Apático Humano

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Suas orelhas com listras pretas  e pontiagudas se movimentavam para todos os lados enquanto seus olhos se concentravam nas três presas distraídas.Tão vulneráveis quanto um pássaro absorto no solo.Suas pupilas felinas se contraem para que o lince mergulhace em meditação sobre as vítimas e suas longas pernas dianteiras se ajustavam no chão fértil da mata obscura. No mesmo momento que o animal pulara, o homem de cabelos negros o amaldiçoava de todas as formas que lhe estava ao alcance.Kuroo,em sua forma pantera,duelava alterado contra o felino albino que rosnava alto e o cercava com os métodos trandicionais de uma luta humana.Poderiam jurar que a briga continuaria se não fosse pela intervenção do mais velhos e mais ajuizado dali .

-Podem parar de gracinha? Yamaguchi deve estar morrendo de fome e se não chegarmos a tempo a comida poderá se esgotar.

Sugawara diz continuando a andar na trilha erosiva que eles mesmos delinearam de acordo com o tempo, bastaram lhe apenas aromas e pés humanos para esse fim.Enquanto o esverdeado e o grisalho prosseguiam na vereda, o lince já se encontrava em sua forma humana, como um homem jovem e alto de cabelos levantados com listras pretas e brancas,o rosto do sujeito continha sempre uma expressão de afirmação e raramente se apresentava cabisbaixa.

-Quantas vezes terei que te falar Bokuto? Me atacar desse jeito é covardia.

O pantera argumenta voltando para a trilha dos dois amigos sensatos,pela alegação do velho amigo, o lince resolve protestar como normalmente fazia em relação as indulgências do outro.

-Isso é desculpa de derrotado!

-Negativo! Você sabe muito bem que em forma de humano estamos bem mais sujeitos a qualquer ataque.

O homem de fios totalmente pretos fala arrumando o sobretudo que pendia sobre a roupa inglesa mal costurada.

-Pra você! Eu ainda continuo melhor em qualquer estado, melhor do que você aliás...

-Ora seu-

Na frente, caminho se seguia tranquilo,da cabana isolada até as margens pobres da vila. O lobo acinzentado curva, feliz, os lábios frios ao ver as espessas paredes feitas de barro e os triangulares telhados de palha que compunha uma casa confortável de alguns camponeses trabalhadores.Lembrava da época em que tinha uma familia de sangue,laços forçados pela natureza mas amados pelas pessoas.

Os quatro colegas distintos compassavam com os pés o chão lameado perto da taverna cheia de homens e poucas mulheres até que rompem o barulho irritante dos clientes ao abrirem a maldita porta praguejada por Yamaguchi,sempre odiou chamar certas atenções.O som trovejante do local asfixiante pelos corpos continua, mas com alguns olhares a mais em direção dos estranhos da vila. Estariam em desvantagem se estivesse só os quatro e contando apenas com Bokuto e Kuroo no conflito,mas a presença de Ukai e Levi no estabelecimento tranquiliza os recém chegados.

-Por que estão aqui?

-"Bom dia" pra você também,senhor Ukai...

O lince e a pantera sorriem sarcásticos ao mesmo tempo que pegavam duas canecas de cerveja na bandeja de Shimizu,arrancando um olhar ameaçador da gata séria.

-Yamaguchi nos contou que as pessoas estão estranhas com vocês, vocês desconfiam de algo?

Sugawara pergunta com seriedade para Ukai que apoiava os cotovelos na mesa alta de madeira,seus olhos investigam discretamente a taverna e decide falar sem ter medo do que descobrissem, era um antigo combatente então não precisava ter medo.

Caçados (Repostado)Onde histórias criam vida. Descubra agora