A de Aurora

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Sinopse: A aurora boreal surge como um sinal de perigo, é um fenômeno luminoso impulsionado pelo impacto de partículas de vento solar com a alta atmosfera da Terra.

Para Marco, Ace era sua Aurora.

A luz brilhante e colorida no céu era um encanto, todos os relances e explosões de cores que recobriam aquele céu azul escuro e profundo eram de uma beleza e sublimidade indescritível.

Marco nunca teve dúvidas de que aquele era o fenômeno mais lindo que já tivera o prazer de observar, todas aquelas cores eram um show a parte de encantos multíplos, tão belo que até mesmo perdia o fôlego ao observá-lo, esquecia como respirar tamanha grandeza perante seus olhos.

Mesmo que já tivesse observado o fenômeno milhares e milhares de vezes, não conseguia deixar de se ver perdidamente vislumbrado e preso aquela maravilha visual, ter suas orbes agraciadas por tamanha beleza sempre que o enorme Moby Dick passava próximo aos pólos era uma dádiva.

O som de passos se aproximando de onde estava fez o comandante da primeira divisão voltar suas orbes para o moreno sardento que acabara de adentrar o ninho do corvo.

Um enorme e belo sorriso estampava o rosto sardento, dançando pelos lábios assim como as luzes bailavam na escuridão do céu.

A imensidão negra das orbes do menor refletiam aquela explosão de cores magnífica.

- Marco, era aqui que estava - comentou o sardento sentando-se ao lado do loiro, apoiando seu rosto no ombro largo, voltando seu olhar para o belo fenômeno no céu - a aurora é bem bonita, não sei se há algo no mundo mais belo que isso.

O loiro voltou seu olhar para o moreno, vendo como a epiderme do menor lhe parecia ainda mais bela com os reflexos das luzes coloridas, as orbes sempre tão encantadoras ganhando um brilho único e intenso ao se voltar para aquele caminho que mais se assemelhava a um véu que cruzava o céu sem quaisquer dificuldades.

- Para mim existe algo ainda mais belo e encantador - comentou o comandante deixando seus dedos deslizarem pelas costas das mãos alheias até entrelaçá-los ao do menor.

- E o que é? - questionou o sardento desviando o olhar do céu, voltando-se para o infinito celeste das orbes alheias.

- A minha aurora particular - respondeu o loiro se inclinando para deixar um breve selar no rosto alheio.

- E onde ela está?

- Bem aqui, Ace - explicou o loiro olhando diretamente para as orbes do menor, vendo as bochechas sardentas ganharem uma nova tonalidade de rosa, semelhante a cor que brilhava no céu.

Naquela noite, com o céu pintado pelas diversas luzes e tonalidades, Marco se viu ainda mais encantado pela Aurora que Ace era para si, iluminando e colorindo o infinito celeste que trazia em seu coração.

Marace - alphabet projectOnde histórias criam vida. Descubra agora