Cocaine - TWD (HIATUS)

8

Eu praticamente pulei da guarita, andando até a casa, abrindo a porta com tudo. Não conseguia correr direito. Todos estavam na sala, até meu pai e Glenn, que voltaram após procurar Randall.

— 10 Mil! Como você saiu? — Maggie perguntou.

— Isso não importa agora — falei ofegante. — Rick está lá fora, eu matei Shane, e tem uma horda vindo aí.

Algumas pessoas saíram para checar o que estava acontecendo.

— Patricia, apague as luzes — Hershel disse.

— Vou pegar as armas — Andrea se virou e entrou na casa.

— Será que eles estão só passando como o bando na estrada? — Glenn perguntou apreensivo.

— O Carl sumiu — Lori foi até o lado de fora, parecendo desesperada.

— A-acho que vi ele — falei chamando atenção deles. — Ele estava com Rick.

Eles começaram a andar de um lado para o outro, arrumando as coisas para uma possível fuga. Maggie estava distribuindo armas, e, mesmo estando com as minhas, duas pistolas pararam nas minhas mãos. Encarei meu pai, vendo ele pegar algumas armas também.

— Entregue uma para Sophia, depois venha, nós vamos fugir.

Entrei e procurei por Sophia, a encontrando sentada no sofá.

— Vamos — falei entregando a pistola para ela. — Os adultos foram buscar os carros, vou te levar até Carol.

O que aconteceu depois que saímos da casa, foi uma bagunça. O celeiro estava em chamas, ouviam-se tiros para todos os lados, o barulho dos motores dos carros, os gemidos dos walkers...

Só me lembro do momento em que eu me encontrei com Carol, mas depois nós nos perdemos. Eu tentava matar todos os walkers que conseguia, com uma mão segurando a pistola e a outra a corrente. Precisava de muita força para matar os walkers com a corrente, e meus músculos estavam reclamando.

Comecei a correr em direção a floresta, com alguns walkers em minha cola. Quando o dia já estava amanhecendo e minhas pernas reclamando, acabei de vez com os walkers que estavam me seguindo. As orlas das árvores estavam ficando cada vez mais abertas, e eu pode avistar um estacionamento sem nenhum carro. Uma grande construção branca, com vários logos, apareceu depois do estacionamento.

Era um shopping.

As portas estavam fechadas, como se tivessem sido barradas por dentro. Olhando em volta, percebi ser um lugar intocado. Lembrei da fazenda, de todos que estavam lá. Algumas lágrimas escaparam, mas enxuguei-as rapidamente. Eles deveriam estar bem. Eles tinham que estar bem.

Respirei fundo e forcei um pouco mais a porta. Não abriu. Respirei fundo novamente, mas não consegui respirar novamente, pois tudo que estava em meu estômago foi para fora. Cuspi para tentar tirar o gosto da minha boca, não adiantando nada. Peguei a garrafa de água que estava na minha bolsa, mas, antes que eu bebesse, a porta se abriu, revelando uma garota com a minha idade.

— Olá? — ela disse me olhando.

Não sabia o que pensar. Minha boca secou de repente, comigo nervosa com a presença da garota.

— O-oi — gaguejei.

Ela ficou vermelha, assim como eu provavelmente estava. Um barulho atrás de mim, chamou a nossa atenção. Eram alguns walkers, mas, antes que eu pudesse pensar em como mataria eles, a garota me puxou para dentro. Ajudei-a a fechar a porta, que era de empurrar, colocando uma madeira e uma corrente. Os walkers começaram a tentar passar as mãos por uma fresta da porta, mas não ligamos, apenas nos viramos e começamos a andar shopping adentro.