A descoberta do amor

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                      Sina Deinert

Eu nem sei como foi que eu terminei de arrumar essa casa hoje, ficou faltando apenas o quarto do filho da Wendy, eu estou toda dolorida e não dinto meu corpo direito, sabe a sensação de tudo furmigando só que um pouco poior? É assim que eu me sinto.

Acabei de chegar em casa e vou direto para o banheiro, não vi meu pai acho que ele deve tá alimentando seus vícios por aí.

Entro no meu quarto e tranco a porta, vou até o meu quarda roupas e pego uma toalha e um pijava quentinho já que estava frio.

Entro no chuveiro e logo sinto minha pele arrepiar ao entrar em contato com a água gelada e em seguida eu abraço meu próprio corpo pra ver se o frio passava, porém era quase impossível.

Termino o meu banho e antes de sair do banheiro eu escovo os dentes. Entro no quarto e troco de roupa, desço para a cozinha e faço uma vitamina de banana com morango e tomo um pouco.

Quando termino lavo os pratos que estavam na pia e dou uma pequena geral na cozinha e na sala, apenas ajeitando a bagunça que meu pai vez.

Termino de fazer tudo as 11:34 da noite, eu estava tão cansada que era capaz de eu dormir em pé, ali mesmo na sala.

Subo as escadas me segurando no corrimão pra não cair e chego no meu quarto, tranco a porta e apago a luz deixando só um abajur pequenininho acesso, não gosto do escuro.

Me deito e fico pensado se um dia eu vou viver igual uma princesa em um castelo e um príncipe, que não precisa ser encantado, e viver feliz para sempre, acabo rindo dos meus pensamentos, quem em sã consciência ficaria com uma pessoas como eu, gorda, feia, um sersinho qualquer como diria meu pai.

Nem dou conta quando já tem lágrimas descendo pelo o meu rosto, saber que você nunca será suficiente para alguém dói muito, saber que você não serve pra nada e que você está sozinha no mundo dói mais ainda.

Fico pensando e chorando mais um pouco até que começo a sentir o ar voltando e minhas mãos tremendo descontroladamente.

A não denovo não..

Tento me aclamar e ficar o mais quienta possível e controlar minha respiração, não me lembro muito bem o que aconteceu, só lembro de ter chorado muito e ter me acalmado e quando abro os meus olhos já é de manhã.

Mal conseguir dormir essa noite, e parece que estou 2 vezes mais cansada que quando cheguei ontem a noite.

Me levanto e vou em direção ao banheiro e faço minhas necessidades logo depois eu tomo um banho rápido.

Troco de roupa e vou até a sala e olho a hora.

- Seis e tinta não estou atrasada dessa vez - Me assusto quando meu pai entra na sala e puxa meu cabelo com força me enfocando em seguida.

- Falando sozinha meu amorzinha? - Ele pregunta apertando ainda mais meu pescoço, sinto a falta de ar chegando começo a me debater contra seus braços que agora estão me segundo com força, porém parece que ele nem liga se eu estou morrendo ou não, parece que ele esta gostando.

- M-me sol-solta - Falo com a voz fraca, tenho certeza que seus dedos estão do meu pescoço pra quem quiser ver.

Ele se afasta e me da um beijo na testa e sai como se nada tivesse acontecido.

Saio de casa correndo e me sento na calçada esperando um ônibus e me permito chorar até que uma mulher  toca meu braço e me encara, logo trato de limpar meu rosto e me firar totalmente  para ela.

- Oi será que você pode me ajudar? É que eu não me lembro de muita coisa por aqui, faz tempo que não venho pra cá - Ela pergunta simpática - Aliás meu nome e Sabina.
G para um abraço, minha vontade era chorar ali no ombro dela, mas não podia, mal conhecia a garota - O que você precisa? - Pergunto saindo do abraço.