boa leitura 😃💕
Parte 25: Rony coloca a boca no trombone (que Hermione não o mate!)
Ronald estava confuso. Na verdade Harry parecia confuso e aquilo o deixava confuso também.
Seu amigo vinha agindo estranho a uns dois dias, desde o último encontro que havia tido. Andava o evitando e sempre que eram obrigados a estarem em um mesmo ambiente, Harry parecia que iria explodir a qualquer instante.
Rony pensou que assim que a guerra finalmente acabasse, Potter possivelmente se tornasse alguém calmo, com seus sentimentos controlados e tivesse uma áurea regada por paz. Ou que se tornasse alguém frio e distante, que não gostava de muito contato e estava constantemente se isolando. Não o culparia, afinal, era somente olhar para o tanto de coisa que seu amigo havia passado para dizer que estava até ok ele fazer uma mudança radical neste estilo.
Nem um nem outro.
Harry se tornou uma pessoa muito extrovertida, até. Mesmo que já fosse um adulto, parecia mais um adolescente. Deixava seus sentimentos com relação aos outros serem expostos (Rony achava que ele adorava bastante contato físico e demonstrações de afeto, porque lhe foi retirado pessoas demais para se poupar de algo que, aparentemente, gostava muito). Não era tão crítico quanto às coisas que o cercava, ficava feliz com o mínimo e estava constantemente indo atrás de piadas e se jogando de cabeça em coisas novas que dizem respeito a ele.
Os encontros eram uma boa prova disso. Mesmo Rony achando desnecessário a existência deles, ainda assim concordava. Harry havia sofrido demais durante muito tempo para ele sequer priva-lo de encontros. Um adolescente normal tinha até mesmo o dobro daquelas experiências, ele só estava agora recuperando os tempos perdidos.
E Harry, além de uma boa pessoa, também se tornou alguém ansioso. Não muito, mas desde quando começou a andar, de fato, com Malfoy, Harry parecia constantemente entrar em dilemas e se aprisionar dentro de seu próprio cérebro. Aquilo o preocupava, mas não poderia simplesmente chegar em Potter e exigir que ele desabafasse consigo.
Por isso esperava pacientemente que Harry tomasse coragem e dissesse seja lá o que tinha que ser dito. O rapaz havia vindo desesperado em seu encontro, alegando ter algo importantíssimo para dizer e o arrastou até o dormitório que dividiam, expulsando de lá Neville que conversava com Dino.
E de repente, como em um passe de mágica (Rony sabia porque muitos passes de mágica acontecem ao seu redor), Potter parou de andar e se sentou na sua frente. Suspirou e com última mordida em seu lábio, soltou tudo o que estava entalado em seu ser.
– Olhe, me desculpe por ter sido babaca com você aquele dia que sai com a Eva. Não foi a minha intenção agir de maneira tão idiota, eu não estava entendendo algumas coisas e não é como se estivesse agora, mas ao menos parte delas eu estou. Sei que ultimamente ando sendo um manezão com você e não há justificativas para isso, porém se você me perdoar eu...
– Harry, ei, Harry Potter, pare de falar agora. – Rony interrompeu o falatório de Potter que o olhou confuso. O garoto estava vermelho de tanta euforia. – Sendo sincero, não entendi muito bem o que aconteceu no dia do seu encontro com Eva, mas de qualquer forma eu o desculpo. – Harry suspirou aliviado, parecendo bastante feliz agora, sem tanta adrenalina. Rony pensou em algo e talvez... Bom, se talvez fosse contra o que Hermione disse.
Quer dizer, a garota prezava por tempo. Dizia que independente deles saberem ou não o que tanto afligia Harry, deveriam esperar que ele os procurasse para ser discutido sobre. Mas e se tudo o que Harry precisava era de um empurrãozinho? De alguém que mostrasse que estava realmente aberto a discussão e estaria ali para ele se caso quisesse comentar algo. Talvez ele nem soubesse que, tanto Rony quanto Hermione, adorariam falar horas sobre seus sentimentos.
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"Draco, eu gosto de garotos?" (Drarry)
Fanfiction- Como é que você quer que eu saiba, sua mula? { 🏳️🌈 } "𝐃𝐫𝐚𝐜𝐨, 𝐞𝐮 𝐠𝐨𝐬𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐠𝐚𝐫𝐨𝐭𝐨𝐬?" ♂️ + ♂️