-Hãn...
Seus gemidos saíam contidamente de sua garganta humana, junto da saliva alheia que se esparramava sobre seu peito nú com tanta devoção. Tobio queria aproveita-lo, não sabia se o plano daria certo ou não, portanto, cada segundo contava, para ambos.
-Ka-kage-yama...
Sua voz diminuía a medida que chegava ao final da frase, parecia que não podia controla-la mais, afinal, as mãos vultosas do caçador aliciavam sua coxa e barriga, o fazendo desmanchar-se nos próprios pensamentos.
-Hinata...
O humano proclama seu nome firmemente ao mesmo tempo que beijava rapidamente toda a extensão de sua pele, não podia deixá-lo ir, não podia deixá-lo escapar de seus braços, todo toque efetuado era precioso para Tobio, pois não seria ele quem estaria arriscando tudo.
-Eu...
Diferente de antes, havia dor no som. Hinata não entendia aquele desespero, as mãos do maior deixam de acariciar luxuriosamente seu corpo pequeno e tomam o ato súbito de abraça-lo fortemente.
-P-por que está m-me abraçando?
O ruivo pergunta apoiando seu corpo nos cotovelos afim de ver o rosto do parceiro, porém se depara com a face do mesmo afundada em sua barriga.
-Não posso deixar você ir.
Responde de prontidão, Shoyou podia sentir a vibração daquela voz rouca na superfície de sua pele sensível.
-O que está dizendo???
Se afasta do caçador com um olhar confuso na face.
-Você não entenderia, eu estou preocupado com você e esse sentimento é horrível-
-Pare de dizer asneiras Tobio!
Repreende impaciente com as desculpas do outro. Não podia... não queria acreditar que alguém, que tanto admirou e achou que se esforçaria ao máximo para que o plano desse certo, tentasse o impedir de prosseguir. Ambos se encaravam profundamente e em silêncio. Minutos atrás só de amor, aparentemente, foram em vão. Nunca tiveram uma briga tão intensa quanto aquela, na qual nenhum deles falava ou gritava por curtos períodos de tempo, até que Hinata decide romper isso.
-Eu vou ir. E você não vai-
-Eu te amo, Shoyou...
Arregala os olhos com perplexidade, as feições de Kageyama ainda se mantinham duras, como sempre, mas atrás de suas orbes azuladas, podiasse ver a verdade estampada todo tempo. Tudo o que aquele caçador já fizera por ele, em todas as situações nas quais o envolvia, aquele homem que julgou ser frio, ajudava sem desejar receber créditos, tentando ampara-lo da forma mais sorrateira. Entretanto, aquela era a única vez em que se metia grandemente em suas decisões.
A postura de Tobio logo cede, não aguentando se manter em conflito com o ruivo, não poderiam aproveitar o precioso tempo daquele modo. Seus dedos vão até suas têmporas e as massageam afim de se acalmar o mais depressa possível.
-Eu também...
O maior paralisa instantaneamente, não acreditando no que havia escutado, e logo direciona seu olhar cansado para o menor. Hinata já se encontrava a centímetros de seu corpo, sentado a sua frente com as pernas cruzadas e esboçando um sorriso gentil, se esforçando para acalma-lo, algo que ele não costuma fazer em uma briga.
-Eu também te amo, bastardo.
Repete quase todas as palavras ditas anteriormente pelo amado (N/A: como: "eu", "te amo" e "bastardo"), fazendo, consequentemente, Tobio corar por conta da consideração que a raposa tinha por suas frases tão rudes e ofensivas. Ainda mantendo o sorriso, Hinata pega nos dois pulsos estendidos do caçador e posiciona as grandes palmas de suas mãos em suas bochechas, extremamente rosadas pelo constrangimento.
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Caçados (Repostado)
ФэнтезиO grande Rei Guilherme, o conquistador da antiga Inglaterra, fundara acadêmias que tinham o objetivo de caçar seres metade humanos e metade animais. Fora assim durante vinte e um anos, mas durante seu reinado, revoluções aconteceram, amores evoluíra...