R de Ringue

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Sinopse: antes de começar a luta no ringue, o celebre lutador de box Portgas D. Ace resolve provocar seu adversário, o que não esperava era que sua provocação tomaria aquele caminho.

Os gritos animados invadiam o ringue onde dois lutadores entravam, um deles era o celebre e aclamado Portgas D. Ace, um novato que mostrou um potencial imenso naquele começo de temporada, além de ter encantado o público com seu jeito extrovertido e simpático antes das lutas, conversando e fazendo algumas piadas para os espectadores antes de subir no ringue.

Já era comum acompanhar o jovem com suas gracinhas e provocoções para seus adversários, vê-lo fazer alguma dancinha da vitória antes do tempo, mostrar a língua de forma infantil ou inventar algum apelido ridículo e engraçado.

Seu adversário da vez era um veterano que havia parado de lutar há dois anos, mas que agora retornava para uma reestreia.

Os nomes de ambos ecoavam pelo público, cada um com sua fiel torcida. O moreno fez um leve biquinho pensando no que faria de inusitado e diferente daquela vez, já havia cansado de inventar apelidos ou fazer suas dancinhas de comemoração.

Como se uma luz tivesse se acendido na mente do jovem, ele sorriu com a ideia mirabolante que vira uma vez na TV quando era mais novo.

Ao estar em frente ao adversário, o moreno sardento riu e em um movimento rápido deu um selinho de pura provocação, vendo-o reagir de uma forma engraçada, podia até mesmo jurar que o vira ruborizar e desviar o olhar um tanto embaraçado.

O sorriso do moreno se alargou ainda mais ao escutar os espectadores comemorarem e gritarem seu nome.

Poucos minutos depois a luta começara, um início em que o sardento parecia estar com a vantagem, seus socos eram rápidos, seus ganchos de direita vinham em uma velocidade acima da média.

Porém, em determinado momento, seu adversário tomou as rédeas da situação, o que fez o sardento recuar pelo ringue e se colocar em defesa, se esquivando e se protegendo dos socos alheios.

Em um segundo de distração, o sardento levou um soco que o derrubou no chão um tanto atordoado, seus olhos se arregalaram surpresos ao sentir o peso alheio sobre seu corpo, mantendo-o parado no chão, sem conseguir se mover devido a pressão exercida em seus membros.

O moreno engoliu em seco ao encarar o rosto sério de expressões duras e aparentemente irritadas, logo a ideia de que tomaria uma surra daquelas invadiu a mente do rapaz, as orbes azuladas de seu adversário flamejavam em um sentimento que Ace categorizou como raiva.

"Merda, eu estou muito fodido" pensou o moreno fechando os olhos, esperando os golpes que se sucederiam.

Naquela carreira, Ace não havia perdido uma única luta até o momento, nem ao menos havia se encontrado em uma situação como aquela, nunca fora subjugado e derrubado assim, agora, vivendo aquele momento, só conseguia pensar no quanto se arrependia de ter provocado aquele homem que estava prestes a lhe surrar.

Seus lábios tremeram ao sentir a movimentação alheia, o peso mudando conforme o adversário se mexia sobre si, mesmo com os olhos fechados conseguia sentir a mão do maior se movendo perto do seu rosto.

O moreno podia sentir a angústia inundar seu peito conforme os segundos se arrastavam e os golpes não vinham, seus olhos se abriram levemente e quando focaram no homem sobre si tornou a fechá-los pela proximidade.

O hálito quente indo de encontro a sua face, as pernas alheias pressionando suas coxas e as atando ao chão.

O juíz deu aquela luta por encerrada, já que o moreno estava totalmente imobilizado e não dava indícios de que mudaria aquela situação.

Com aquele anúncio, o adversário do moreno se aproximou ainda mais, selando seus lábios aos do menor, se afastando e levantando logo em seguida.

- Se não consegue manter e aguentar suas provocações então não as faça - pontuou o outro lutador estendendo a mão para o moreno, um sorriso levemente debochado dançando nos lábios do maior.

- Como eu ia saber que um velhote aposentado como você ainda é um brutamontes? - murmurou o sardento segurando a mão alheia e se levantando.

- Não sou tão mais velho que você e não estou aposentado, só me afastei por um tempo - retrucou o maior caminhando para fora do ringue - nos vemos por aí, Ace, espero que da próxima em um ringue diferente.

O moreno franziu o cenho para aquela frase, suas bochechas logo se pintaram de vermelho ao notar e compreender a insinuação escondida por detrás daquelas palavras e do tom levemente provocativo e recheado de segundas intenções.

Quando deu por si, o sardento se adiantava atrás do maior, seus pés o seguindo inconscientemente enquanto tirava as luvas.

- Ei, Marco... No seu ringue ou no meu? - questionou o menor arrancando uma risada do maior.

Aquela provocação e luta que se sucederam naquele ringue iriam continuar em outro lugar.

Marace - alphabet projectOnde histórias criam vida. Descubra agora