• 46 •

8.4K 398 17
                                    

- Matheus -

visconde é o filho da puta lá que falou as parada da minha familia e fez eu quebrar o nariz dele, resultando na minha expulsão do alto da boa vista.

ja sabia que ele tinha herdado o morro do pai, tava esperando vir o papo furado pro meu lado, maluco sempre foi fascinado em mim.

passei alguns meses da minha vida nessa comunidade, to ligado em umas parada mas as coisas mudaram bastente, po, já fazem 17 anos.

a trocação de tira ta intensa, tem gente pra caralho dos dois lados, Victor ta na minha frente puto pra caralho e ai eu não tenho medo de nada, esse ai puto não passa nada.

atiro no peito do magrelo alto e corro até ele me abaixando pra pegar seu radinho, ele ainda ta vivo e me olha nos olhos.

Xx: ele vai te matar - eu sorrio e pego seu radinho apertando  o botão

radinho on

MT: eae visconde, vai ficar se escondendo? aparece, filho da puta!

visconde: resolveu botar as caras? 

MT:to subindo pra boca para acabar com essa porra.

radinho of

Xx: ele sabe quem é sua mulher - franzo as sobrencelhas não entendendo o pq dele ta falando - não me mata, acredita em mim, ele sabe dela e foi ele que entregou aquelas fotos para o empresário.

levanto sem dizer nada e vou até o Victor que me olha rápido e volta a atenção pra quem ta em volta.

MT: acabar com isso logo - vou ao lado dele apontando o fuzil pra quem eu vejo.

subindo um poco a rua daqui eu avisto todos ali um do ladinho do outro, visconde no meio, chegando mais perto eu vejo resto dos moleque vindo por trás esperando para atirar. Sorrio jogando o fuzil pra trás e vou andando na frente.

visconde: pensei que não viria - dou risada me aproximado mais.

MT: alguma vez eu dei pra trás ou me escondi atrás de alguém? - ele engole a saliva e me olha no ohos.

visconde: tu vai morrer por essa tua marra.

MT: talvez um dia, mas a única pessoa que morre hoje é você.

visconde: depois do menor né? - ele sorri - loirinho o vulgo dele? - encaro ele mais ainda.

VL: qual foi seu filho da puta? - ele me passa ficando cara a cara com o outro, olho pro goiaba atrás deles e confirmo com a cabeça.

os tiros e o barulho de corpos caindo vem logo em seguida, VL da um passo para trás e visconde olha em volta vendo os deles no chão.

MT: você tem que aprender  - puxo o victor de leve fazendo o visconde olhar me meus olhos - que não é só você que age pelas costas, tem que aprender a ser mais esperto.

Visconde: voccê é um covarde - eu nego com a cabeça dando um passo pra fente.

MT: você que procurou isso tudo, quis trazer algo de anos atrás a tona, por simples inveja e hoje você vai morrer nos meus pés, sabe por que visconde? - ele engole a saliva - por que tu não sustenta tua bronca, vc pesou que eu ia correr, e agora vai ser morto na comunidade que tu nasceu e era respeitado.

destravo o fzil e ele me da uma última olhada, eu sabendoq ue ele pensa em algo pra fugir dali mas não tem. Colo o ferro do fuzil na sua testa, assim que ele fecha os olhos eu atiro fuzilando sua testa o matando na hora.

MT: isso aqui agora é do comando vermelho - rodo o olhar pelo local sabendo que tem muito curioso escondido - o comando do visconde acabou. - puxo a bandeirola do pescoço e ogo o fuzil em cima do corpo caido aos meus pés, dou as costas descendo o morro.

VL: a gente tem que sair daqui o quanto antes - ele chega no meu lado e eu olho pra ele confirmando com  a cabeça continuando a descer em passos largos.

abro a porta do carro, espero os outros e ligo o carro acelerando dali em direção a minha favela. Passo direto pela barreira e paro o carro na boca principal, assim que eu desço do carro eu radinho começa a apitar para um caralho e eu pego colocando em sincronia.

radinho on

MT: qual foi, caralho?

Fp: o MT, tem uma doida aqui falando que quer te ver d qualquer maneira, ta aqui tem 10 minutos, ja esperniou, ja fez todo tipo de show pra deixar ela subir, ela tava no carro mas dai viu você subindo ai e voltou a espernia.

Jade: me solta, você ta me machucando! - escuto a voz dela e minha respiração se pende. ela veio atrás de mim e esses pau no cu tão encostando nela.

MT: se ela tiver com um arranhado, uma marca, quem fez vai ser cobrado. eu to descendo. - desligo o radinho e atravesso a rua entrando agora no meu carro.

radinho of

ligo ele acelerando até a barreira vendo de longe o cabelo preto voando, ela ta com a mesma roupa de hoje mais cedo, ta com os braços cruzados e olhando tudo. Paro o carro de qualquer jeito e abro a porta, ela corre até a mim e eu abraço ela sentindo paz, ta ligado?

é um bagulho surreal, que eu nunca tinha sentido, ela chora no meu peito e eu braço ela mais forte querendo esconder ela desse mundo que eu vivo, não por vergonha, mas por medo de tudo que pode acontecer com ela.

Jade: eu pensei que nunca mais ia te ver - ela fala entre o choro com a cara ainda no meu peito.

MT: tu não vai se livrar de mim não, ratinha - beijo sua cabeça alisando seu cabelo - vem, vou te levar pra casa - dou um tapa leve nas costas dela e ela me solta me olhando, tiro os cabelos do rosto dela e vou de encontro com a boca dela pouco me fodendo se tem gente olhando.

mordo o lábio inferior dela finalizando, e dou mais um tapinha nas costas dela, ela me da um selinha e rodeia o carro abrindo a porta do passageiro e entrando , faço sinal de silencio pros vapor da boca e entre no motorista, ligo o carro e saio do morro devagar acelerando assim que entro na pista.

Jade: você não deveria estar dando bobeira na pista - ela fal ainda com a voz de choror e ue olho pra ela que ta secando as lágrimas, passo a mão pela sua coxa alisando e volto o olhar pra pista.

MT: ta tudo bem, qualquer coisa eu tenho você - ela ri fraquinho - como que o loirinho ta?

Jade: ele ta bem, amanhã ja vai ser liberado.

MT: ele não quebrou nada? 

Jade: só a mão esquerda - eu confimo com a cabeça.

MT: por que você veio atrás de mim, doutora? - pergunto pra ela quando paro no sinal vermelho olhando nos seus olhos.

Jade: eu não sei - ela faz carinha de choro desviando o olhar por alguns segundos mas logo volta - eu precisava saber que você tava bem.

MT: eu to bem, ta tudo bem.

Jade: fica comigo só hoje? - desvio o olhar vendo o sinal ainda vermelho e encaro seus olhos escuros.

MT: hoje eu sou seu, e se duvidar, amanhã também - coloco o cabelo dela trás da orelha e me inclino dando um selinho nela.

o sinal abre e eu acelero indo pro apartamento dela. Chegando lá a gente sobe, toma um banho, pede comida, e fica na paz, longe de todos os compromissos até o dia seguinte.













InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora