The most criminal - sambucky

Falar é fácil. Part 2

- Eu pensei melhor e acho melhor você meter o pé. - Bucky mais uma vez desvia o olhar envergonhado de Sam. - Pega suas coisas e pode voltar pro seu amigo.

- Qual é cara, deixa ele. - Scott pede para que Bucky pense melhor.

- Deixa o caralho! Quem é que manda aqui? - Bucky se irrita mais agora e grita com Scott.

- É você. - de imediato Sam responde indiferente. - Você que manda. - Diz por último e apenas sai da presença dos cinco.

Deixando Bucky contrariado e levemente arrependido.

- Que porra tá acontecendo? - Loki pergunta sem entender nada.

- Bucky pensando demais. - Natasha responde.

- Você sabia que ele ia dispensar o Sam?

- Você tá zangado porque foi excluído? - Natasha pergunta sendo irônica e dando de ombros.

- Só acho que deveriam comunicar ao grupo inteiro que queriam tirar alguém. E se um dia fizerem isso comigo?

- Larga de drama, Loki. Meu Deus, que exagero. - Ela faz careta.

- Eu ia ficar puto e achei isso mais que desnecessário. - Quill argumenta.

- E achou o quê? - Bucky que até então estava calado se culpando internamente, quer que Quill esclareça.

- Eu achei escroto. - ele responde de braços cruzados. - Ele já fazia parte do grupo.

- Cala a sua boca. - Bucky se vira.

- Vai lá, Bucky. Eu sei que você quer. - Natasha dá um sinal para Bucky.

Ele volta a olhar para os amigos sem dizer nada, mas logo sai correndo pela porta e atravessa a grande casa em questão de segundos. Vai até a rua e vê que Sam foi a pé e nem usou um dos carros dado pelo grupo.

Bucky dá partida em seu carro e vai em direção a Sam que ainda está no final da rua.
Quando se aproxima o acompanha desacelerando a velocidade.

- Sam, entra no carro. Eu quero conversar com você. - Bucky fala após abaixar a janela.

Sam não responde e continua andando, então Bucky acelera mais um pouco e sobe na calçada com o carro, impedido a passagem de Sam e é claro que ele se assusta.

- Você é maluco? Qual é o seu problema? - Sam bate no capô e grita muito irritado.

- Por que você só não entende que assim é melhor e faz um favor pra você mesmo e só deixa isso pra lá? - Bucky sai do carro e fica frente a frente com ele. - Entra no carro, eu ainda tô descalço.

- Eu tava fazendo teu esquema e jogando esse jogo, mas parece que nunca é o bastante! Você sempre acha uma maneira de me cortar, então ótimo! Eu vou embora. - Sam tenta dá a volta no carro para poder ir, mas Bucky impede mais uma vez ficando na frente.

- Eu gosto de você Sam, de verdade. - Ele consegue a atenção de Sam. - E é por isso que eu tô te liberando dessa merda toda que claramente não combina com você!

- E quem é você pra decidir por mim?

- Eu vi seu rosto, eu vi como você ficou quando eu apaguei aquele cara e vi o que aconteceu quando eu te contei que ele era o cara errado e que matei por matar, vi nos seus olhos que você me odiava e odeia o que nós somos e o que fazemos. Não sei o que tem nessa sua cabeça de vento pra achar isso tão atraente ou convidativo, mas isso definitivamente não é pra você. - Bucky inclina sua cabeça para olhar diretamente para Sam.

Sam não é capaz de responder ou encontrar um argumento que possa rebater o que Bucky disse. Ele só fica parado.

- Você é uma pessoa boa, ainda não fez nada de grave e pode sair enquanto tá assim. Sam, eu não quero que lá no futuro você olhe pra você e perceba que se tornou alguém que não reconhece. - Bucky fica eufórico, não conseguindo ficar quieto no mesmo lugar. Ele balança a cabeça varias vezes e muda o olhar de direção constantemente. - Eu sei quando a pessoa nasce pra ser criminosa, porque eu fui assim e sei também quando a pessoa tá só sendo idiota.

- Eu não te odeio. - Finalmente um sinal de vida é dado por Sam.

- Eu sei que não. Mas eu vou me odiar se eu estragar a vida de mais um amigo.

- Eu não te odeio. - Sam repete.

Bucky molha os labios com a língua e tira o olhar de Sam.

- Olha pra mim. - Sam pede. - Você tem que parar de tomar decisões pelas outras pessoas visualizando apenas o que é bom pra você. Porque no fim Bucky, isso é só egoísmo.

- Como eu disse, falar é fácil. Posso tomar uma decisão por mim? - Bucky pergunta e Sam confirma sem compreender muito bem a pergunta.

Bucky se aproxima mais e beija Sam levemente, segurando seu rosto com as duas mãos. Mas não parece um alívio para ele, Sam sente o que Bucky quer transmitir: uma despedida.

Sem que Sam interrompa, Bucky se afasta.

- Vai, anda, mente o pé. Espero que um dia você entenda que eu fiz isso por você e que te afastar dói em mim também. - Bucky volta para dentro do carro.

- Talvez um dia, mas agora não. - Sam responde e sai do caminho antes que Bucky tire o carro da calçada.

****

- O que acontece se eu te contar o que aconteceu agora? - É a primeira coisa que Sam pergunta depois de entrar no apartamento de Steve.

- Você não confia mais em mim?

- Você vai contar pro Nick?

- Depende.

- Eu juro por Deus que vou fingir que você não disse isso e ignorar o fato você tá sendo mais amigo deles do que meu só porque eu preciso muito falar com alguém.

- Me fala, Sam.

- Primeiro eu achei que tava tudo bem, mas depois tudo desmoronou e eu fui dispensado outra vez.

- Eles te tiraram do grupo? - Steve pergunta muito surpreso.

- Eles não, o Bucky sim.

- Como assim? Eu achei que vocês estavam próximos.

- É e eu também achei.

- Ele te deu uma explicação?

- Uma bem convincente na verdade, mas isso não importa.

- Você não sabe a localização do arsenal.

- O tanto que eu perguntei sobre isso e era sempre a mesma: eu ainda não estava pronto pra ir até lá. - Ele gesticula e imita como falavam para ele. - A gente não tem nada Steve, nada pra incriminar. A missão foi um verdadeiro fracasso.

Sam se descontrola minimamente e bate algumas vezez na porta.

- Você tem que falar com o Nick.

- Eu sei, mas o que eu vou dizer pra ele? - ele faz aspas com os dedos suspensos. - "O lider pensou demais na minha honra."

- O quê? - Steve não entende a ironia do amigo.

- Ste, tem mais uma coisa que não pode sair daqui.

- E o que é?

- Bucky me beijou e disse que gosta de mim, por isso não quer que eu me afunde na vida criminosa que ele leva. - Sam diz um pouco irritado.

- Meu Deus, isso não faz sentido nenhum!

- Steve, você não pode contar isso pra ninguém. Eles podem interpretar errado.

- E como você quer que eu interprete, Sam? Sério me dá uma luz. - Ele se aproxima e cruza os braços.

- Eu vou dá um jeito. Vou voltar pro jogo. - Sam garante confiante.