clima gostosinho.

Lua: bom dia Jadee! - veio pro meu lado toda sorridente depois de ja ter tomado banho e estar vestida em um conjunto de moletom cinza e só de meia também, olhei pra ela e sorri.

Jade:  o que um banho não faz - ri e terminei de beber meu suco entrando pra cozinha deixando o copo na pia - vai querer comer alguma coisa?

Lua: acabei de acordar, quero não.

Jade: então vamo que eu preciso ir - falei indo pro meu quarto, peguei um par da minha bota e fui procurar o outro, que tava embaixo da cama, sentei na cadeira e calcei as botas, peguei minha bolsa, coloquei meu celular la dentro e sai do quarto.

Lua: vou deixar minhas roupas ai, vou levar só me celular mesmo - levantou do sofá indo pra porta e eu ri, peguei a chave do carro na mesinha e sai do apê, tranquei a porta que a Lua tinha deixada aberta e atravessei o corredor esperando o elevador com ela.

não demorou muito para ele chegar, entramos ela apertou o botão e fui me olhar no espelho, desdobrei a blusa que eu tinha deixado como cropped lembrando que hoje tinha coisa pra resolver no fórum e eles ficam olhando todo mundo torto, quando chegou na garagem eu sai indo em direção ao eu carro, entrei no lado do motorista e a Lua no outro, liguei o carro saindo do condomínio.

Jade: eu ainda não sei o que fazer com aquelas facas - falei assim que entrei na pista.

Lua: vende ué - riu.

Jade: e só queria saber quem deixou isso lá pra mim e pq - olhei pra ela rápido, depois de dois segundos ela bate palma animada e eu encaro ela assim que paro no sinal vermelho.

Lua: vamo investigar caralho, você é advogada - sorriu e eu parei pra pensar um pouco.

Jade: recursos eu tenho... - falei dando de ombros como quem concorda, vi que o sinal abriu e sai com o carro.

Lua: tem câmera para todo quanto é lado naquele condomínio, não é possível que nenhuma gravou alguma coisa.

Jade: acalma um pouquinho ai Jade - ri baixo.

Lua: me animei com esse role agora - riu também.

Jade: a gente tem tempo - seguimos o caminho pra rocinha enquanto falávamos de coisas aleatórias, quando cheguei estacionei no lugar de sempre.

Lua: vai subir comigo né? - fiz cara de incrédula pra ela.

Jade: serio Luana? - ela sorriu toda inocente e eu bufei soltando o cinto, peguei a chave do carro e sai do mesmo, ela bateu a outra porta e eu tranquei o carro.

Lua: pode ser até a metade só, e faço alguém me levar - concordei.

atravessamos a rua e depois a barreira depois de fazer toque com todos os vapores que ja me conhecem, não é que a gente virou amigo, eu diria colega, olhei pra cima vendo o MT, ele tava com uma calça preta larguinha, uma camiseta colorida, chinelo e meia, bem... gato.

ele ficava toda hora me encarando e eu já tava ficando desconfortável, me despedi da Luana e dei as costas descendo o pouco que eu subi.

Goiaba: tchau protetora de todos nós - falou assim que eu passei pela barreira, me virei mandando beijo e acenando, eles tudinho riram e eu voltei a andar em direção ao carro, destranquei ele e entrei saindo dali indo rápido em direção ao escritório.

eu nem ia ficar muito tempo lá hoje, coisa de pegar alguns papéis e ir pro fórum, cheguei la, estacionei, entrei, cumprimentei todo mundo, peguei os papéis e sai indo pro fórum.

era lá no centro, então não era muito perto, coloquei umas musicas lá, fui cantando e batendo no volante conforme o ritmo da música.

estacionei em frente ao fórum, peguei os papeis que eu tinha deixado em cima do banco do passageiro e sai do carro, atravessei a rua entrando direto naquele lugar que só me traz estresse.

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passei um tempão la dentro, me irritando com todo mundo, puta gentinha escrota do caralho, não sabe ter empatia por ninguém e grande parte ali aceita suborno, e ainda tem os promotores que se acham melhor que todo mundo, não tem um que eu conheci que se salva, não sabe diferenciar trabalho de pessoal.

entrei dentro do carro e joguei minha jaqueta no banco do lado, não tava calor pra caralho mas também não tava frio, ja era quase quatro da tarde e eu só tinha almoçado, eu tinha algumas coisas pra resolver no escritório mas deixei pra amanhã e fui direto pra casa.

entrei no meu apartamento, joguei minha bolsa no sofá e deitei nele também, peguei meu celular e fiquei ali atoa. depois de uma meia hora resolvi fazer alguma coisa já que o ap inteiro tava bagunçado, coloquei umas musicas pra tocar e fui arrumar ele.

depois de limpar o ap, tava fazendo um pão pra comer enquanto cantava, ouvi o interfone tocar baixo por conta da musica, abaixei o volume pelo meu celular e fui atender.

Jade: oi - falei assim que coloquei o ''telefone'' na orelha.

Carlos: dona Jade, acabou de ser entregue uma caixa aqui com o seu nome - estranhei na hora.

Jade: quem deixou ai? 

Carlos: não se identificou, falou que era para você e foi embora.

Jade: ja desço ai, obrigada seu Carlos - pendurei o negócio lá.

se for mais uma caixa de faca eu vou fazer uso delas na garganta de alguém, puta que pariu.

desliguei a musica que tava tocando, tirei meu pão da sanduicheira e coloquei ele em um prato, peguei um copo de suco na geladeira e comi em silêncio. lavei o que eu sujei, ja tinha trocado de roupa então calcei meu chinelo e sai do ap pra ir até a portaria.

Carlos: é essa aqui - me entregou uma caixa não tão grande.

olhei as laterais dela, mesmo jeito, todos meus dados e nada do remetente, mas que caralho.

InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora