F de Frio

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Sinopse: tudo o que Ace queria era tomar um bom banho quente e relaxar naquele dia frio, contudo, era seu dia de azar, ou quem sabe sorte.

Mais um dia extenso de estudos e trabalhos se encerrava para Ace, finalmente fora liberado de seu emprego de meio período e andava a passos apressados para o quarto de república que dividia com seu irmão Sabo.

Andava rápido não só por estar com pressa e desejar ardentemente sentir-se limpo e deitar em sua cama quentinha, mas também para escapar do frio de congelar os ossos que fazia naquela noite.

Com certeza era um dos dias mais frios da vida do jovem, mesmo com diversas camadas de roupa ainda podia sentir o vento gélido entrar e tocar sua pele, fazendo-o se arrepiar e tremer, tentando manter o seu calor corporal.

Ao entrar no quarto apenas largou suas coisas pelo caminho, dando um rápido oi para o irmão loiro, os sapatos ficaram perto da porta, as meias um pouco depois, cada blusa ficando jogada em algum canto até que o moreno se trancasse no banheiro pronto para ter seu merecido banho quente e relaxante.

Não considerava sua vida tão sofrida, mas com certeza era exaustiva, passar horas e horas em um escritório, acompanhando o trabalho extenso e complexo de uma empresa de marketing não era nem um pouco tranquilo, tinha que estar atento a tudo e ainda por cima ficar indo de um andar para o outro, levando papeladas, mensagens de um setor para outro, até mesmo trazer café para seus demais colegas de trabalho, não havia nada de calmo em sua vida de estagiário.

O moreno abriu o chuveiro e esperou a água esquentar do jeito que gostava, quente quase a ponto de queimar a pele.

Assim que entrou embaixo da água sentiu um estranho cheiro de queimado, mas deu de ombros, continuaria seu banho e no dia seguinte se preocuparia em trocar o chuveiro ou mexer na fiação.

Todavia o som de um estouro fez o sardento arregalar os olhos assustado, a água quentinha logo ficando fria, fazendo o moreno tremer com aquele contato e choramingar, tudo o que ele queria era um rápido banho e relaxar, mas aparentemente não estava em seu melhor dia, nem com tanta sorte assim.

Contrariado, o moreno saiu do box e prendeu uma toalha em seu corpo, saindo do banheiro para contar seu trágico destino para o irmão e rezar para que o loiro tivesse alguma ideia genial para resolver aquilo.

- Sabo... Aconteceu uma coisa... - começou o moreno em um tom um tanto tristonho recebendo totalmente a atenção do loiro - o chuveiro foi atacado por aliens e deu seu último suspiro agora pouco.

- Você queimou o chuveiro, Ace? - questionou o loiro erguendo a sobrancelha e cruzando os braços em frente ao corpo - quantas vezes eu te falei sobre não deixar o chuveiro tão quente? Além de forçar a fiação também faz mal para a pele e pro couro cabeludo tomar banho tão quente quanto você toma.

- Eu juro que foram os aliens, Sabo... Você pode consertar?

- Claro que não, olha a hora, não tem nenhum lugar aberto onde venda um novo chuveiro agora, além de que precisa falar com a locatária para desligar a chave da energia. Amanhã de manhã eu vejo isso.

- Mas, Sabo... E agora? O que eu faço? Eu preciso de um banho.

- Toma gelado, ué.

- Nunca, olha o frio que está, você quer que eu morra congelado?

- Quanto drama... Por que não tenta pedir para tomar banho no nosso vizinho?

- O Marco? Ele me odeia, Sabo, eu tenho certeza - comentou o sardento bufando baixo.

- Claro que ele não te odeia.

- Odeia sim, já viu como ele me olha? Acho que ele quer me bater.

Marace - alphabet projectOnde histórias criam vida. Descubra agora