"Draco, eu gosto de garotos?" (Drarry)

A condição de Ginevra Weasley

boa leitura! 😃💕

Parte 23: Impulsividade e como parar de tê-la? 

Harry não sabia muito bem o que estava sentindo naquele momento. O que não era nenhuma novidade, levando em consideração essas últimas semanas. 

Emoções, em grandes quantidades e em formatos muito inusitados, viviam o atingindo em momentos que não eram considerados lá muito apropriados. Sua impulsividade é algo que nunca o incomodou, mas agora estava o irritando mais do que qualquer outro de seus defeitos.

Não sabe como ou quando, mas ela havia saído totalmente de controle. Não que um dia já tivesse tido controle sobre esse fator, agora ela somente estava mais dissimulada que antes. E, se parasse para pensar, grande parte de todo o desastre que havia se colocado, se dava exclusivamente por ela. 

Acontecia que Harry estava tentando evitar a todo custo três pessoas. 

Três pessoas nas quais ele não poderia estar evitando e que, na verdade, fazendo isso ele ficava com uma pose ainda pior. Uma egoísta. Tudo isso por não saber muito bem como pedir desculpas a Rony e a Eva, e porque não sabia como encararia Draco. 

Antes, quando o tal consolo não passava somente de uma brincadeirinha idiota, era divertido, Harry realmente gostava de ver as bochechas de Malfoy se avermelharem e todos aqueles tapinhas bravos e irritados. Mas agora? Ah, agora o fazia querer se enfiar em um buraco só por lembrar que havia confundindo todas as coisas! Pior, confundido todas as coisas em um momento extremamente cego. Falavam de Ronald! Ronald Weasley o maior adorador e fã de sua namorada. 

Como foi pensar algo tão grandiosamente idiota deste jeito? 

Queria se estapear. 

E então Eva. Havia sido muito injusto com a garota. Adorou a tarde que passaram juntos e a noite, sentia que devia algo a ela. Não que tivesse obrigações depois de um encontro, muito pelo contrário, a última coisa que devia era satisfações. Havia sido bem avisada de que era somente algo casual. Mas isso se daria caso não tivesse a simplesmente abandonado para dar uma de babaca para cima de seus amigos. 

Argh, mais um pouco de coragem e Harry pularia da torre de astronomia. 

A culpa não era inteiramente dele. 

Pelo menos não era inteiramente dele de propósito. É só que todos aqueles sentimentos o invadiam e ele não sabia como os controlar, não sabia nem sequer qual a origem de tudo aquilo. Como saber controlá-los se não soubesse nem ao menos os nomear? 

Sinceramente, achava mais fácil matar Voldemort do que ter que lidar com toda aquela avalanche desregulada de emoções. 

– Tá com essa cara de bunda por que? – a voz chegou aos seus ouvidos, mas o raciocínio de Potter estava com uma espécie de delay, então demorou consideravelmente minutos até associar a pergunta com a pessoa que a fez. 

Ginevra Weasley. 

Uma Ginevra Weasley bastante animada. 

Esse acontecimento só poderia se dar por dois simples motivos: quadribol ou Luna. Levando em consideração que neste domingo até que ensolarado o campo estava inteiramente reservado para a Lufa-Lufa, então aquele sorrisão que mal cabia em seu rosto pertencia a Luna. 

Ao menos alguém naquela sala tinha que ter destreza com essas porcarias. 

– Nada. Estou apenas pensando.