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- Matheus -

Não ia liberar não, mas meu coração é bom demais. 

Sem comentários sobre mais cedo, eu tava maluco, onda de adrenalina, não era eu ali não.

Tava na boca resolvendo mil e um problema, tendo que adiantar outros também, o assalto desse mês vai contar com a gente, nem sei quando vai ser, amanhã vem alguém dar as instruções e pa, to sabendo que ta atrasado esse assalto, então vai ser daqui uns dias certeza, dessa semana não passa.

Já não tava aguentando mais, tudo tava me estressando. Sai da boca montando na minha moto e acelerei indo em direção a casa da Luana. Parei a moto ali na frente e entrei vendo ela deitada no sofá assistindo alguma coisa , sentei do lado dela que me olhou toda monga.

Mt: como que vc ta?

Lua: absolutamente bem - sorriu fraca com o olho cansado e eu neguei rindo.

Mt: ja comeu?

Lua: Jade ta fazendo 

Mt: vê se para de comer porcaria - dei um beijo na cabeça dela - to partindo, qualquer coisa liga - levantei ja saindo, só escutei ela gritar um tchau.

sai da casa dela e montei na moto, ligando e pilotando em direção a casa da tia, deixei minha moto meio longe e desci caminhando até o portão, gritei ela e fui entrando, dona Maria respondeu que tava na cozinha e eu fui até la, agora é 11h, horário de almoço dela.

Matheus: bença tia - cheguei perto dela dando um beijo na sua testa.

Maria: deus te abençoe, cadê seu irmão? - dei a volta na bancada sentado em uma banqueta ficando de frente pra ela.

Matheus: nem sei, mas ele ja voltou do bololo lá.

Maria: como que a Luana ta?

Matheus: aparentemente ta bem, a doutora lá ta com ela.

Maria: que bom, pelo menos ela não ta com um dissimulado e dá pra ver de longe o carinho da Jade por ela - revirei os olhos, todo mundo ama a doutora agora.

Matheus: a senhora nem conhece ela direito, ela pode estar agindo na má fé e ninguém nem desconfia.

Maria: deixa alguém novo entrar na sua vida Matheus, ta criando paranoia atoa - bufei - e o Ítalo, ta como?

Matheus: tentando disfarçar que ta bem, mesmo tendo perdido a mãe a nem um mês.

Maria: ele ta morando aonde?

Matheus: com o Vl, mas os dois fica mais lá em casa do que eu.

Maria: vc também nunca ta em casa.

Matheus: alguém tem que trabalhar - ela me olhou com deboche.

Vl: tiaaa - ouvi ele gritando.

Loirinho: chegueeei

Matheus: não dá pra comentar sobre que atrai -falei só pra ela que riu.

Maria: to na cozinha - gritou de volta, eles entraram ja fazendo graça, esses dois ai ninguém segura.

Vl: então você ta aqui - colocou as mãos na cintura me olhando - celular e radinho pra que né? - coloquei a mão na cintura sentindo só o celular.

Matheus: radinho ficou na boca - peguei o celular vendo as 12 chamadas perdidas do Victor e 30 do Ítalo - qual o b.o? tavam desesperados em.

ítalo: b.o de sempre, só nos preocupamos pô, sumiu do nada - sentou em uma banqueta do meu lado.

Victor: o único que trabalha some, ai não dá - revirei os olhos.

Ítalo: mó larica tia, ta fazendo oq?

Maria: comida - ele fez cara de desanimado e ela riu - arroz, feijão, salada e carne - ele levantou indo perto das panelas - sai dai Ítalo, vai se queimar do jeito que é.

Victor: deixa tia, esse ai ta merecendo - o loirinho virou pra ele mostrando o dedo fazendo cara de deboche.

Maria: duas crianças.

Ítalo: o Victor é mesmo, eu não né, quase 18tão já - sorriu e eu neguei.

Victor: 25 meu amor, vinte e cinco - se amostrou, os dois começaram a se afrontar lá e eu só ria, junto com a tia.

depois de almoçar eu voltei pra boca, sobrou mais umas coisa lá pra resolver. Resolvi tudo o mais rápido que eu pude, sai de la 16h

fui pra casa e tomei um banho, coloquei qualquer roupa mesmo, fiz um misto e comi enquanto via um ngc lá q tava passando na tv. não tava afim de ficar em casa não, calcei meu chinelo e peguei a chave da moto indo la pra fora.

montei na moto e coloquei a chave na ignição, girei fazendo a moto ligar e tirei o pezinho do chão ja acelerando ela. Desci em direção a praça vendo os menorzinho jogando com o povo da boca, estacionei a moto e fui até la.

Loirinho: bora MT - me chamou com a mão, dei uma parada cruzando os braços.

Vl: vem falar que a gente não trabalha não pq ja acabou nosso turno - revirei os olhos - e vem logo.

tirei meu chinelo deixando junto com o deles e entrei em campo, separamos os times lá e eu comecei a jogar. Depois de umas meia hora, eu já não aguentando, tirei minha camiseta e joguei na cerca, dei uma olhada em volta vendo a Luana e a Jade na arquibancada, a Lua acenou pra mim e eu levantei a mão como cumprimento voltando ao foco.

depois de uma hora o jogo acabou. joguei pra caralho, lancei mais gol que todo mundo. peguei minha camiseta na grade e joguei ela no ombro, sai do campinho e calcei meu chinelo. sentei na arquibancada cansado pra porra tentando voltar minha respiração ao normal.

Lua: nem sabe jogar - olhei pra ela que sentou do meu lado mas depois desviei mantendo meu olhar na Jade que tava do outro lado olhando pra ca.

MT: melhorou bem né - continuei sem olhar pra ela.

Lua: meu mal era fome - a Jade me olhava fixamente, com uma cara puxada pra nojo, não expressei reação nenhuma - oq ta rolando? - desviei o olhar pra ela depois de um tempo.

MT: nada - falei como se fosse óbvio.

Lua: não sei qm é mais cu doce - riu e eu revirei os olhos.

MT: ta doente mesmo em.

Lua: não nega não, eu percebi a malicia.

MT: que malícia Luana, ta chapando? - ela deu risada.

Lua: daq uns dias vc aparece assumindo ela como fiel - encarei ela puto, ela levantou os braços em rendição e saiu daqui indo até a advogada  que revirou os olhos assim que ela falou alguma coisa.

Loirinho: MT - ouvi ele me gritar e olhei na direção do bar - vem tomar uma - me chamou com a mão.

soltei o ar e levantei indo até eles. sentei do lado do Víbora pegando um copo e colocando cerveja nele, bebi um gole descendo que nem água.

Luana: chegamos - falou puxando uma cadeira pra elabe outra pra Jade, ficando as duas de frente pra mim.

a gente ficou resenhado ali até tarde da noite, eu e Jade se encarando a maior parte do tempo, essa garota ta achando que eu sou palhaço.

cheguei em casa e fui direto pro banho, fiquei assitindo umas parada qualquer que tava passando mas já fui dormir.

acordei cedo pra porra, hj o dia tem que render. tomei um banho pra acordar e fui fazer café e peguei umas coisas lá pra comer, foi eu sentar pra comer que eu vi a porta abrindo e o Ítalo e o Victor entrando.

Ítalo: to morrendo de fome.

Matheus: problema é seu - falei dando um gole no café.

Victor: depois da gente comer vamos no galpão primeiro, depois pra boca  - os dois sentaram e foram comer também.

não demorou muito pra gente sair de casa.



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