O último nome da lista

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boa leitura 😃💕

Parte 5: Preconceito
com Corredores
e Malfoys

Draco se encontrava pela terceira semana seguinte parado naquele corredor que o fez se amarrar, de certa forma, a Harry. Não que estivesse por ali de propósito, porque na verdade não era e se fosse totalmente sincero, veria que odiava com todas as suas forças ter que passar por lá. Janelas demais, proteção de menos.

Se não fosse por Potter, Draco ao menos passaria por lá. Na verdade, Potter o ter encontrado justamente onde estava, foi uma gigantesca sorte. Lhe dava calafrios e o fazia se lembrar de seu sétimo ano. Uma única gota vermelha repousava seca próximo a uma das janelas e aquilo era suficiente para Malfoy sentir toda sua energia se esvair. Não saberia que estava alí o sangue, se não estivesse presente enquanto a tortura estava sendo feita.

Se lembrava nitidamente da dor que o rosto tão infantil transmitia. Estava sofrendo por algo que ia muito além de seu pequeno e ingênuo ser, nas mãos de pessoas desumanas e maquiavélicas. O primeiro ato de bondade que fez durante o fatídico ano em que os irmãos Carrow, foi salvar um pobre garotinho das garras de um dos alunos que estavam indo a favor de Voldemort.

Foi tão fácil despista-lo. Foi tão fácil para ele sair de lá, andando com suas próprias pernas e rindo enquanto Draco fingia indiferença quanto ao pequeno corpo estirado no chão. Mas não foi fácil para o garotinho simplesmente levantar e sair correndo, não foi fácil para o garotinho perceber que um Malfoy se aproximava de si. Não foi fácil para Draco ver o medo estampado nas íris negras do menino e não foi fácil para Draco carregá-lo silenciosamente pelo castelo, até seus aposentos, sem que ninguém os visse.

Um lufano tão novo e com espírito gigantesco, alma pura e olhos tão brilhantes quanto estrelas em uma noite escura, simplesmente se apagou de tudo e todos depois do acidente. Foi daí que Draco começou uma série de atos bondosos e que iam contra tudo o que lhe foi ensinado, porque se havia alguém que podia defender esses garotinhos e garotinhas que nutriam esperanças em seus peitos, esse alguém era ele.

Suspirou melancólico percebendo que o garotinho lufano agora odiava com todas as forças que Draco o chamasse de garotinho, porque segundo ele, agora já é um garoto. No final, Benjamin havia se recuperado bem o suficiente para se ter aquela energia contagiante, por mais que agora os olhos não expressem mais a ingenuidade de uma criança, mas sim a sabedoria de um adolescente que teve que crescer demais porque as situações exigiam muito mais de si, do que de qualquer outra criança ao redor do mundo.

Substituindo o suspiro melancólico por um sorriso feliz, começou finalmente a caminhar para sair de lá. Devia estar atrasado para seu encontro com Potter, quando foi interrompido por um grito feminino lhe chamando.

- Malfoy! Espere aí, Malfoy! - Draco se virou abruptamente, assombrado e se certificando de que havia escutado bem.

Sim, ela o havia chamado mesmo.

- O que é que vocês grifinórios tem contra mim e a este corredor? - segunda vez em menos de um mês que algum leão o parava ali.

Está certo que da primeira vez não houve tantas reclamações, porque bem, não queria mesmo reclamar. Mas Draco tinha algo contra a Weasley fêmea que não o deixava agir com bondade com a garota.

Não a ia esperar, mas Gina parecia tão determinada que resolveu que quanto antes acabasse com a água de salsicha feminina, mais rápido poderia ir ver Harry.

- Nossa, eu tive que correr tanto para te achar, sabia? Você é ótimo como uma cobra e...

- Armazene saliva para dizer o que você quer comigo, Weasley. Eu não me importo com você. Não quero saber se correu, se andou ou se rastejou até mim. Não me faz diferença. - Gina o olhou divertida, parecendo não ligar para a grosseria de Malfoy.

"Draco, eu gosto de garotos?" (Drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora