Pantera e o Caçador

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-Por que demoraram tanto?

O grisalho pergunta arqueando uma das sobrancelhas, Daichi cheirava a bebida e estava abatido pelo cansaço, como se tivesse voltado de uma de suas caças.

-O seu plano deu certo...

O mesmo fala ao cair na cama, se apresentando bem no meio dela e quase encostando na coxa de Koushi abaixo da coberta.

-Hum! Eu sei.

Sugawara sorri orgulhoso empinando o nariz confiante.

-"Certo" até de mais...

O moreno completa o aviso deixando um suspiro de fadiga escapar. Seu amante percebe sua exaustão e se aproxima do corpo pesado, depositando carícias na cabeça e no rosto de Sawamura.

-Acabou a tortura capitão... Agora já pode relaxar...

Tenta o acalmar enquanto o acarinhava com tranquilidade, até que uma de suas mãos é pega e beijada pelo homem que amava.

-Você gosta de mim?

O grisalho franze a testa, encarando, de cima, os olhos pedintes do amante.

-Claro que eu gosto de vo-

-Quero dizer se você gosta mesmo.

O interrompe com um olhar sério, na qual só usava em ocasiões importantes. Possivelmente, Daichi não sabia o significado da palavra

-"Amor", Daichi... "Amor"...

Dessa vez, quem não compreende é o mais alto, fazendo se sentar na cama e fitar as orbes castanhas do lobo.

-Se você quer perguntar se eu te amo...

Suas mãos de dedos cumpridos vão até o rosto do moreno, afim de assegura-lo do que falaria a seguir.

-Eu te amo, Daichi...e muito mesmo...

Koushi sorria esboçando os dentes alinhados, lhe-tornando tão beijável quanto da última vez. Seus lábios se aproximam e ambos se beijam com delicadeza, o ato que logo se transforma em fervor e necessidade no momento em que o caçador sente o entrelaçar das pernas do menor em seu tronco, se sentando em seu colo e sem quebrar o bendito ósculo.

-...mas...por que perguntou isso?

O lobo o questiona entre fadigas, mostrando que o beijo havia sido profundo e extenso.

-Eu...

Sawamura ainda formulava a resposta assim como a luxúria ainda circulava o seu corpo, tinha ficado absorto naquele contato.

-...estava com ciúmes...

Engole um seco ao sentir sua vergonha subir à cabeça, mas não o deixando corado. Com isso, Sugawara ri divertido pela insegurança do amante.

-Mas por que?

Enxuga uma lágrima de pura satisfação, esquecendo que ainda se encontrava no colo do maior, pressionando o membro no abdômen dele enquanto o outro apertava sua bunda.

-O jeito que você fala com Kuroo...

O grisalho arquea uma sobrancelha e formula um biquinho de indignação.

-Nós somos somente amigos, Sawamura.

Deposita os braços nos ombros largos do moreno, aproximando seu rosto do dele.

Caçados (Repostado)Onde histórias criam vida. Descubra agora